Quotidiano

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O dia tinha começado de uma maneira diferente.

A representação do meu humor é refletida pela atmosfera matinal.

Hoje estava descrito ser um dia diferente, um dia melancólico.

Nevoeiro, nem bom, nem mau, algo que nem é vivo nem morto; nem claro nem escuro.

O nevoeiro é algo que só por si faz alguém como eu pensar. Alguém para quem tudo é distinto e o próprio meio é tanto intrigante quanto provocantemente incomodativo.

Estava zangada, tinha fome não sabia o que queria. Desenhar deixa-me assim sem saber o que fazer. O que dizer. O que explicar.

Tinha de ir fazer os trabalhos de casa que me tinha esquecido. Um fone no ouvido e o outro algures no meu colo, este contrate de sons, a música e o barulho do corredor do liceu durante o intervalo, desperta em mim um sentimento filosófico, algo que é notório na minha escrita.

Escrever... cada escritor arranja a sua própria maneira de se auto -motivar durante o processo criativo, ou melhor, para despertar a criatividade. Alguns encontram-na viajando; outros encontram-na nos momentos de fúria; outros na tristeza; alguns no amor; na felicidade, em fim- eu, na melancolia. O simples ,no entanto complexo ato melancólico :a chuva; o nevoeiro; a floresta; o frio- os meus motivadores preferidos.

As tardes são sempre mais complicadas e difíceis; é uma doce verdade que adoça as doenças, apazigua corações partidos e principalmente, torna as dores menstruais impossíveis de suportar.

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