Intenso

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Eu sentia minha boca completamente seca, nem saliva eu tinha para consegui molha-lá, a tensão entre nós estava palpável, porém Elizabeth parecia mais tranquila serena, com seu prato de comida, ela sorriu, e antes de começar a falar o garçom nos interrompeu.

– Deseja fazer o pedido senhorita?

Eu desviei do olhar da minha prima e encarei o garçom forçando meus lábios ressecados a abrirem.– Apenas uma água com limão por favor.

Ele se afastou e a garota sorriu. – Deveria comer Manu.

– O que está acontecendo? O que você quer com aquela família?

Ela largou o garfo e me encarou, sua serenidade sendo substituída por uma raiva, magoa. – Eu quero apenas o que é meu por direito.

– É apenas dinheiro? Isso.

Ela deu de ombros. – Nunca me importei realmente com isso Manuela.

– Então o que é? Essa história de ser filha do Henrique é mentira né?

Ela deu de ombros e uma lágrima solitária caiu, rapidamente limpou. – Eu gostaria realmente que fosse, mais nova eu sonhava em conhecer meu pai, ter uma família de verdade sabe, minha mãe nunca teve tempo de estar comigo, por culpa dele foi presa e logo começou a trabalhar nas noites, pouco a via, dizia estar cansada, era cuidada pela minha madrinha, que trabalhava no hospital e tinha pouco tempo para mim, me sentia solitária, uma vez decidi questionar minha mãe sobre meu pai, era o dia dos pai e na escola sempre tinha apresentações, eu nunca participei de nenhuma, e sabe o que ela me disse?

Eu balanço a cabeça negando imaginando uma garotinha com enorme olhos azuis solitária, eu sabia como era chato não ter um pai para quem homenagear, mais eu tinha minha mãe que supria do modo dela todas as minhas inseguranças.

– Deixou claro que meu pai, nunca me quiz, que tinha um filho que era muito amado e cuidado, dava tudo do bom e do melhor para ele, eu era a bastardinha e ele me odiava, eu só queria um pouco de carinho e talvez a presença dele, eu queria que minhas colegas me visse com meu pai, era sempre questionada, mas o que eu diria? Que ele nunca me amou, nem quis saber ou me conhecer?

– Tem algo errando Elizabeth, sua mãe disse para o Henrique?

Ela deu uma risada fria, irônica. – Dizer o que? Minha mãe ficou um bom tempo na cadeia, por causa dele, que só a usou e depois trocou pela loira linda novinha, culpa dele eu perdi meus anos sem minha mãe o que você quer que faça agora, me atire nos braços dele pedindo que me ame?

– Não é isso Elizabeth, mais converse com ele.

– Eu sinto muito Manuela, mas eu vou fazê-lo pagar pelo meu sofrimento.

– Você não pode fazer isso.

– Posso e vou, eu não sei porque esse homem nos odeia, ele quer ver minha mãe na lama, se cuida Manu eles são pessoas ruins, o filho em especial da pra perceber como é, rico tem tudo que deseja, ele pode pisar em você como se faz com uma barata.

– Ele me ama, Eliza.

– Minha mãe um dia também pensou ser amada e o que aconteceu? Ganhou cadeia. A única coisa que eu quero é que não se meta no meu caminho.

Ela sai, e eu puxo ar para meus pulmões com mais força, já que me mantive sem respirar, estou chocada, tensa.

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– Ei o que está acontecendo com você?

Arthur e eu estamos deitados nu em sua cama. – Nada eu só estou pensando em como tudo aconteceu com nós.

Ele sorri. – Eu te amei desde o momento que a vi naquela praia linda vindo em minha direção.

Eu dou uma risada e me sento, o que o faz também sentar e me encarar. – Estou feliz demais Arthur, sempre foi eu e minha mãe e quando a perdi, pensei que seria sozinha.

Ele beija o topo de minha cabeça e deito em seu peito, ele respira fundo e sua voz profunda muito baixa quebra o pequeno silêncio.

– Eu amo meus pais Manu, mas confesso que nunca gostei do meu aniversário.

Eu me sento  o encarando. – Porque?

– Eu me sinto mal, meus pais me amam e me dá tudo, mas eu sei que eles também sofrem nessa data, eu tinha uma irmã Manu, éramos gêmeos e ela morreu logo após o nascimento, eu sobrevivi, mas meus pais sempre ficam meio abalados.

– Mas..

– Eu amo você Manuela é a única mulher que me dá paz e segurança, eu confio em você demais, nunca aconteceu isso comigo é algo que me deixa um pouco perdido.

– Vocês nasceram prematuros.

Ele da uma risada melancólica. – Vejo que você nunca se interessou em pesquisar a minha família, não a o que esconder, tem tudo nos sites a tragédia da família Crawford, meus pais sofreram acidente criminal queriam matar minha mãe.

O horror se espalha pelo meu corpo.

– Seu pai não teve mais filhos além de vocês?

Ele balança a cabeça. – Claro que não. – ele sorri. – Meu pai pensava ser estéril e quase perdeu minha mãe, cara a história deles é tão intensa, tinha tudo pra dar errado mais eles não completamente ligados, eu desejo isso para nós, eu sinto que você é a mulher da minha vida.

Nós dormimos juntos e eu acordo antes depois de uma séries de pesadelos, Elizabeth me dizendo que odeia o pai, Arthur me dizendo que o pai tinha certeza que era estéril.

Um tremor varre meu corpo de maneira que me faz bater os dentes, meu Deus algum desses lados podem estar mentindo ou, o que eu vou fazer...

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Estou em casa no quarto que era da minha mãe com Ester, as armas se arrastaram e falta apenas três dia para ir ao julgamento, nós revíramos as gavetas, e eu acho joias, e um envelope o abro sentindo minha mão treme, minha certidão que eu certifico que não a o nome do meu pai, e a alguns outros papéis, e um caderno cheio de desabafos, espécie de diário da minha mãe, em uma página meus olhos se fixam e eu me sinto enjoada.

Sexo e sexo! Tudo se resume a sexo, Marcelo só goza em mim chamando pela mulher Tatiana, eu a odeio com todos as minhas forças, só que ele não sabe que parei de tomar remédio e estou no meu período fértil, ele será meu, nunca pensei em ter filhos, mas faço tudo por ele.

Na página seguinte

Eu não acredito que tive esse bebê, ele não olha pra mim e não quer saber da filha, só me foder, a garotinha é tão doce, e ele não a ama. Sua obsessão pela família Fortin é irreal. Eu o amo e ele ama outra, eu odeio Tatiana. Keila é uma vaca estéril, nem para consegui engravidar e ajudar o irmão consegue e eu acabo pagando, pois apanho dele por ter uma bebê, ele queria matar minha garotinha. 

Eu me afasto correndo para o banheiro e despejo todo meu almoço. Me levanto dou descarga e lavo a boca

Logo Ester está me amparando. – Calma Manu.

– Isso está acontecendo Ester, droga! Eu preciso falar com a Keila.

– O que ?? mais..

–  Tem que ser agora.

Saio do banheiro e vou a sala rapidamente pegando meu celular e bolsa.

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Hoje é dia de muita atualização comentem para eu saber o que estão achando bjos até jaja