Trono de Fogo

Dor

Sasuke soltou um urro de dor ao ter um tapa forte desferido em sua fase, seguido de um soco bruto em seu nariz. Ele tossiu um pouco, sentindo o sangue escorrer por seu rosto assim como espirrava quando ele tossia pela falta de ar. Forçou seus punhos em desespero, tentado sair daquele lugar, entretanto, foi inútil pelas fortes algemas que o prendia na cadeira de tortura.

Ele piscou algumas vezes focando novamente sua visão na sala escura, iluminada apenas por uma vela fraca no centro do lugar, onde consequentemente ele estava amarrado. Uma risada cínica ecoou, fazendo com que Sasuke se tornasse mais desesperado para sair daquele lugar horrível; aquele lugar que cheirava a mofo e sangue velho.

—Parece que você não é de ferro, não é? – a voz calma e prepotente se fez presente. Com um pouco de dificuldade, conseguiu ver o homem que estava o torturando na parte mais escura da sala. – Você tenta mostrar indiferença com essa expressão no rosto, mas eu sei que você apenas queria deitar-se e chorar. – comentou arrogantemente, com uma faca bem afiada em mãos. Ele a passava delicadamente entre os dedos, olhando atentamente para o homem preso e ensanguentado. – Por que não contribui para isso acabar de uma vez? – ele questionou seriamente.

—Não irei gastar saliva falando com um verme como você... – sussurrou abrindo um sorriso arrogante, seu rosto doía enquanto suas bochechas erguiam-se para formar o sorriso. Os ossos de seu rosto pareciam estar prestes a quebrar a qualquer momento, mas isso não impedia Sasuke de mostrar sua arrogância para o homem a frente.

Em consequência disto, ele gritou de dor ao ter um pedaço de ferro jogado em uma das suas mãos, ferro quente. Fechou os olhos e cerrou os dentes para suportar a dor, respirando com dificuldade e segurando as lágrimas de dor e agonia. Não iria mostrar tamanha fraqueza, imaginava o quão humilhante isto seria.

—Você realmente está me irritando bastante, moleque. – ele murmurou indiferente a dor que causava ao moreno. Forçou um pouco mais o ferro sobre sua mão, fazendo-o soltar outro gemido. – Responda minha pergunta: quem é você?

Ignorando a questão, Sasuke o olhou raivoso tendo a audácia de cuspir em sua face. Ganhou um tapa como consequência, um puxão de cabelo fez com que ele deixasse uma reclamação escapasse e um som de dor ao ter seu rosto batido na mesa do centro, sendo segurado pela mão forte do homem. Pelo canto dos olhos, conseguiu ver o homem abaixar-se ao seu lado e o olhar intrigado.

—Você gosta de sentir dor? – questionou interessado, abaixado sua máscara e permitindo Sasuke olhar sua fase finalmente. – Eu apenas lhe fiz uma pergunta simples, qual seria a dificuldade em responder? – soltou o cabelo do moreno e levantou-se novamente, afastando-se pouco. – Eu não quero te machucar garoto, apenas quero sua ajuda nisso. – cruzou os braços sentando-se na cadeira em frente à de Sasuke, encarando-o profundamente. – Responda as três perguntas que eu lhe fiz. Quem é você? De onde você veio? E principalmente, por que está com a adaga dos reis?

—Eu já respondi. – murmurou com dificuldade, sentindo seu queixo doer a cada movimento que fazia. – Eu sou Sasuke, vim de Amegakure e a adaga é minha.

—Diga a verdade! – gritou o homem batendo a mão com força na mesa, jogando-a para longe para poder se aproximar de Sasuke novamente. Ele apoiou a lâmina da faca no rosto do moreno, forçando e deixando um pequeno corte em sua bochecha. – Como um ladrão imundo como você poderia ter algo tão valioso? Como um simples ladrão poderia estar com a adaga que é passada de gerações em gerações na família real?

Sasuke soltou um riso baixo e abafado, que com o tempo foi se transformando em uma gargalhada forçada. Seu olhar foi direcionado ao torturador, mexendo seu pescoço para estralar os ossos doloridos.