Igor- Rainha das facas

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Estava esperando Branca na porta do colégio dela. Saiu de mãos dada com João e se despediram com um beijo rápido, acenei para ele e colocamos o sinto.

Ela estava com um penteado lindo, aposto que foi a sogra que fez, devo uma visita a ela. Mandei uma mensagem agradecendo por ficar com Branca e ela respondeu com vários emonjs de coração e disse para zayn fazer um jantar.

— Vocês não tocaram fogo na casa no fim de semana não, né pai?

— Por quê? — sorri e dei um peteleco na orelha, ela detestava isso.

— Vocês estavam prontos para iniciar uma guerra. Papai estar bem?

— Com a bunda machucada. — ri com a piada e lembrei de não era para ter dito.

— O que aconteceu? — Ela abriu os olhos se aproximando mais de mim.

— Bati nelas. — comecei tinha que terminar. — Mas estar tudo bem, vamos no aeroporto, tem uma pessoa que quero que você conheça.

Chegamos e ele já estava na porta com apenas uma mochila, isso seria suficiente? Branca abriu a janela e gritou ele, quando se aproximou ela chamou de vovó. Nem tinha dito e ela notou a semelhança. Ele entrou em silêncio e ela me olhou confusa, sorrir e continuei dirigindo.

Chegamos e ele saiu do carro, disse para Branca que estava tudo bem, ele era assim mesmo. Servir um copo de água e sentei no sofá enfrente, Branca se trancou no quarto iria ficar horas na chamada com João.

— Você estar diferente pai. — quebrei o gelo e ele me olhou e soltou um sorriso.

— Você não me vir a anos.

— E a culpa é toda sua. Vou fazer a janta.

Levantei e fiz toda janta dessa vez muito mais do que costume. Ouvir batidas na porta e ele foi abrir, ouvir um pouco da conversa inicial.

"quem é você?"

"eu moro aqui..."

"Você é amigo do Igor?"

"sou... acho que sou"

Por que ele não se apresentou como meu namorado, marido ou até dizer meu homem? Continuei e coloquei a mesa pronta, ele foi o primeiro a chegar e Branca veio em seguida. Zayn se sentou no lado dela longe de mim, por quê?

A campanha tocou e Branca foi atender e gritou vovó. Então foi isso que ela quis dizer quando pediu para zayn fazer uma comida boa. Ela entrou e paralisou assim que pisou na cozinha, papai levantou e olhei confuso para todos.

— Hall Copper. — disse ela calma.

— Angelina Malik... o tempo não parou para você. — Ele ainda era o mesmo galanteador.

— Obrigada.

— Vocês se conhecem? — perguntei, estava tão perdido que nada fazia sentido.

Minha sogra respondeu puxando um pouco do vestido sem tirar os olhos dele, mostrou como estava perfeita a marca de uma faca, a mesma que eu e meu pai tinha no braço.

— Sua mãe foi um canibal? — disse surpreso que mundo pequeno!

— Rainha. — ele disse como se não ligasse, ele já sabia disso e nao me contou?

— Vivemos bons momentos juntos. — ele cruzou os braços mantendo sua marra de sempre.

Ela só se limitou a um sorriso e sentou ao lado de Branca no outro lado da mesa, estava sozinho com meu pai.

— Pelo visto não foi meu filho que fez o jantar. — Ela disse sorrindo — obrigada Igor, deve estar uma delícia.

— Isso estar emocionante... — Branca ria atacando o prato.

— Quem diria que nossos filhos seriam amigos, e ainda morar juntos.

— Amigos? — Ela olhou para ele confusa.

— Pai, zayn é meu marido. E essa menina aqui é nossa garotinha! — Olhei para todos, Sogra olhava sério, zayn surpreso de boca cheia e Branca fazendo um coração coreano para mim.

— Ela saiu de qual de vocês?

Senhora Angelina pegou a faca, a maior de todas e enfiou na mesa de madeira, perto da mão do meu pai, entre os dedos. Ela era boa, suspirei fundo perdendo já a fome, ele só tirou a faca e colocou no lugar.

— É uma brincadeira. Você é bastante bonita, Branca. Fico feliz que você tenha feito sua família Igor, sua mãe estaria orgulhosa.

— Obrigado. — Olhava zayn quieto, ela não dizia nada desde que meu pai tinha chegado.

— Ele cuida bem de você rapaz? — Zayn pulou da cadeira surpreso e concordou rápido.

— Cuida muito. Até bater bate. —  Branca dizia com com a boca cheia rindo.

— Bate? — Angelina me olhou e puxei a faca antes que fizesse o mesmo comigo.

— Bate? — meu pai também perguntou nervoso batendo na minha cabeça.

— Bate... até deixar roxo né pai? — Zayn olhou para mim por saber do que tratava, tentava não rir. Branca ainda continua com a língua descontrolada. Após o silêncio ela continuou — na bunda gente, na bunda.

Todos na mesa riram até zayn, finalmente ele sorriu hoje.

Colocamos a conversa em dia na sala, Branca ia tinha ido pelo horário. Agora finalmente ela dorme cedo, Sogra foi embora quando o namorado veio buscá-la e ficamos conversando com meu pai na sala.

Fui na cozinha e peguei uma cerveja, tinha comprado para ele já que ninguém ninguém casa bebia entreguei e voltei sentar abraçado com Zayn.

— Eu não bebo a 15 anos. — colocou a garrafa na mesa sorrindo, ele estava bem, o físico tinha mudado.

— Por que voltou? — zayn me bateu fraco mas gemi pelo susto.

— Para te devolver isso. — Ele tirou da mochila cinco envelope bem grosso. Era o dinheiro que depositava... — Por cinco meses... com sua ajuda consegui abrir uma boa oficina de moto, tenho trabalhado muito e hoje estou bem. Fiz todo cálculo e aqui estar tudo que você me deu, até mesmo o que usei para abri a oficina.

— Pai...

— Igor... por mim você teve que ir para as ruas com 17 para se virar e me sustentar. Sua mãe me mataria se estivesse viva. — Sorriu e suspirou calmo. — não posso fazer meu filho continue gastando dinheiro assim comigo, esse dinheiro é do seu esforço. Pertence a você! — Ele se levantou e colocou tudo na mesa.

— Eu não quero esse dinheiro.

— Eu fui um pai péssimo, só me deixa fazer uma coisa certa.

— Não é assim!

— Vou colocar Branca no nosso quarto. — Zayn levantou pegando a garrafa. — Foi um prazer conhece-lo senhor Hall Copper. Fique a vontade.

ENTRE DOIS CORAÇÕES  [ 2/2 ] *não revisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora