Tic... tac. Tic... tac. O relógio passava por cada segundo, cada segundo. O som aumentava a angústia, o medo e a indecisão. Teria feito a escolha certa em seguir o que um cara lhe disse? Seguir ordens não era um problema para Lisa já que trabalhava em um lugar que sempre teve que baixar a cabeça para todas as decisões de seus chefes. A mulher acabara de entregar a localização de Natasha a Chris. Sentia medo de perder a confiança de Nat, mas sabia que não demoraria muito tempo para CIA encontra-lá, assim pensou que Evans seria a melhor opção antes que tudo ficasse pior.
Tic... tac. Tic... tac.
- Filha! - gritou a senhora - Ligação para você!
Rapidamente, saiu de seu transe, levantou de sua cama e desceu as escadas. Ninguém sabia o número de seu telefone fixo.
- Aló?
- Lisa?
- Sim, é ela.
- Olá! Aqui é da empresa de telemarkenting gostaria de perguntar sobre o serviço contratado?
- Está indo como o planejado, as informações então seguras por quanto tempo ainda não sei.
-Não se preocupe, faremos o possível e o impossível de que nossa parte seja feita.
- Assim espero...
- Muito obrigada, senhorita!
- Obrigada você B. - colocou o aparelho no gancho.
- Quem era filha? - subiu cabisbaixa respondendo baixinho sua mãe.
- Era a algar. - voltou para seu quarto onde se trancou.
Lisa não entendia o porquê de sofrer tanto por alguém que dividiu poucos momentos, ela não entendia o porquê do mundo ser tão injusto, o motivo das pessoas não serem felizes. De certa forma, ela sabia que contribuia para seu estado de alma perdida, pois estava arriscando mais uma vez sua estabilidade e também da mulher que a criou com amor. Talvez, tudo que sua mãe a ensinou pesava em sua decisões, ela queria fazer o certo mesmo que a prejudicasse.
Toc, toc. Bateu uma vez. Toc, toc. Pela segunda vez o som se repetia. Toc, toc... Enfim a porta se abriu.
- Está tudo bem, Lisa?
- Eu não sei mãe. - abraçou a mulher - Parece que tudo o que faço prejudica alguém, nada do que faço me leva para frente, olha pra mim estou aqui cumprindo pena, sendo obrigada a assinar embaixo do que eu não concordo.
- Tudo irá se resolver
- Como? Têm pessoas que foram separadas e eu não posso fazer nada.
- Quem disse?
- Meu chefe, quando leu a decisão do juiz, tudo poderia dar certo se ninguém tentasse ser herói.
- Mas não é isso que você está tentando fazer? Você está deixando sua vida de lado para bancar o Capitão América. Vê se não vai querer depois ficar segurando helicóptero?
- A senhora não existe - aconchegou nos braços da mais velha.
- Agora que a senhorita está melhor, assim bem mais ou menos, tem um velhote lá embaixo te esperando.
- Ihhhh - voltou a se cobrir com o cobertor - Manda ele ir embora.
- Ele disse que você tem muito para explicar para ele.
- Puts! - colocou as duas mãos na cabeça - Olha mãe me perdoa por não ter sido uma filha como meu irmão é, hoje talvez possa ser a última vez que verei a senhora.
- Por que?
- Menti para o Estado, é um crime. Logo, se eu não pegar prisão perpétua irei no mínimo virar churrasco.
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Between love and profession - Yngridiente
FanfictionUm médico que no passado assumiu uma segunda profissão coberta de mentiras, segredos e perigos. Uma escolha entre seguir o amor ou sua velha e amarga escolha. Nada conspira para que as decisões sejam as mais fáceis nem mesmo quando se coloca em jogo...