25.

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POV PAYTON

Uma alegria invadiu todo meu corpo, um calafrio gostoso me deixou arrepiado e tudo pareceu ter algum sentido, quando seus lábios encontraram os meus, depois de tanto tempo sem eles, somente então eu descobri a falta que eles me fazem. Movi-os delicadamente, não sabia distinguir quem estava coordenando a coisa toda, porque estávamos exatamente no mesmo ritmo. Me perdi naqueles lábios carnudos, a vontade de morde-los vinha a todo segundo.

Por Deus, como eu quero essa menina.

Nossas línguas brincavam uma com a outra, se entrelaçavam, se encontravam, enquanto meus braços a prendiam comigo. Senti meu coração transbordar de felicidade, algo que a muito tempo não acontecia, uma sensação que eu não conseguia mais trazer sozinho, que eu precisava fabrica-lá, algo falso, eu sei, porém era a unica maneira que eu tinha.

Até hoje.

Hoje eu descobri uma forma diferente de alcançar esses mesmos sentimentos, com essa garota em meus braços. Eu precisava cada vez mais senti-la perto de mim, sentir seu corpo no meu, a tocar toda, decorando cada curva, cada parte escondida. Era algo louco, uma vontade fora do normal de beijar cada cantinho dela. Porém eu sabia que precisava me conter, então somente caminhei abraçado a ela até a cama e sentei-na em meu colo, sem em segundo algum deixar meus lábios longe dos dela.

POV S/N

Meu coração bateu descompassado quando ele sorriu, foi algo que nem eu sei direito porque me atingiu tanto ou porque eu precisava vê-lo fazer isso, porém foi o que faltava para eu colar os lábios nos dele, sabendo de todos os riscos, de todos os poréns e do motivo maior do porque eu não deveria fazer isso, que é, em síntese, o que mais pesa, o fato de que:

Eu não posso me apaixonar por Payton.

Bom, além dos motivos básicos, o fato de que ele nunca vai deixar de fazer as besteiras dele, de levar metade de Los Angeles pra cama em um 1 mês e que não acredito que meus futuros sentimentos possam ser reciprocos, tem o problema maior, o que eu venho me esquecendo dia após dia: O meu tempo aqui é contado. Terminou o ano, terminou todo e qualquer contato com essa família que me acolheu tão bem. Qual é, eles nunca vão ao Brasil me visitar e eu nunca vou poder voltar aqui, não tem esperança alguma. Eu sempre soube que ia me apegar demais as pessoas daqui, porém decidi correr o risco.

Só que eu não sabia o que, ou melhor, quem estava por aqui.

Bloqueei todos os pensamentos negativos que ainda estavam por vir e me permiti sentir esse momento, não sei quando fui parar no colo de Payton, porém o agradeço por isso, minhas pernas não iam aguentar por muito tempo, tamanho o baque de emoções que aflorou em meu corpo. Seus lábios, apesar de urgentes, eram calmos e doces. Sua mão fazia um carinho confortável em meus cabelos e mesmo assim eu não conseguia deixar de pensar no quanto isso poderá trazer consequências irreparáveis onde a mais machucada, certamente, será eu.

Nossos lábios se separam, após mais um tempo unidos, me atrevi a depositar um último beijinho sobre os lábios carnudos e macios de Payton, que, para minha sorte, foi retribuído. Abri os olhos, ele fez o mesmo. Notei que seus braços ainda envolviam meu corpo. Minha respiração
estava pesada, assim como a dele, vi o canto de seus lábios manchados pelo meu batom, com a ponta do dedo o limpei, Payton virou o rosto e deu um beijo em minha mão, então voltou a me encarar com aqueles olhos castanhos que estavam me deixando tonta. Fiquei meio sem jeito por estar em seu colo, porém isso não parecia estar incomodando-o, notei isso quando ele inclinou a cabeça para frente e roçou a boca em meus pescoço, me deixando arrepiada.

Payton: Seu idioma é bem complicado. - comentou, de repente. Sorri de canto, ainda desconcentrada. - Fale-me algo nele.

- Falar o que? - questionei, unindo minhas sobrancelhas, confusa.

 𝘁𝗵𝗲 𝗲𝘅𝗰𝗵𝗮𝗻𝗴𝗲 ! 𝗽𝗮𝘆𝘁𝗼𝗻 𝗺𝗼𝗼𝗿𝗺𝗲𝗶𝗲𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora