‹⟨ Episódio 19 ⟩›

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POV GORDON

Continuo subindo a escada de metal velha do prédio. Tento ao máximo não olhar pra baixo. Carrego comigo a minha mochila, o que me causa dor nas costas. Já faz meses desde da dominação da cidade, sou o único que ainda luta contra Nygma. Há pessoas que ficaram também, mas não por escolha, e sim por estarem presas. Já faz tempo que não faço a barba. E eu precisava de roupas novas, sem serem velhas ou abandonadas.

-isso, continue Jim, olhe para baixo. Você vai amar isso-digo para mim mesmo, olhando para baixo. Vejo o rio que a rua se tornou.

Consigo chegar no topo e logo me sento no chão, tentando recuperar o fôlego, mas tenho dificuldade.

-ahh, uhhh, eu tenho que parar de fumar. Ai, meu deus-busco no meu casaco o rádio, o ligo assim que acho-aqui é o Jim Gordon, alguém na escuta?-nada-alguém aí na escuta, droga?! Já está quase na hora, merda!!

POV BRUCE

-você tem um telefone?-me viro para Duke.

-tenho. Mas o Sr. Nygma tem controle das linhas telefônicas. Não há como ligar para qualquer lugar-me entrega o aparelho.

-eu tenho um número especial-digo apertando os botões do aparelho.

-você é mesmo um bilionário-digito o número e a chamada começa.

-alô?-ouço a voz de Alfred.

-Alfred, sou eu.

-ah, patrão Bruce, graças a Deus. Eu tive medo, achei que o senhor...

-eu estou bem. Na medida do possível-me apoio na janela, observando a vista da cidade-eu me lembro de me rastejar dos destroços, me distanciando do acidente. Eu tirei o meu, o meu...

-seu traje formal, Sr.

-sim... Isso. Depois tudo ficou escuro. E agora eu acordo aqui, e vejo a cidade que está...

-perdida, Sr-ouço o tom de tristeza e cansaço em sua voz-os túneis que dão acesso para fora da cidade estão inundados, balões meteorológicos dominam a cidade. Os muros ao redor estão ameaçados. Ele tem a cidade nas mãos. Fazendo seus jogos doentios com ela, tendo controle de toda a rede de energia. Poucos permaneceram para lutar, poucos o enfrentam.

-eu falhei com a cidade... Eu falhei...

-o Sr. não estava pronto... O que fará agora?

-eu não sei... Tem um traje reserva?

-obviamente. O mais perto deve estar na sua residência... No beco do crime-mantenho o olhar sério.

-Tenho que dá o exemplo para a cidade.

-como você fará isso??-nada respondo-Sr?-desligo o telefone.

Volto até Duke, deixando o telefone ao seu lado na mesa.

-dando o fora, né?-pergunta com o lápis na boca.

-venha comigo, Duke. Você e sua família, podemos ajudar o povo a sair de Gotham City-digo ao seu lado.

-não. Somos daqui. Minha avó está no apartamento ao lado. O L.V que colocamos em você... Minha mãe pegou do presbiteriano caso o dela falhasse. Heheh, fez a sua barba com o depilador de pernas dela também. Qual é a palavra de seis letras para "acertar ou errar?-pergunta quebrando a cabeça com as palavras cruzadas do jornal.

-Duke, me escute...-ele suspira colando o rosto na mesa.

-eu só preciso de uma charada, Sr. Wayne, somente uma. Sabe, todo por do sol ele aparece naquele telão no centro, aquele com o ponto de interrogação piscando...-olho pela janela-... O Sr. Charada aparece e diz que se alguém tiver uma charada que ele não possa responder, ele vai devolver a cidade para o povo. Por isso eu tenho esse quebra cabeças. Você vai ver, Sr. Wayne, eu vou pega-lo.

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