Não sei se minha reação desesperada ou a preocupação de todos foi o principal gatilho de decisão. O fato é que Beliath não quis se impor a minha vontade de ir junto com ele e as pressas arrumamos algumas roupas e partimos na mesma noite. Não havia um plano previamente elaborado, Beliath sabia se virar e quanto a mim não tinha problema. Depois de tanto tempo me acostumando a vida noturna meus hábitos humanos quase eram indetectavéis.
Colocamos o pé na estrada com a boa sorte que nossos companheiros nos desejaram antes de sair. Beliath confiava em meus instintos de que o Ethan estava em sua terra Natal. Analisando os fatos, com as palavras do Neil sobre o passado do meu vampiro, era uma constatação óbvia. Porém de alguma forma saber onde o Ethan estava não me acalmava…
Eloise: - (Aquela sensação que tive… Ethan, por favor, esteja bem!)
Foram uns dias de caronas intermináveis e paradas para nos esconder da luz do dia. A medida que nos aproximavámos do nosso destino eu o sentia, podia perceber que estávamos mais próximos um do outro, mas, com a proximidade vinha também a angústia. Não era como da primeira vez que ele partiu, agora meu corpo tremia como um alerta de que o tempo estava acabando. Eu fechava os olhos e era como se meu corpo fosse lançado num abismo, uma grande escuridão invadia minha alma e me fazia ficar gelada como as noites de inverno, mas, essa sensação embora fosse diferente, também era familiar; Como as noites solitárias do orfanato, quando eu me via sem família, amigos ou qualquer alma bondosa que pudesse me dar amor.
Eloise: - Ethan, não…
Beliath: - Como é?
Beliath esteve tão calado durante a viagem que por um instante me esqueci que ele estava lá.
Eloise: - Eu sinto que ele está sofrendo, mas, não sei como explicar.
Beliath: - Não é para menos, ele deve estar morrendo de fome.
*Beliath segurou minha mão e com um sorriso singelo disse que tudo ficaria bem*
Eu sei que ele quis me ajudar, mas, a sensação que me consumia não era a mesma de quando o Ethan tinha fome. Beliath era seu melhor amigo e preferi poupa-lo desse sofrimento, minha angústia já era o bastante.
Assim que chegamos em um pequeno vilarejo na Finlândia, Beliath me deixou em uma pousada. Era noite e as buscas começaram, Beliath procurou num bar não muito afastado por informações de um rapaz de cabelos brancos e olhos azuis e sem sucesso ele retornou para me dar a notícia. Eu sentia que o lugar era aquele, mas, alguém como o Ethan não ficaria na cidade... não quando já estava habituado a vida na mansão. E foi ai que me ocorreu uma ideia.
Eloise: - É isso!!!
Beliath: - Hum?!
Eloise: - Espere aqui um momento,eu já volto.
*Fui a recepção da pousada e voltei poucos minutos depois*
Beliath: - Eloise, quer me dizer o que houve?
Eloise: - A visão que tive antes de sair da mansão. Eu vi uma velha casa em um lugar abandonado, fui perguntar para a dona da pousada se havia algum lugar por aqui que bata com essa descrição… Ela disse que tem uma velha fazenda não muito longe daqui, está abandonada há muitos anos e ninguém vai lá.
Beliath: - E você acha que é lá que o Ethan está?
Eloise: - Tenho certeza, vamos rápido até lá!
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Meu destino é te amar
أدب الهواةDepois que Ethan saiu da mansão, nossa protagonista Eloise começa a se questionar sobre o destino infeliz que a vida lhe reservou. Esquecer o passado, viver o presente e aguardar pelo futuro são os desafios que Eloise e Ethan terão de aprender a ven...