Josh Beauchamp
Fui até o refeitório e peguei um suco de laranja para Any. Estava retornando para o quarto dela quando avistei Sabina vindo da recepção. Não era nenhuma surpresa que ela estivesse com um olhar de pânico. Assim que me viu, ela correu até mim.
— Elas estão bem? — perguntou.
— Sim. A Sofya está no refeitório comendo e a Any está no quarto. Ela levou um tiro na perna, mas não foi nada demais.
— Um tiro? Nada demais? Ela está grávida! — berrou.
— Eu sei. Calma. — apoiei uma das minhas mãos em seu ombro. — Não foi nada grave e ela vai receber alta ainda hoje. Vamos, eu estou indo levar um suco pra ela.
— Eu juro que se a Lívia ou o Will aparecessem na minha frente eu ia mostrar como se deixa alguém cego com uma pancada na cabeça. — esbravejou enquanto caminhávamos pelo corredor.
— Saby, que tal um calmante? Estamos em um hospital, sabe...
— Olha, eu sou o extremo oposto da Any. Os limites dela são bem altos, mas os meus são curtos.
— Isso é perceptível. — ri, abrindo a porta do quarto. — Ny, eu... — parei de falar ao notar o local vazio. — Ué?
— Você disse que ela levou um tiro na perna, então como ela saiu andando?
— Ali está a resposta. — apontei para o armário aberto e apenas uma muleta sem o seu par lá dentro. — Ai, Any, o que você foi aprontar? — murmurei saindo para o corredor.
Eu e Sabina começamos a procurar pelos corredores, olhando sutilmente para os quartos e perguntando para os enfermeiros se não haviam visto ela. E foi aí que nós chegamos até o corredor onde ficava o quarto de Lívia. Um policial estava batendo furiosamente na porta que aparentemente estava trancada.
— Parece que a encontramos. — falei.
— Quem está naquele quarto? — Sabina perguntou me seguindo.
— Lívia. E há poucos minutos, eu e Any descobrimos que foi a Lívia a responsável por amputar a perna da Sofya.
— Puta que pariu. — Saby arregalou os olhos. — Isso é algo que com certeza ultrapassaria os limites da Any.
— Senhorita, eu só vou falar mais uma vez! — o policial gritou. — Se não abrir a porta agora, eu irei arrombar.
— Com licença. — o chamei. — O que está acontecendo?
— Uma maluca entrou lá dentro e se trancou com a meliante.
— Ela não é maluca, só está querendo acertar algumas coisas. — eu disse enquanto pegava a minha carteira. — Eu posso resolver isso, não se preocupe. — tirei duas notas de cem e ofereci para ele. — Vai tomar um café.
O homem me olhou com um pouco de desconfiança, mas pegou as notas, deu as costas e saiu andando.
— Ok, isso foi muito legal. — Saby disse. — Mas você poderia ter sido preso por subornar um policial.
— Eu fui criado por Ron Beauchamp. Reconheço um corrupto quando vejo um.
— Tá bom, Christian Grey, agora tira a Any de lá.
— Any? — bati na porta. — O policial foi tomar um café. Você pode sair.
Ouvimos ela mexer na porta, então a maçaneta girou e ela finalmente abriu. Estava com um olhar travesso, um pouco ofegante e as bochechas levemente vermelhas. Olhei diretamente para o seu punho, agora com fortes hematomas nos ossos dos dedos, a mão coberta de sangue que com certeza não era dela.
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Doce Amargo(Adaptação)
Fanfiction+16| Estudar, casar e ter filhos. Essa era a cronologia que Any sempre planejou para a sua vida. Mas tudo isso vai por água a baixo quando ela engravida do seu namorado Will, aos 15 anos de idade. Expulsa de casa pelo seu pai pastor e sua mãe devot...