Cap 3

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Louis.

Deixei o garoto sob a minha cama lentamente e dei um sorrisinho enquanto admirava sua beleza. Fiz um leve carinho em seus cachinhos deixando enrolados em meus dedos e aproveitei para deixar um beijinho em sua testa antes de me levantar da cama.

Bom, acho melhor eu deixar uma roupa separada junto com uma toalha e um bilhete. Espero que ele não fique com medo. Mas se ele ficar, estarei aqui para deixá-lo calmo e explicar tudo que aconteceu.

Uh, ele será que ele vai gostar desse moletom e dessa calça jeans? Ele vai ficar lindo assim. Espero que ele goste. Deixei em cima da cama ao seu lado junto com uma toalha limpa e deixei mais um beijinho em sua bochecha antes de fechar a porta do meu quarto e descer a escada.

Encontrei a minha mãe sentada no sofá com uma revista em suas mãos enquanto bebericava a xícara de café em sua mão.

___ Oi mamãe. - sorri quando ela me chamou para o seu lado dando leve batidas no sofá.

___ Oi meu amor. Eu fiz um ótimo bolo. Está na geladeira se você quiser um pedaço. - ela deixou um beijo em minha bochecha.

___ Está bem. Uh, mamãe. Nós podemos conversar sobre um assunto importante? - mexi em meus dedos sentindo o nervosismo crescendo em meu peito.

___ É claro. - minha mãe deixou a xícara na mesinha de centro ao lado da revista que antes estava em sua mão.

___ Err, quando eu estava na rua, eu encontrei um garoto em um beco escuro. Ele estava chorando muito. Ele estava muito machucado e parecia muito assustado. Então eu...eu resolvi trazer ele pra cá. - ela abriu os seus lábios para dizer alguma coisa mas eu a interrompi. - mamãe. Deixe ele ficar por favor. Alguém pode machucá-lo de novo. E isso eu não permitirei.

___ Meu bem. Eu não vou expulsar o garoto. Se ele está machucado, vamos cuidar dele. Mas mesmo assim nós precisamos saber o que aconteceu com ele. - concordei.

___ Está bem mamãe. Muito obrigado. - dei pulinhos de felicidade mesmo estando sentado no sofá e enchi o rosto dela com vários beijinhos.

___ Não precisa agradecer meu amor. - ela sorriu e me puxou para um abraço.

Minha mãe é incrível.

Acho que o meu pai também vai apoiar a nossa decisão. Meus pais tem um bom coração. E eu tenho certeza que iram ajudar esse garoto à qualquer custo. Assim como eu.

Bom, agora é só esperar ele acordar.

[...]

Alguns minutos se passaram desde que minha mãe resolveu ajudá-lo também. Meu pai apenas chegará à noite. Então não irei ficar nervoso quanto à isso. Bom, mas será que ele acordou? Será que ele está com fome? Dor? Ou está precisando de alguma coisa?

Acho que vou vê-lo.

Subi à escada lentamente enquanto mexia em meus dedos por estar um pouco nervoso e mordi o meu lábio inferior antes de tocar na maçaneta e girá-la até que a porta do meu quarto estivesse aberta. Encontrei o garoro acordado enquanto estava encolhido na cama na mesma posição que o encontrei no beco.

Ele tomou banho.

Dei um sorrisinho por isso.

Fechei a porta atrás de mim atraindo o seu olhar. O garoto ficou parado enquanto olhava intensamente em meus olhos. Me aproximei da cama logo sentando na mesma. Tomei coragem para ficar em sua frente. O garoto se aproximou de mim com um pouco de receio e me abraçou.

Arregalei os meus olhos em surpresa.

O garoto envolveu os seus braços em volta do meu pescoço enquanto sentava em meu colo e deixou sua cabeça encostada em meu ombro. Envolvi a sua cintura abraçando a mesma e aproveitei para sentir o cheiro dos seus cachinhos. Cheiro de frutas.

___ O-obrigada por me ajudar. - sua voz saiu baixa. Mas era tão doce de escutar. Eu poderia escutar sua voz por toda eternidade.

___ Não precisa me agradecer. Eu não iria deixar você sozinho naquele beco escuro e sujo. - quase sussurrei para que apenas ele escutasse.

___ Harry...meu nome é Harry. - o garoto olhou em meus olhos enquanto tinha suas bochechas coradas. Harry. Um nome doce assim como o dono dele.

___ Meu nome é Louis. - levei minha mão lentamente à sua bochecha fazendo um leve carinho naquela região o deixando mais envergonhado. - eu preciso saber o que aconteceu. Se sente bem para falar sobre isso?

___ Acho que sim. - ele falou quase em um sussurro. - só preciso de um minuto.

___ Está bem. Tenha o tempo que precisar. - o garoto encostou sua cabeça em meu ombro permitindo que eu fizesse um carinho em seus cachos.

Nunca o forçarei à nada.

Spells [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora