O dia havia sido cansativo.
Assim que mirella chegou no seu apartamento, fez o favor para si mesma de se jogar no sofá. Suas pernas estavam em um estado caótico - dor e cansaço. Nunca havia passado tanto tempo trabalhando, com uma pausa de apenas uma hora para almoçar.
Puxou o celular do bolso do jaleco que usava - já que não fez questão de se arrumar para voltar ao lar - e verificou as horas; 21:42. Viu algumas mensagens de amigas e a principal, dynho. Nove mensagens de dynho estampada na sua tela de bloqueio. Revirou os olhos e bloqueou o celular antes que a ânsia tomasse conta de si, de tão superficiais que são as mensagens.
Depois de alguns longos minutos deitada, Mirella foi até o primeiro quarto do corredor. Andando em passos lentos e cautelosos, abriu a porta, e avistou a melhor coisa que já fez na vida: Miguel dormia tranquilamente. Seu peito subia e descia num compasso confortável e controlado. Ela se aproximou, sentou ao lado do menino e fez um carinho lento no seu cabelo. Deu um beijo casto e cheio de saudade na bochecha do mesmo. Ele mexeu um pouco e despertou lentamente. Mirella admirou aqueles belos olhos castanhos, cor de mel.
- Mamãe? - Falou numa voz rouca. Mirella abriu um largo sorriso.
Oi, meu amor. - Falou baixinho, acariciando mais o cabelo do menino. - Eu tava morrendo de saudades.
- Eu não consegui ficar acordado te esperando, mamãe. Eu tentei. Juro. Desculpa.
Não se preocupe. A mamãe que chegou um pouco mais tarde hoje.
- Posso ficar acordado com você?- Nada disso. Já está muito tarde. Eu vou tomar um banho e dormir logo. - O menino assentiu lentamente. Mirella sorriu, depositando mais um beijo na bochecha do filho. Miguel bocejou, fechando os olhos de tamanho sono que sentia. Boa noite, meu bebê. Eu te amo.
- Também... te amo. - Falou lentamente, fechando os olhos completamente e voltando a dormir.
Mirella se levantou devagar e foi em passos lentos até a sala. Encontrou ana sentada no sofá, sustentava sua bolsa no antebraço.
- Olá, dona Mirella. Boa noite.
Ela se levantou, encarando sua patroa.
- Boa noite, Ana. Mil perdões por ter te deixado até tarde. Não posso prometer que será a última vez, mas tentarei avisar na próxima.
- Não se preocupe, senhora. Amo aquele menino como se fosse meu filho.
Mirella sorriu da forma como ela falou. Ana era babá de Miguel há uns oito meses. E pegou um carinho enorme pelo menino - e deixando bem claro, quem não pegaria? Mirella se gaba por ter um filho tão carismático com todos. É, realmente, ela o criou muito bem.
O celular de Ana, notificou algo e ela olhou rapidamente.
Meu táxi chegou, senhora.
-Certo. - Mirella abriu sua bolsa e retirou três notas de cem euros. Estendeu para Ana que a olhou sem entender. - É pela minha demora de hoje. Você trabalhou bem mais do que seu horário normalmente.
- Senhora, não precisa. Eu não quero mais dinheiro do que o ótimo salário.
Após uma pequena briguinha entre pegar ou não pegar, Ana acabou ficando com o dinheiro após Mirella ameaçar a demitir. A mesma disse que ela poderia tirar o dia de amanhã de folga. Pediu para que tirasse o dia para ela. Ana óbvio, não recusou.
Após se ver sozinha em um apartamento enorme, Mirella decidiu não perder tempo. Tomou um banho rápido, numa água extremamente fria para acender seus neurônios. Após o banho, sua barriga estava implorando por comida; foi na cozinha, e agradeceu mentalmente a Ana por deixar um pedaço da torta de frango para ela. Miguel com certeza, iria comer tudo.
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Da vida até a morte || sterella
FanfictionApós ser transferida para trabalhar em um hospital no Rio de janeiro, Mirella conhece Stéfani, uma paciente que possui leucemia. As vidas se cruzaram, e o destino deixou na mão delas, o que elas iriam fazer com esse presente que ele estava dando pa...