A sala era um tanto fria, talvez tivesse essa característica por possuir vários ares-condicionados ou também pelo o clima do dia, nublado e chuvoso. Naquele ambiente, muito peculiar, do lado esquerdo havia vinte e cinco cadeiras, as quais seriam ocupadas pelo jurados, porém somente sete terão em suas mãos o poder de decisão. Do lado direito tinha uma mesa que esperava pelo advogado de defesa. Em uma parte elevada, a frente da sala, existia quatro lugares: o do meio seria ocupado pelo juiz responsável, a sua esquerda o escrivão e a sua direita o promotor de justiça, o qual iria fazer as acusações.
Todas as parte daquela sala eram de madeira, os bancos, as mesas, os arabescos no teto e paredes. As grandes janelas, atrás da ala dos jurados, de vidro eram cobertas por uma cortina, que ia do cinco centímetros acima do inicio delas até o chão, brancas. A iluminação era feita por luzes que pareciam lustres, mas não eram, só pareciam na parte de possuir um corda que a seguravam, eram redondas e seus detalhes eram feitos por liga metálica, bronze. Assim que todas as autoridades chegaram, de forma rápida e silenciosa foram para seus respectivos lugares, dando inicio a mais um dia de trabalho.
- Peço que todos se levantem, para o julgamento da sentença - pediu o juiz - Todos que fazem presente nesse júri estão, que em nome da lei - pede para que os jurados levantem o braço direito - concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão, de acordo com a vossa consciência e os ditames da Justiça.
Todos se sentam e começam a se preparar para iniciar.
- Traga a ré, Natasha Romanoff - pediu o juiz - Antes de darmos início aos depoimentos e perguntas peço a ré Natasha Romanoff para se levantar e se colocar na posição de juramento.
- Eu, Natasha Romanoff, juro perante esse tribunal que hei-de dizer toda a verdade e só a verdade. - após sentou-se na cadeira de madeira esperando o início.
- Iniciaremos com a acusação do Dr. Bernardes, promotor do caso. - o juiz sentou-se dando voz ao colega de trabalho.
O acusador levantou e se dirigiu para frente da mulher, a quem iria fazer as perguntas estabelecidas na ata do processo.
- Estamos aqui para julgar os seguintes fatos: incêndio e ocultação de dados da CIA, mudança da cena do crime e descumprimento de um documento assinado que colocava fim nas ações dessa senhora dentro da agência - leu - Procede as acusações senhora?
- Sim - respondeu com a voz firme.
- A senhora afirma ter colocado fogo e excluído arquivos do local que trabalha, livrando Henrique de qualquer punição. Por que? Há algo que não foi dito? Um alguém que foi a causa?
- Protesto - levantou o advogado de defesa. - Ele está induzindo minha cliente.
- Não senhor juiz - disse o promotor - Estou apenas perguntando o que falta para encaixar essa história.
- Protesto negado - deu a resposta - Sente-se Dr. Tavares, a pouco terá seu direito à replica.
Os ânimos estavam a flor da pele e tudo tinha acabado de começar, o que será de tudo isso no fim?
- Respondendo ao senhor, com a investigação descobri que Henrique possuía uma enteada que dependia do dinheiro do tráfico de mulheres para o tratamento. - não mentiu no que respondeu.
- Para isso colocou fogo na CIA e obrigou sua colega de trabalho, a senhorita Lisa Silva, à apagar todos os dados do caso?
- Sim, eu fiz e não me arrependo.
- E não há mais ninguém, que não foi informando, capaz de fazer a senhora tomar tal atitude?
- Não sei se entendi onde o senhor quer chegar com essa pergunta.
- Vou ser mais claro - olhou de forma fixa nos olhos da mulher - A senhora agiu sozinha, isso o tribunal já está ciente como a mesma disse, porém o que não entra não minha cabeça é o envolvimento de Chris Evans no caso. Seria ele uma motivação? É ele que você quer livrar?
Natasha desviou o olhar para a plateia, onde sentava Evans, Lisa, seu pai e seu irmão, Nathan. O silêncio tomou conta da sala.
- Sem mais perguntas, senhor juiz - disse o promotor sentando em seu lugar.
- Dou a palavra ao Dr. Tavares, para que prossiga com a defesa.
O advogado agora tomava conta da replica, teria que retirar do buraco que a própria cliente estava se colocando.
- Pela acusação fica claro que está assumindo toda a culpa sozinha, voltando na pergunta do promotor, será que você não está levando seus sentimentos por alguém, se colocando como única culpada, acima da lei? - refez a pergunta.
- O doutor está insinuando algo? - olhou com os olhos semicerrados.
- Não, senhora. Estou apenas tentando te defender.
Natasha se levanta de forma rápida, sorri de canto e diz:
- Acho que ainda não entenderam, eu fiz tudo isso. Não tinha mais ninguém por trás do incêndio da CIA e no dia da morte de Henrique somente eu que explodi e matei o próprio. Os agentes presentes naquela noite faziam o trabalho de salvar aquelas mulheres inocentes. - dizia firme olhando para os jurados - Aliás, era com elas e a saúde mental delas que deveriam está preocupados, não se uma assassina como eu, voltou a fazer aquilo que todos sabem muito bem que foi minha maior fonte de renda.
O juiz pediu calma a todos, dando dez minutos de intervalo. Natasha parecia não ligar para sua pena, ao contrário dela, Evans estava extremamente preocupado, grande parte daquilo também era culpa dele. O promotor estava certo, Romanoff queria livrar todos que ela amava. Em uma sala com janelas de vidro, a ré esperava a volta da sessão, barulhos vinham da porta que estava trancada, alguém estava tentando abrir.
- Olha, olha se não é a mentirosa do ano. - disse finalmente entrando dentro do local.
- Evans? - perguntou surpresa.
- Não, é o papa. - debochou, o que não causou nenhum tipo de reação - Só queria ver seu sorriso, ele é lindo.
- Chris, eu sei que o que estou fazendo é errado.
- Então não faça, apenas faça o que é certo.
- Mas...
- Não continue por ...
- Mas, eu já errei muito, e dessa vez é o certo a ser feito - disse interrompendo o homem.
- O certo não é assumir tudo sozinha - caminhou até ela e segurou suas mãos - O certo é enfrentarmos isso juntos.
- E se formos condenados?
- Faremos isso juntos também.
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Até o próximo.
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Between love and profession - Yngridiente
FanfictionUm médico que no passado assumiu uma segunda profissão coberta de mentiras, segredos e perigos. Uma escolha entre seguir o amor ou sua velha e amarga escolha. Nada conspira para que as decisões sejam as mais fáceis nem mesmo quando se coloca em jogo...