Capítulo 2: O homem de terno.

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Castiel ainda estava meio desorientado, ele sentia uma grande dor de cabeça. O padre tentava concentrar sua visão no homem à sua frente, mas a única coisa que Castiel conseguia sentir eram as correntes que seguravam seu braço. Cass forçou sua visão para tentar enxergar a origem da voz.

Em um curto espaço de tempo, as lâmpadas foram acessas e a luz invadiu violentamente seus olhos. Com a visão turva, ele conseguiu observar onde estava; parecia um galpão abandonado. O moreno olhou lentamente pelos lados e conseguiu localizar a origem da voz.

— Parece que você finalmente acordou, não é mesmo? — falou o homem com um forte sotaque britânico; seus passos eram elegantes e seus olhos cruéis.

— Quem é você? — questionou Castiel, ainda sentindo sua cabeça doer.

— É isso que você realmente quer saber... Castiel? — o homem estava cada vez mais perto.

— Como você sabe meu nome? Quem é você e por que estou aqui? Me responda!!! — a irritação de Castiel era óbvia; ele puxou com força as correntes e se jogou para frente, reduzindo o espaço entre eles.

— Olha... Para uma putinha, você é bem raivosa; eu acho que o Dean não te disciplinou da maneira correta, não é, padre? — enquanto falava, ele aproximou seu rosto do de Castiel; a proximidade era tanta que Castiel conseguia sentir a respiração do homem.

O homem levou sua mão até o queixo de Castiel e, quando segurou firmemente o local, ele se afastou e, com sua mão, levantou bruscamente a cabeça de Castiel, para que seus olhares se encontrassem. Castiel estava odiando aquela proximidade; odiava como seus lábios estavam perto e como aquele monstro estava levantando sua cabeça para que seus olhares se encontrassem.

— Meu nome é Crowley, pequeno anjo; e agora que você sabe disso... Terá que me pagar — Crowley puxou o rosto do padre para perto e o beijou à força. Cass queria que aquilo parasse, mas não conseguiu impedi-lo. Cass tentou empurrá-lo, mas não tinha forças para afastá-lo; seus braços estavam acorrentados e algo parecia enfraquecer ele.

O moreno sentiu seu corpo queimar, mas não do jeito bom como quando ele estava com Dean. Cass sentiu repulsa daquele ato; os lábios do homem pareciam apodrecer sua pele.

— Por favor... Para, me solta — quando Castiel terminou de falar, sentiu lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

— Agora entendo por que o esquilo gosta tanto de você — Crowley começou a passar sua mão pelo corpo de Castiel — Você é tão saboroso... E com esses belos olhos... Não tem como resistir; não precisa chorar, pequeno padre; eu irei te fuder até você não aguentar mais andar; irei te dar um prazer que o Dean nunca conseguiu — Crowley começou a rasgar a camisa de Castiel.

Ao ouvir aquilo, Castiel paralisou; ele não queria que aquilo acontecesse; queria afastar aquele demônio, mas não conseguia; sentia como se estivesse perdendo o controle sobre seu corpo. A mente do moreno estava uma bagunça; medo emanava de seu corpo e, ao mesmo tempo, repulsa.

Cass sentia nojo ao ser despido por aquele homem; a mente de Castiel estava uma bagunça; infelizmente, uma voz baixa e cruel o falava que ele merecia aquilo; afinal, ele era um homem repulsivo, cheio de luxúria e pecados. O padre acreditava que aquilo era sua punição.

Castiel sentiu um intenso ardor pelo seu corpo; seus olhos percorreram o recinto, tentando evitar as lágrimas e não olhar para o toque do demônio.

Ele percebeu quando outra pessoa adentrou o galpão e sentiu quando Crowley se afastou de seu corpo.

Crowley se aproximou do rapaz e começou a conversar; Cass tentou escutar o que eles falavam, enquanto se esforçava, ele conseguiu ouvir pouca coisa, a maioria sussurros sem sentido. Contudo, conseguiu escutar algumas frases.

Padre (Destiel)Onde histórias criam vida. Descubra agora