05. O robô aspirador

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Fluke estava sentindo seu estômago reclamar e decidiu dar um tempo no trabalho para procurar comida. Desde que Ohm começou a trabalhar como seu assistente, ele criou o hábito de fazer lanches no meio da tarde para ele comer e agora seu corpo aparentemente se acostumou com isso. Não que ele fosse confessar isso ao rapaz, aliás.

Chegando na cozinha, ele não encontrou o homem. Ele deu uma olhada na varanda e também não estava lá. Então um barulho chamou sua atenção e ele percebeu que Ohm estava tentando pegar algo na prateleira acima da máquina de lavar. Embora o rapaz fosse alto, a prateleira não estava ao seu alcance, então ele estava com os braços estendidos. A pose tornou mais fácil para sua camisa subir com o movimento e Fluke foi presenteado por um breve segundo com a visão do abdômen definido de Ohm, mas não por muito tempo porque este o pegou em flagrante.

"Oh! Oi, Fluke!", Ohm cumprimentou-o ainda procurando alguma coisa na prateleira.

"O que você está fazendo?"

"Procurando por uma chave de fenda…", Ohm respondeu abaixando a camisa e voltando-se para Fluke. Ele tirou da prateleira uma caixa de ferramentas que o mais velho não via há anos.

"Pra quê?" o escritor insistiu, dominado pela curiosidade.

"Para trocar o plugue.", Ohm respondeu sem desviar os olhos de dentro da caixa, provavelmente tentando encontrar o objeto que queria. Era fofo ver o mais jovem focado em algo assim, mas a cada segundo que o diálogo se estendia desnecessariamente, Fluke ficava cada vez mais frustrado com a falta de informação.

"Certo, isso não está funcionando. Você continua me dando respostas vagas e eu não..."

"Comprei um robô aspirador, mas a tomada da sala não é compatível com ele, então vou trocá-la.", Ohm explicou com um suspiro, já imaginando o que viria a seguir.

"Por que você comprou um robô aspirador?"

"Porque a loja teve um grande desconto e achei que seria útil por aqui. Em alguns dias posso estar saindo, pelo menos você não vai morrer enterrado na poeira.", Ohm encolheu os ombros.

"Bobagem! Isso não vai acontecer. Sammy sempre aparece primeiro para verificar se estou vivo!"

"Ok, ok! O robô é adorável, eu precisava comprar!", Ohm confessou com as bochechas vermelhas.

"Viu, não foi tão difícil! E faz mais sentido!" Fluke sorriu de forma vitoriosa quando finalmente obteve a resposta que procurava.

Os dois foram para a sala observar o pequeno robô trabalhando, mas por algum motivo, não durou muito. A caixa indicava em letras grandes que funcionaria por uma hora, mas a bateria acabou antes de chegar à cozinha. Ohm trocou a tomada da sala, pensando que talvez esse pudesse ser o problema, mas eles não tiveram sorte com isso. Eles tentaram ler o manual várias vezes e buscar soluções no Google, tudo isso inútil para o problema deles.

A essa altura, Fluke havia esquecido seu próprio estado de fome e estava realmente interessado na pequena aquisição de Ohm. Os dois homens debateram ideias tentando encontrar as razões para o mau funcionamento do robô, mas sem sucesso.

"Deve ser um defeito de fábrica, você vai precisar trocar."

"Isso é horrível! Eu odeio toda a burocracia e funcionários irritados! Uh! Eu me sinto tão desconfortável nesse tipo de situação!", Ohm reclamou franzindo a testa.

"Eu vou com você. Podemos ir no meu carro. Você vai dirigir!", Fluke disse indo em direção ao quarto para trocar o pijama por uma roupa que pudesse usar fora de casa.

Ohm ficou absolutamente deslumbrado quando Fluke apareceu novamente vestindo um macacão jeans bonito com uma camisa branca lisa por dentro. Ele havia trançado o cabelo com os fios de cabelo formando uma trança ao redor de sua cabeça. Ele parecia etéreo e incrível. O assistente demorou um pouco para recobrar os sentidos e eles saíram de casa.

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