Cole

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POV Cole

Depois que o pequeno James foi embora, eu não deixei ele ver meu rosto claro. Então, fui até Delaila, daria um jeito de Lili não receber àquelas coisas e ficar mais traumatizada ainda, hoje era para ser um dia especial mas parece que a falta de paz nos persegue.

  - Delaila
  - Oi Cole, como vai a sua florzinha?
  - Não sei... de um dias pra cá, ela as vezes para no tempo, fica aérea, mas não é disso que eu quero falar. Bom, na verdade, eu iria formalizar as coisas com a Lil hoje.
  - Você quer dizer pedir ela em namoro? Hmmmm Cole, finalmente.
  - É, só que essa sua história que você contou aí para aquele cara...
  - Você viu? Coitada da pobre menina que vai receber essa cambada de coisas embaralhadas com abuso emocional.
  - É só que essa menina é a Lil, Delaila.
  - Como assim? Não me diga que, oh meu Deus ele é James, o preferido de Deus.
  - Pois é, preciso que essas coisas não cheguem nela, isso vai deixá-la insegura e com medo e eu não sei lidar.
  - Posso mandar para outra casa e fingir ter errado o endereço.
  - Faria isso por mim?
  - Cara, eu sou sua cupido, deixa comigo. O único presente que vai chegar, vai ser o seu. E então o que temos em mente?
  - Esperava que você me ajudasse com isso, mas tem que ser uma coisa pequena, você sabe é o jeito dela.
- Sei...
- Eu pensei em comprar um anel azul que vi em uma joalheria, é cara dela.
- Hm, um anel, isso é legal... então, você poderia levar um arranjo de camélias e escrever uma carta porque você não consegue se expressar tão bem em palavras, só em atos e isso é ótimo mas como eu, madrinha dessa relação, não posso deixar que ela deixe de saber o quanto você a ama, o quanto ela é perfeita e importante para você.
- Sim, isso me assusta sabe? Eu não vejo mais minha vida sem ela e isso é assustador, tenho medo de ficar sufocando ela.
  - Só está inseguro porque alguém quase a matou, é totalmente justificável a sua preocupação.
  - O problema é que ela não diz o que ela está pensando, quando está com aquele olhar triste e distante.
  - Tente descobrir, as vezes tudo que você precisa fazer, é perguntar. Se você não tentar saber provavelmente ela nunca vai te contar, então basta fazer uma simples coisa, converse, falta de diálogo destrói muitas histórias de amor.
  - Você tem razão! Vou perguntar o que está acontecendo. Bom, eu estava pensando se você poderia ir a joalheria comigo e me ajudar. Eu quero muito dar um anel para ela mas não quero que ela se sinta presa a mim. Se eu pudesse casaria com ela hoje.
  - Eu imagino... eu não poderia fechar agora mas se é pra ajudar meu amigão, eu faço isso, então me ajude a fechar.

Fechamos a floricultura e seguimos para a joalheria, no caminho eu acabei tendo uma ideia.

  - E se eu mandasse fazer um coisa diferente para ela, Delaila?
- O diferente é bom! Se você quer que ela decida Cole, você poderia comprar o anel azul e colocar em um colar relicário. Meu avô fazia esses colares, você poderia gravar algumas palavras no lugar de uma foto, colocar o anel lá dentro e quando ela se sentir pronta, um dia ela passa a usar e ainda continuará usando os dois, o que acha?
  - É uma boa ideia, mas não faço ideia do que gravar.
  -Você diz que ela é a sua musa, sua Deusa, seu ponto de equilíbrio. Que tal "para quando o mundo saber que você é minha e eu sou seu" ? Aí você grava isso de um lado e do outro você coloca "Cole e Lili, até que a morte nos separe".
  - Você tira todo o meu lado macho Delaila!
  - Você é um lorde querido! Um lorde muito apaixonado.
  - Eu amo a Lil
   - Eu sei.

Então entramos na joalheria e optamos por um relicário oval, assim caberia a parte inteira da escrita, graças aos céus o anel ainda estava lá, acho que foi feito para ela, havia uma pedra azul bem pequena e como o relicário se fechava bem o anel não iria cair.

  - Ah Cole, ficou mais lindo que eu pensei e essa flor na frente está tão perfeita, esse ouro é lindo, esse anel é perfeito. Vai ser lindo, toda mulher que queira um amor deveria receber uma coisa assim.

Delaila era tão eufórica por nós dois que eu acho que ela iria explodir.

  - Agora vamos voltar para floricultura e vou fazer o arranjo de camélias mais lindo, enquanto você escreve sua carta. Queria estar lá pra ver o rostinho dela.

Delaila ainda não conheceu a Lili pessoalmente, Lili nem sabe da existência dela, se ela soubesse minha fonte de cartas de amor daria risada. Então, eu fui escrever a carta. Comecei como toda carta de amor deveria começar e como eu nunca havia chamado ela.

" Lil, meu amor, eu queria te dizer que eu te amo tanto que quero viver eternamente para segurar sua mão. Antes de te conhecer, eu queria viver o mínimo possível, porque viver me deixava cansado, pelo fato de minhas decepções e desilusões, mas quando você apareceu, tão linda como uma Deusa diante dos meus olhos, eu passei a acreditar no impossível e que tudo era possível. Eu amo tanto você que agora eu consigo chorar, porque eu tenho tanto medo de perder seu carinho no meu cabelo, seu olhar que diz muita coisa e sua bondade genuína de abrandar meus sentimentos aos seus minha dor a sua, me permitir dormir toda noite nos seus braços e você acordar no meu. E amor, eu não sei como dizer, mas confie em mim, enquanto eu estiver aqui, ninguém vai te machucar. Quando abrir o relicário amor, não estou te pedindo em casamento, mas quando estiver preparada para colocar esse anel em suas mãos, as mesmas que me fazem dormir, seremos mais que casados porque quando o meu coração parar e minha alma estiver por aí eu ainda quero estar com você, eu te amo."
                         C.S

Depois que peguei o arranjo, Delaila me garantiu que tinha mandado as coisas do James para um rio, depois dela ler cem vezes a carta e dizer que ama a Lili sem a conhecer, me dar um monte de beijos e colocar o colar em uma caixinha que ela mesma fez. Eu fui a caminho de casa encontrar a minha Lil, o meu amor.
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Espero que estejam a gostar dessa história, me digam se estão, próximo capítulo postarei com 20 curtidas. Abraços!
     - Maguitá

Overcoming ObstaclesOnde histórias criam vida. Descubra agora