Apaixonadamente Seu -5- Segunda chance.

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Na noite anterior consegui convencer Eliot, meu namorado a ir a uma boate. Grande erro! Eliot bebeu demais e ao me ver dançando junto a meus amigos Antônio e Clara não conseguiu controlar seu ciúmes e partiu para cima de meu amigo. Como resultado fomos expulsos do local e os dois com escoriações e hematomas no rosto. Irritado com as atitudes de Eliot, não aceitei ir para casa com ele até porque Eliot estava bêbado, discutimos e fui embora com meus amigos. Cansado, magoado e preocupado acabei dormindo e como não iria trabalhar no outro dia e percebendo que eu tinha chegado tarde em casa minha mãe me deixou dormir um pouco mais no dia seguinte.

Me levantei, tomei um banho, dei um beijo em minha mãe e sai para comprar o pão. Já estava chegando na padaria quando eu percebo alguém atrás de mim, aquela sensação ruim de ser perseguido, acelerei o passo, mas a pessoa percebeu pois ouvi que seus passos também aceleraram comecei a correr, mas a pessoa também correu e então segurou em meu braço eu já ia gritar, mas então ele disse:

_ Me desculpa!

Reconhecendo a voz, olho para trás e vejo Eliot com seus os olhos verdes mareados. Seu rosto de pele clara inchado e cheio de hematomas arroxeados deixava claro que o que tinha acontecido na noite anterior não tinha sido um sonho ou melhor um pesadelo.

_ Eliot...

_ Não termine comigo, me perdoe, me dê mais uma chance, por favor!

Me suplica Eliot.

_ Porque você agiu daquela forma ontem? Nunca tinha te visto daquela maneira.

_ Me desculpe mesmo, não sei o que me deu. Eu sei que errei, eu me descontrolei fiquei com qualquer coisa, o que você quiser. Se quiser me ajoelho aqui aos seus pés, vou agora me apresentar para sua mãe...ciúmes, com medo de perder você. Não termine comigo por favor, me dê outra chance. Eu faço o

_ Certo, vou te dar mais uma chance, mas nunca mais faça isso novamente ok?

Eliot me abraçou forte com um sorriso enorme aberto.

_ Te amo! Te amo, meu anjo! ai!

_ O que foi?

_ Meu rosto está doendo um pouco, mas tudo bem.

_ Deixa eu ver isso, vem vou fazer uns curativos, passar uma pomada. Primeiro vamos à padaria e depois passamos na farmácia.

Comprei o pão levei para minha mãe, mas deixei para tomar café com meu namorado. Comemos, cuidei de seus ferimentos e achamos por bem não apresentá- lo a minha mãe daquela forma, aguardamos para quando ele estivesse mais apresentável.

Alguns dias se passaram, Eliot já estava melhor decidi que ja era o momento de apresentá- lo a minha mãe ao entrar em casa percebo que minha mãe estava passando mal. Foi uma cena assustadora minha mãe estava tendo um ataque cardíaco, entrei em pânico, não sabia o que fazer. Colocamos minha mãe dentro do carro e corremos para o hospital.

_ Ela vai ficar bem meu amor, estou aqui com você.

Disse Eliot no hospital com um braço por trás de minhas costas onde sua mão acariciava meu ombro, minha cabeça encostava em seu peito eu sentia seu cheiro, ouvia seu coração bater e tentava me acalmar enquanto minha mãe era atendida. Os dias seguintes não foram fáceis, mas Eliot ficou sempre ao meu lado. Vinha todos os dias em minha casa. Conheceu minha mãe que infelizmente não estava em sua melhor forma, mas o recebeu com muito carinho.

Infelizmente minha mãe veio a falecer uma semana depois vítima de outro enfarte, desta vez fulminante. Em seu velório recebi o consolo da mãe de Henrique e do próprio que veio prestar suas condolências. Confesso que meu coração ao rever Henrique mesmo estando em um momento difícil acelerou, Morávamos tão perto, mas com horários diferentes nunca nos encontrávamos, sentir seu abraço, seu cheiro, seu toque suave e ao mesmo tempo firme em meu ombro foi bom. Eliot ao vê lo não conseguiu esconder sua cara que fechou e o encarava o tempo todo.

Apaixonadamente Seu. (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora