Prólogo

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Bem, esse é o meu primeiro capítulo aqui. Por favor, leiam essas notas antes de iniciar a leitura:

Comecei essa história faz um tempo, porém, fiz diversas e diversas alterações ao longo do tempo. Agora que tenho um roteiro mais concreto e um número de capítulos, não consegui me conter e decidi postar aqui Wattpad hoje, 20/9. Considero um “teste”, portanto, pode ter alguns erros gramaticais e outros erros de acordo com a história. Por favor, se tiverem, me mandem no privado ou comentem aqui em baixo.

Quanto a frequência de postagem, tentarei sempre postar às terças e às sextas. Como tenho um número de capítulos prontos, posso produzir enquanto libero o conteúdo pra vocês, mas peço perdão do fundo do coração se em algum momento parar de postar.

Quanto ao resto, espero que gostem do conteúdo ❤️

...

A luz da manhã atingiu as pálpebras da garota, provando-a que era, realmente, de manhã.

O dia havia chegado, mas aquela cela estava tão fria como se fosse o período mais frio da noite. Ela desviou o rosto para o outro lado numa tentativa falha de desviar os olhos do filete de luz, quando passos em sua direção foram ouvidos. Alguém estava vindo.

Um homem alto com um terno chegou. Conforme os olhos da jovem se abriam, a única coisa que podia ser vista na mesma reta eram os sapatos dele.

— Senhorita, o chefe está lhe chamando. É melhor acordar logo, ele não gosta de atrasos.

A única coisa que se passava na cabeça dela era onde ela estava. Deitada no chão frio, sem qualquer uma de suas armas ao redor, despida de seu traje oficial e apenas com uma bermuda e uma camisa simples, sentiu-se humilhada e totalmente presa de pedir a qualquer pessoa o direito de liberdade. Percebeu isso e então não demorou muito para se levantar, ajeitar suas roupas e olhar diretamente ao rosto do que nem poderia ser chamado de segurança.

— Onde eu estou?

— Você não precisa saber disso agora.

— Eu exijo que diga onde eu estou — A jovem disse enquanto segurava firmemente nas grades da cela. — Eu não fiz nada para chegar aqui!

— Quem vai decidir se você fez ou não alguma coisa será seu chefe, senhorita.

— Não me chame de senhorita, você nem pode dizer algo por si mesmo! — Olhou nos olhos do homem e disse.

O maior pegou as chaves do bolso e destrancou a cela. — Vamos, por favor.

Não havia nada a ser feito a partir do momento em que Aiyra viu que o homem tinha uma arma de fogo no bolso.

Ou então, para sua mente genial, havia sim.

As chances e probabilidades passavam pela sua cabeça. Os guardas, um pouco mais a frente, veriam qualquer movimento brusco que fosse feito. Ao lado, haviam outros guardas que vigiavam outras celas. Mas havia apenas um lugar que era excessão a tudo isso — a cozinha, que ficava um pouco mais a frente e que poderia ser avistado com facilidade. Alguns prisioneiros estavam lá, alimentando-se de rações que aparentavam estar velhas. O caminho para a sala do tal chefe era o único que, felizmente, envolvia a preciosa cozinha.

No entanto, a guarda certamente aumentaria. Quanto a isso, é bem mais simples encontrar um lugar para se esconder de qualquer pessoa, principalmente com as mesas resistentes.

Aiyra, a garota da pele de madeira caviúna, aceitou então ser levada para a sala do homem misterioso. O outro, que estava conversando com ela há alguns segundos, algemou suas duas mãos e fez com que ela seguisse em frente.

Conforme ela andava, via dois guardas conversando ao lado.

— Ah, qual é, o tiro ao alvo é daqui a pouco.

— É o seu primeiro treinamento disso. Você nunca se quer apertou um gatilho. Você é de outro setor. Não faça isso, não é pra você, cara. Desculpa.

— Não importa, eu farei, tenho vontade de fazer. Qualquer coisa, as armas estão na sala de controle mesmo!

Sala de controle. Se as armas dela não estavam na cela, com certeza estavam lá.

Eles continuaram andando.

— Preciso ir ao banheiro. — Parou de andar bruscamente.

— Isso fica para outr— Aiyra empurrou bruscamente a cabeça para trás e, virando-se, chutou-o à altura da cabeça. Sentou-se no chão e passou seus braços para a frente, ainda algemados, em uma grande dança com as pernas. Pegou as chaves nos bolsos do homem e finalmente, se libertou daqueles objetos prateados horríveis.

Seguiu no corredor e se escondeu entre as colunas das paredes para se esconder de outros guardas no local. Ela ouviu vozes, não alguns minutos depois de ter atacado o homem anterior.

— O chefe ainda está procurando a garota. O que aquele cara está fazendo?

— Eu sei lá, ela deve ter enrolado ele.

Eram dois. Para fazer o desejado, ela precisaria agir na furtividade. Ou então, deveria tentar. Esperou eles se aproximarem e, então, atacou.

— Cacete! — O homem exclamou assustado.

Ela o chutou e, em seguida, desviou-se de um soco que havia sido dado por outro homem. Um guarda socou seu próprio aliado, e então, o outro desmaiou. Foi quando a garota deu seu ultimato, com um chute meia lua trás.

Caindo no chão quase desmaiando, Aiyra pegou na garganta do homem e segurou, enquanto olhava nos seus olhos. — Poderia me dizer onde é a sala de controle, por favor?

— Eu nunca diria isso! — Disse rangendo os dentes com sangue escorrendo pela boca. — Você é idiota?

— Não fui eu que foi golpeada e ainda fez o mesmo com o companheiro. Eu conheço a “companhia” de vocês, então infelizmente não posso desejar boa sorte.

— Maldita! — Exclamou, enquanto morria lentamente.

Ela correu para a sala de controle quando  ouviu vozes elevadas no corredor anterior. — Eles estão mortos, capitão.

Destrancou a sala com a chave e entrou, trancando-a mais uma vez. Ouviu o alarme tocar. Ela havia sido detectada.

Rapidamente identificou seu traje na parede e seu arco, sua espada e a aljava próximos ao armário. Se trocou rapidamente e pegou seus equipamentos.

A sala de vidro mostrava uma bela manhã do lado de fora, de um grande penhasco com uma grande floresta em baixo. Não havia uma maneira sequer de quebrar um vidro tão resistente, a não ser a maravilhosa âncora da corda do rapel.

Aiyra jogou o objeto em sua direção apenas uma vez, quando escutou uma explosão na instalação. — Preciso sair logo daqui — E, com toda a “cicatriz” do vidro, apenas jogou mais uma vez até que os pedaços pequenos e cortantes caíssem do penhasco.

— Chegou a hora de ver se essa modificação vai funcionar — Ela amarrou o gancho na cintura, colocou o arco nas costas e a espada na capa e abriu os braços. — Reage bem ao vento.

Um guarda chegou na sala e logo atirou nela.

— Bye bye! — Ela apenas se jogou diante o penhasco com os braços abertos.

A única coisa que fez foi apenas se soltar em direção ao solo com os braços abertos enquanto planava como um pássaro. Tudo explodiu enquanto ela descia.

Minutos atrás, presa em uma cela fria e vazia. Agora, solta, livre, sentindo a brisa bater no seu rosto com o calor do Sol e cheia de coisas ao redor.

— Finalmente, de volta para casa.

RESTARTWhere stories live. Discover now