Twelve. 12

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Um resmungo era tudo o que se pôde ecoar pelo quarto, sentia seu corpo arrepiado pelo frio que fazia e antes que pudesse abrir os olhos respirou fundo e se espreguiçou, o que foi suficiente para logo sentir uma pontada fraca em seu baixo ventre. O de cabelos verdes abriu enfim seus olhos e logo levou a mão ao pé da barriga, sentindo aquela pontada fraca mais uma vez. 

- Que dia é hoje? - Perguntou com a voz rouca pelo fato de ter acabado de acorda, não tardando a sentar-se com calma sobre o colchão e sentir algo molhado entre suas pernas. - Uh? - Com a sobrancelha erguida o ômega levantou o edredom que o cobria e logo notou que o colchão assim como suas calças estavam encharcados - Ah, merda, meu cio! - Aquela pontada foi novamente sentida fazendo o garoto resmungar. Infelizmente havia esquecido que após dois meses teria seu cio desregulado, e o motivo de estar todo molhado é pelo fato de não conseguir segurar a urina quando entrava nesses dias, fazendo o mesmo levantar desesperado antes de puxar o edredom para fora da cama - O que eu faço? O que eu faço? - Perguntou olhando para os lados tentando encontrar alguma coisa que pudesse o ajudar, contudo não achou nada e ali desejou que Katsuki não estivesse em casa. 

Um suspiro foi solto pelo garoto que passou a pensar melhor no que deveria fazer, não demorando a tirar o lençol da cama e jogar ao chão, vendo que por sorte não havia molhado tanto a cama, o que lhe era um alívio. O se mexas verdes tentou puxar o colchão e o tirar de cima das grades de madeira, porém ele era pesado pelo fato de ser de mola, fazendo suas mãos escorregarem e consequentemente cair no chão, causando um barulho alto que chegou até o primeiro andar.
Izuku se levantou rapidamente antes de voltar a puxar o objeto mas foi surpreendido quando a porta foi aberta rapidamente revelando um loiro assustado. 

- Está tudo be.... O que aconteceu? - O homem perguntou ao notar a bagunça no quarto e o estado de Midoriya, porém ao se aproximar parou brutalmente ao que um aroma doce invadiu suas narinas, era tão doce ao ponto de se sentir tonto - Céus... - O homem balançou a cabeça antes de novamente encarar o ômega e ver como esse estava molhado. 

- K-Kacchan... Não aconteceu nada... Eu só... Só... - Foi aí que tudo se encaixou, Katsuki entendeu que Izuku havia entrado no cio, mas estar molhado daquele jeito era estranho - É que... Eu... - O menor sentiu seus olhos começarem a lacrimejar pela vergonha que sentia naquele momento, o que o loiro falaria? Era uma homem formado e ainda mijava na cama? - Desculpa Kacchan.. Eu não sabia que ia começar hoje... Eu não consigo segurar a bexiga nesses dias... Eu fiquei tão acostumado com os dois meses da recuperação do meu organismo... - O menor tentava se explicar não deixando de sentir vontade de chorar pela humilhação de ter mijado na cama. A verdade é que por conta de ser um ômega homem seu organismo demorava muito mais para se recuperar que o de uma mulher, e isso havia afetado suas marcações de dias, já que entrava no cio por três dias todo mês. 

Katsuki por outro lado mesmo estando sendo afetado por aquele cheiro doce acabou rindo baixo antes de balançar negativamente a cabeça - Vá tomar um banho, eu arrumo tudo aqui - O alfa pediu enquanto tentava ao máximo não respirar fundo, e assim que Izuku separou roupas novas e foi para o banheiro o alfa soltou o ar que sabia que estava segurando e foi começar a ajeitar as coisas. Tirando primeiramente o colchão das grades e o deixando perto da janela aberta para ventilar, logo pegando o edredom e lençol jogados ao chão para descer e sair dali o mais rápido possível, precisava ficar longe de Izuku nesse período do menor.

Dentro do banheiro o garoto tirava suas roupas molhadas e jogava elas ao lado do vaso sanitário, não demorando a passar a mão sobre o rosto se condenando por não ter prestado atenção direito nas sua recuperação. Dentro do box o menor começou a se lavar sem pressa, sentindo seu baixo ventre levar algumas pontadas ainda. A sua sorte sempre foi não sentir dores extremas, eram apenas pontadas e vez ou outra não sentia nada, apesar disso ainda tinha o desejo de relações sexuais e seu ânus expelia lubrificação natural sempre que estava perto de um alfa, mesmo assim não é como se fosse o fim do mundo. 
Seu banho logo foi encerrado e calmamente começou a se secar e se trocar, ao terminar o garoto passou pasta de maçã sobre os dentes com a escova e logo saiu do banheiro, notando que o loiro já não estava mais ali, com isso respirou fundo e olhou para janela que tinha o colchão sendo apoiado abaixo dela. Logo Katsuki apareceu novamente com uma caneca de porcelana e algo que parecia ser um pózinho.

My dear WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora