Apaixonadamente Seu -6- Acidente.

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Eliot conseguiu passar pela experiência, não era seu emprego dos sonhos, mas ele estava indo bem apesar de ser um pouco estressante pois tinha umas questões de meta para cumprir e no momento o país passava por mais uma crise econômica. Eu permaneci em meu antigo emprego no turno da manhã, mas houve uma mudança de gerência e me solicitaram que eu trocasse para o turno da tarde, mais um motivo para Eliot implicar ainda mais com meu trabalho, dizendo que eu não precisava mais trabalhar que ele poderia muito bem me dar tudo o que eu precisasse que meu papel era cuidar da casa, dele e nada mais. Não aceitei seus motivos e não cedi afinal de contas sempre fui uma pessoa independente e por mais que eu gostasse de Eliot eu não sabia o que poderia acontecer no futuro.

Com o passar dos meses o trabalho de Eliot passou a ser cada vez mais estressante principalmente por conta de cobranças de metas. A cada mês que passava mais ela aumentava e mais a supervisão cobrava, meu namorado não queria perder o emprego, não queria perder a posição de provedor da casa. Eliot também começou a receber ligações as quais ele tentava me esconder, mas não era do tipo de estar falando com algum amante, aparentemente era sobre a família dele e as ligações eram de seu irmão, o qual até então eu não conhecia. Na verdade, eu não conhecia nada da vida de Eliot fora da minha casa.

Apesar de me esforçar para não discutir com Eliot ele cada dia parecia mais possessivo, ciumento, nervoso e passou a ser agressivo comigo. Depois de eu atender uma ligação de trabalho Eliot surtou e começou mais uma discussão sem sentido, eu que ja estava cansado daquilo não aguentei mais e disse algumas verdades em sua cara que não gostou e saiu batendo a porta acelerando o carro a toda velocidade deixando marcas dos pneus no asfalto. Depois disso Eliot sumiu por alguns dias, não atendia o celular, cheguei a procurar nos bares perto de casa e ate em hospitais, mas nada dele.

Eu estava chegando em casa quando vejo de longe alguém sentado à minha porta todo encolhido no chão ao me aproximar percebo que Eliot que estava a dois dias sumido. De início me preocupei e pensei em ligar, mas por outro lado pensei melhor dar um tempo em nossa relação que estava conturbada. Me aproximei e a imagem que vi não era do Eliot que eu conhecia, todo sujo, barba por fazer não do tipo atraente do tipo desleixada, roupa rasgada ele estava fedendo mesmo bebida e suor a primeira coisa que me veio à cabeça foi de brigar, gritar e esbravejar com ele, mas não consegui chamei por ele que me olhou com seus olhos tristes, mareados e avermelhados o ajudei a levantar e o levei para dentro o ajudei a tomar um banho e preparei uma bela refeição.

_ Pensei que já estivesse com o outro la.

_ Do que você esta falando Eliot? Você sabe ao menos onde você esta?

_ Claro que sei, fiquei a tarde toda aqui te esperando.

_ Não foi trabalhar? Onde você estava todos esses dias?

_ Eu estava por ai... tive um dia péssimo no trabalho e para completar na volta um transito infernal e por culpa de quem? Daquele mimadinho desgra...

_ Do que você esta falando? Você enlouqueceu? Não está dizendo coisa com coisa!

_ Você não está sabendo? Claro que não, por isso está aqui, senão já estaria lá com ele.

_ Quer saber? Come ai e depois vá descansar. Eu vou... vou ali comprar algumas coisas e já volto.

Eu precisava sair, respirar, espairecer ver o Eliot naquele estado estava me fazendo mal. Quando cheguei ao mercado encontrei a mãe de Henrique que a algum tempo eu não a via mesmo morando tão perto por conta de horários diferentes.

_ Armando meu filho a quanto tempo, pensei ate que não estivesse mais morando por aqui.

Me pergunta a mãe de Henrique.

Apaixonadamente Seu. (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora