capítulo 2

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Noah

Eu não sei onde estou. A rua é familiar, assim como os prédios, os
cheiros, e os sons, mas eu não consigo precisar que lugar é este, apesar de
estar na ponta da língua.

De repente, vejo cabelos encaracolados, balançando enquanto a
beldade caminha, sua bunda empinada mal se movendo na pequena saia
que expõe pernas longas e graciosas.

Any.

Nossa conversa pelo celular foi péssima. Preciso falar com ela,
mesmo sem ter ideia do que dizer.

- Any, precisamos conversar!

Ela me olha por cima do ombro, seus grandes olhos esbugalhandose
ao me reconhecer. Any entra no primeiro prédio ao seu lado, e eu a
sigo.

- Any, espere.

Ela entra em um elevador e consigo entrar antes que a porta se
feche. Ela aperta o quarto andar (por que esse andar soa familiar?), e eu
aperto o botão de emergência; preciso conversar com ela e poucos
segundos até o quarto andar não serão suficientes.
O elevador balança um pouco antes de parar.

- O que você pensa que está fazendo, Noah? - ela reclama.

- Precisamos conversar.

- Mudou de ideia a respeito da promessa que fez ao meu irmão?

Sei a que ela se refere. Any está falando da promessa que fiz a
Josh de nunca ficar com ela.

- Não, mas...

- Então não fale. Não pense. Não chegue perto de mim.

Any tenta apertar o botão de emergência, mas eu a impeço. Ela dá
alguns passos para trás, tentando se afastar de mim, mas o espaço é
minúsculo, e ela é barrada pelo fundo do elevador.

Em meio segundo, estou a centímetros dela. Planto uma mão em
cada lado de sua cabeça, e aproximo meu corpo do dela até praticamente nos tocarmos. Nossas respirações misturam-se, e, por um momento, eu
esqueço todas as razões para não ficar com ela.

- Eu tentei, Any. Tentei fingir que não sinto nada por você. Tentei
fingir que nada aconteceu.

Encosto a testa na dela e inspiro profundamente, sentindo seu
aroma feminino, sensual e de Sam. Minha Any. A minha mulher inocente,
minha putinha safada.

- É isso que quer? Esquecer o que aconteceu entre a gente? -
Sua voz sai trêmula e sei que, mais uma vez, eu a machuquei. - Pois
deveria tentar mais, Noah.

Ela quer soar fria e distante, mas está afetada pela nossa
proximidade.

- E se eu não quiser tentar?

- Achei que me visse apenas como sua irmã mais nova.

- Nem ferrando eu a vejo como a minha irmã, Any.

Em um movimento tão rápido que não a permite reagir, eu a seguro
pela bunda que tanto amo, abrindo suas pernas com as minhas, e enterro
meu quadril no dela, pressionando-a entre o elevador e meu corpo.

Sempre foi relativamente fácil controlar o meu prazer, até garantir
que a minha parceira está satisfeita. Entretanto, para se ter controle, o
cérebro precisa estar funcionando.

O meu está em fase suspensa neste momento, porque todo o meu
sangue está bombeando meu coração e a minha ereção, que está vibrando
por Any.

Vizinha Irresistível || 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗹𝘂𝗶́𝗱𝗼 [✓] Onde histórias criam vida. Descubra agora