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QUATRO MESES DEPOIS
Bianca
O sol batia em meu rosto. Estava um dia muito bonito por sinal. Eu respirava fundo e de olhos fechados. Considerando os recentes acontecimentos em minha vida, eu acho que estava tendo um dos primeiros dias de tranquilidade depois de toda aquela desgraça.
Ah.. o julgamento, Rafaella... Meu peito doía só de pensar no que tinha acontecido a ela. Aquele momento se repetia em meus pensamentos e isso me machucava. Pude sentir os olhos se encherem de água ao lembrar dela.
Doze horas já tinham se passado desde Rafaella ter levado um tiro.
Tiro...
A pronúncia da palavra me fazia fechar os olhos como se eu sentisse o tiro também.
A família de Rafaella tinha acabado de chegar no hospital. Manu se levantou e foi conversar com eles longe de todos nós. Sebastião e Genilda ouviam um tanto quanto atenciosos, mas apreensivos. Marcella era de longe a mais calma. Quando Manu falou a situação de Rafaella, Genilda desabou. Sebastião precisou segura-la para que não caísse e a abraçou forte. Marcella colocou a mão na boca e abraçou sua mãe também. Genilda teve uma queda de pressão e as enfermeiras precisaram atendê-la também. Depois disso, Manu os acompanhou até o quarto onde ela estava. Ficaram lá sozinhos algumas horas com ela.
Em todo esse período, fiquei sentada na recepção com minha mãe e as meninas.
- Bianca, você está melhor? - minha mãe perguntou.
Balancei a cabeça em concordância.
- Eu acho melhor eu ir para casa. Pegar Iris...
- Nossa! Ninguém avisou nada ao Troy! - Gizelly exclamou.
- Ah não, eu liguei para ele. Disse o que aconteceu e que demorariamos.
- Marcela... Se importa de pegar o carro, levar minha mãe até lá para ela pegar Iris e levá-la em casa?
- Claro! Ia dizer isso agora.
- Bia, você deveria ir para casa também. Descansar. - Mari disse se aproximando e colocado as mãos em meus ombros.
- Acho que vou ficar aqui. Sei lá, dormir aqui. Nem que seja nessa cadeira... Sabe, de certo modo eu sinto que deveria ficar.
- Quer saber, vão todas vocês para casa e levem Mônica, eu vou ficar aqui com a Bianca - Gi falou se aproximando.
- Certo então... Vamos indo.
Peguei Mari pela mão a impedindo de ir.
- Me desculpe por mais cedo.
Ela sorriu de canto.
- Tudo bem, não se preocupe. - ela me abraçou e foi embora.
- Não precisava ter ficado.
Ela riu.
- Acha mesmo que eu ia te deixar aqui? - ela se sentou do meu lado e me trouxe para seu peito - Vamos, me conte o que sente por Rafaella... O que fizeram esses dias?
Gi era a melhor pessoa para se ter ao seu lado quando se está triste. Seu abraço me acalmava com extrema facilidade e me passava uma tranquilidade sem comparação...
- Bom... Nós nos beijamos. Muito.
- Era de se esperar... - ela riu - Eu tenho que dizer que eu sabia que isso ia acontecer. E isso é uma merda, mas... Eu te avisei.
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THE LAW
FanfictionBianca Andrade está saindo da faculdade de direito. Uma mulher observadora dos detalhes e forte promessa na advocacia. Ao assistir a um julgamento, recomendado pela universidade, ela acaba conhecendo a renomada advogada Rafaella Kalimann, loira, bon...