Capitulo 1: Quem é Castiel?

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Dean Winchester percorre as ruas de Nova Jersey a uma velocidade impressionante. Sam sente que a qualquer momento o carro vai bater em algo.

— Dean, vá mais devagar... você vai acabar batendo em algo ou quem sabe atropelando alguém — Sam olhava assustado para frente, suas mãos seguravam tão intensamente o banco de couro que suas falanges estavam esbranquiçadas.

— Não podemos perder tempo, Sammy. Não sabemos como Cass pode estar — Sam encara a expressão que seu irmão fez ao falar o nome de Castiel, sua mente estava confusa sobre a identidade do rapaz.

Samuel observa a forma tensa como seu irmão está agindo, os olhos vidrados no trânsito e os palavrões constantes. A preocupação de Dean era verídica.

— Quem é Castiel? O que vocês são? — pergunta Sam com seriedade.

— Ele é apenas um amigo, um amigo muito importante — Dean faz uma curva extremamente perigosa e quase faz o carro sair da pista, mas consegue retomar o controle e segue acelerando. Sam poderia jurar que eles chegaram à igreja, que seria um trajeto que normalmente dura 20 minutos, em apenas 3.

— Sam, vem por aqui — Dean aponta para a parte de trás da igreja.

Eles vão lentamente em direção à entrada; Dean percebe que ela havia sido arrombada e, em um movimento rápido, tanto ele quanto Sam seguram suas armas. Os irmãos adentram com cuidado, seus olhos atentos a qualquer movimento.

Assim que entraram, um intenso odor de enxofre invade suas narinas.

— Enxofre, Dean... você sabe o que isso significa...

— Demônios... eu vou pela direita e você pela esquerda — Dean levanta sua arma e segue pelo mesmo caminho que havia feito momentos atrás.

Enquanto Dean andava, ele gritava o nome de Castiel, mas nada, nenhuma resposta, e isso estava o desesperando. Quando ele chega no escritório e abre a porta, encontra tudo revirado, manchas de sangue sobre o carpete branco, a estante revirada e livros espalhados por todos os cantos.

Dean começa a procurar algo entre as dezenas de livros jogados no chão; ele olha para a mesa e acaba se lembrando do que tinham feito em cima dela. Se aproxima mais e tenta abafar as memórias, que agora vinham carregadas de culpa. Ele vê que uma carta está sobre a mesa e, ao se aproximar, nota seu nome escrito. Sem pestanejar, ele agarra o papel e começa a ler.

Para o Esquilo,

Meu querido amigo, Dean Winchester, devo informá-lo que, nesse momento, estou com sua putinha. Provavelmente, ele está sendo torturado. Devo informar que ele foi muito difícil de capturar. Em todos os meus anos de vida, nunca encontrei ninguém que recitasse um exorcismo tão rápido.

Devo dizer que, para tê-lo de volta, terá que realizar um pedido meu: quero que você traga para mim o Livro dos Condenados. E, antes que você diga que não sabe que livro é esse, sei muito bem que você e o alce têm acesso ao livro dentro do bunker dos Homens de Letra. Vocês têm 10 horas para trazer o que desejo. Quando vocês estiverem com ele em mãos e longe da proteção do bunker, um dos meus demônios irá levar o local do encontro para vocês. Por favor, tentem não matá-lo.

Atenciosamente,
O melhor rei do inferno,
Crowley.

— Seu demônio maldito! — Dean sai em passos pesados para fora do escritório, sua mente estava conturbada, e seus olhos perdidos em meio à escuridão do corredor.

Enquanto caminha, Dean se choca brutalmente em Sam. O mais alto encara o loiro com preocupação.

— Olha para onde anda... eu já sei quem levou o Cass — Dean sussurra e, em seguida, mostra a carta para Sam.

— Acalma aí... como assim "sua putinha"? Sabe que vai ter que explicar isso, né, Dean?

— Eu não sei do que ele se referia... você sabe como o Crowley é doido — Dean estava inquieto, enquanto falava, seguiu seu caminho para fora da igreja.

— Você quer mesmo que eu acredite nisso, Dean? — Sam mantém o passo — Espera aí, você vai mesmo entregar o livro para o Crowley?

— Claro, se não fizer isso, o Cass pode morrer. E o que tem de mais em um livro dos condenados?

— Dean, o livro é um poderoso grimório, não podemos entregá-lo para o Crowley — Sam segura o braço do Dean e o obriga o olhar em seus olhos — Independente de quem o Castiel é para você, nós temos que pensar direito, não podemos arriscar que um livro tão antigo e poderoso caia nas mãos do Crowley.

— Nós impedimos do apocalipse, então, independente do que o Crowley faça, nós podemos derrotá-lo. Sem contar que temos que correr... As horas passam em um estalar de dedos.

Dean adentra o Impala, seus olhos ainda perdidos, e observa seu irmão sentar ao seu lado.

— E se eu chamasse o Gabe? — pergunta Sam, olhando para os próprios dedos.

— Aquele anjo anão viciado em doces? Em que ele nos ajudaria? — pergunta Dean, saindo em alta velocidade.

— Talvez não deixe que a gente morra? — A voz de Sam sai ríspida.

— Entendi, desculpe, esqueci que você não gosta que fale mal do seu anjo

— Ele não é meu anjo, Dean... E sem contar que ele pode nos teleportar até o bunker. Eu acho que, quanto mais tempo economizarmos, melhor — Samuel encara Dean de soslaio.

— Então chame logo ele. Só espero não ficar tonto como da última vez

— Gabe... Nós precisamos da sua ajuda... — Depois de falar, Sam olha para o banco de trás e vê uma pequena criatura com um pirulito na boca.

— O que vocês estão precisando? — diz Gabriel com seu típico sorriso sarcástico.
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Castiel estava desacordado até o momento. Sua cabeça estava dolorida, e ele tenta abrir os olhos lentamente. O padre observa como todo o recinto estava escuro, mal era possível ver um palmo à sua frente, mas uma voz o chama.

— Castiel... Castiel Novak, esse é o seu nome, não é mesmo?

Padre (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora