Apaixonadamente Seu - 11 - Me sentindo bem.

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O resto da noite Henrique ficou me encarando e eu fingi que nem percebi, confesso não foi fácil, mas gostei da sensação de pela primeira vez ele estar mais afim de mim que eu dele. Saímos da boate nos despedimos dos nossos amigos e Álvaro ficou conversando comigo, me fazendo rir, brincando comigo, disse que ele estava um pouco alto pela bebida e perguntei se ele não achava melhor dormir la em casa que era perto, Álvaro concordou e fomos para minha casa. Chegando la arrumei o colchão, o travesseiro e a coberta dei boa noite e fui em direção ao meu quarto quando escuto:

_ Porque ele? O que viu naquele cara que te chamou tanta atenção?

Voltei sentei ao lado de Álvaro no colchão e disse:

_ Me perguntei varias vezes e descobri que são varias coisas e ao mesmo tempo nada, é confuso só sei que quando estou perto dele não consigo pensar em mais nada que não seja admirar sua beleza, rir das suas piadas, querer tocar acariciar... Há sei la... Pareço um bobo falando assim não é?

Disse abaixando minha cabeça envergonhado de mim mesmo.

_ Não, não parece. E acredite ou não ate te entendo.

Falou Álvaro me fazendo levantar a cabeça e nossos olhos se encontrar.

_ Sabe... Por muito tempo eu tentei me relacionar com diferentes tipos de mulheres, mas parecia sempre que faltava algo. As vezes éramos muitos parecidos e acabávamos nos tornando amigos e o interesse sexual ia diminuindo ate que decidirmos entre a amizade ou nos afastar de vez outras vezes éramos tão diferentes que as brigas se tornavam mais frequentes que os carinhos, que os bons momentos e não tínhamos outra escolha a não ser terminarmos.

_ Nunca imaginaria isso de você. Nos damos tão bem... Quer dizer, tirando aquele nosso desentendimento sobre eu ser... Você sabe...

_ Você intendeu errado, o problema não foi eu descobrir que você é gay.

_ Não? Por que na hora me pareceu ser esse o ponto principalmente pelo que as pessoas diriam por estarmos sempre juntos...

_ Espera, espera, me deixe explicar. O que me incomodou foi a mentira.

_ Eu nâo menti, eu...

_ Não me disse a verdade ou melhor omitiu o que você era ou melhor é.

_ Verdade, confesso, omiti.

_ Não gosto de mentiras, de surpresas, gosto de saber de tudo o que acontece em minha volta, não me sinto confortável quando não sei o que esta acontecendo, bom ou ruim eu prefiro sempre saber, para ter como me proteger, saber como lidar com a situação entende?

_ Foi como se sentisse enganado por mim? Foi isso?

_ Exatamente! Enganado e depois todo mundo já comentando eu fiquei confuso, irritado, sem chão.

_ Desculpa não foi minha intenção.

_ O pior foi depois, porque mesmo querendo me afastar de você eu não consegui...

Alvaro abaixou a cabeça e ficou alguns instantes calado e eu tambem. Já estava pronto para me levantar e ir para meu quarto quando Alvaro segurou em minha mão e nossos olhares se encontraram de novo.

_ Não quero perder sua amizade, senti um vazio enorme este tempo que ficamos afastados, uma vontade de compartilhar as coisas com você, de rir com você, ver esse seu sorriso, estar perto dessa sua calma, desse seu jeito acolhedor e sempre solicito.

_ Assim você me deixa sem jeito.

_ Você é um cara muito especial, espero que encontre alguém que te de o valor e o carinho que você merece.

_ Obrigado, você também é muito especial nunca vou esquecer o que fez por mim hoje.

O abracei, sei la o que me deu so sei que quando eu me afastei meu olhar encontrou com o de Álvaro, fomos nos aproximando, chegando cada vez mais perto nossas bocas ate que nossos lábios se tocaram e nos beijamos.

_ Me desculpe Armando eu... eu... eu devo ter bebido demais,

_ È... eu também...

Me levantei ficou um clima estranho

_ eu não queria ter feito isso...

Disse Álvaro.

_ Eu sei a culpa foi minha, é melhor eu ir para meu quarto me deitar.

_ Não, desculpa, não quis dizer que a culpa foi sua ou que não gostei o que eu queria dizer é que eu não devia fazer porque...

_ Eu já entendi, somos amigos, bebemos demais, a conversa tomou um rumo estranho e acabamos fazendo algo que nunca mais vai acontecer novamente, porque somos amigos.

_ Isso! Isso mesmo!

_ Exatamente! Boa noite!

Apaguei a luz já estava saindo da sala quando Álvaro diz.

_ Não quero te iludir ou fazer sofrer como aquele cara.

_ Eu sei...

Fui para meu quarto e tentei dormir, mas a imagem de Álvaro não saia de minha cabeça, nossos olhos se aproximando, o gosto de sua boca, o toque dos seus lábios.

Acordei sentindo um delicioso cheiro de café me levantei e fui ate a sala.

_ Bom dia! O que é isso?

_ Bom dia! Isto é um desjejum a la Álvaro com direito a torradas, presunto, mussarela, pão de queijo, café, queijo fresco, suco de laranja e bolo de chocolate.

_ Quantas pessoas viram para esse banquete?

_ kkkk acabou de chegar meu ilustre convidado especial. Por aqui senhor!

Alexandre com um pano de prato em um braço veio ate mim me pegou pela mão me levou ate a mesa puxou a cadeira para mim me sentei e achando tudo muito inusitado me sentei sem acreditar no que estava acontecendo, parecia um sonho louco.

_ Espero que tenha acertado no ponto do café, foi a única coisa que fiz.

_ Bom se tivesse feito bolo e pão de queijo a essa hora eu iria ficar realmente impressionado.

_ Duvidando de minhas habilidades culinárias?

_ Sabe cozinhar?

_ Pão de queijo eu nunca fiz, mas de vez enquanto sai uns bolos de massa pronta deliciosos do meu forno kkkk

Começamos a conversar e rir e o dia foi passando, assistimos filme, fizemos o almoço juntos, passeamos em um parque próximo a minha casa nem percebemos quando o fim do dia chegou, nos despedimos e dali mesmo cada um voltou para sua casa. Domingo passou preguiçoso, mas logo segunda feira chegou e pude mais uma vez ver aquele belo sorriso logo cedo novamente.

O tempo ia passando e a cada dia Álvaro e eu nos tornávamos mais próximos, mais amigos. Sempre tínhamos algo para conversar, estávamos sempre saindo juntos para um barzinho, pizzaria, lanchinho, boate, filme ou mesmo correr no parque perto de casa. Não era mais raro a presença de Álvaro em minha casa, dormindo no sofá, nos encontrarmos de madrugada entrando ou saindo do banheiro somente de cueca, ou bebendo agua na cozinha. Pela primeira vez eu sentia alguém cuidando de mim não por do, pena ou querendo que eu fosse uma espécie de boia salva vidas, um escape de seus próprios medos ou apenas um corpo para ser usado, estava sentindo bem em estar perto de alguém que gostava de estar comigo pela minha companhia e aquilo estava me fazendo muito bem.

Continua...

Autor: Mrpr2


Apaixonadamente Seu. (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora