Um belo dia para recomeçar

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Era o dia do casamento de Edward. Todos corriam para aprontar os noivos e deixar tudo perfeito. Elizabeth vibrava de alegria, vendo a prima vestida de noiva. Não era para menos, estava à frente de um vestido branco com todos os bordados combináveis em prata e a saia era esvoaçante, combinando com as presilhas do cabelo e o véu todo bordado. Tudo isso combinando com o cabelo louro-dourado da garota e seus olhos azuis.

Edward estava combinando com a sua noiva, porém estava um pouco mais simples que a garota. O que mais chamava a atenção nele era sua camisa azul bebê, que combinava perfeitamente com os olhos da sua noiva, e sua rosa branca no bolso.

Ciel teve de ir ao casamento para acompanhar Lizzy e a prima na cerimônia, que felizmente era no jardim da mansão Middleford. O negociante, sua filha e Ronald foram convidados por estarem junto ao Conde. Quando os cinco chegaram, sentaram-se ao fundo enquanto Ciel esperava para receber a prima. Como ele era o único Phantomhive, era sua obrigação levar a prima até o futuro marido.

O negociante estava extremamente nervoso e não parava de se mexer, o que era incômodo para sua filha, que estava quase tirando a circulação do braço de Ronald. O shinigami, já sem jeito, não sabia como se soltar da garota.

Alguns minutos depois, a noiva chegou. Seu vestido roubou os olhares de todos que estavam presentes, e enchiam de lágrimas os olhos de seu noivo. Ela era levada por Ciel pelo tapete vermelho até chegar ao altar e ser entregue ao seu futuro marido, que lhe tomava as mãos e sorria, virando-se para o padre.

Ronald se encanta com o vestido da noiva, seguindo-a com o olhar o tempo inteiro. Seu rosto muda de expressão instantaneamente quando Edward retira o véu do rosto da noiva. O coração do shinigami se aperta, seus olhos se arregalam. Ele chega a se erguer um pouco, na tentativa de tentar enxergar melhor e convencer-se de que era apenas uma ilusão de ótica.

A cerimônia tem início com as palavras do padre e os votos dos noivos. Até que o "se alguém tiver algo contra esse casamento, fale agora ou cale-se para sempre" é dito. Todos os sorrisos acabavam naquele momento.

Ouve-se um barulho de tiro. O véu da noiva se mancha de vermelho-sangue e ela cai no chão. Olhando para o fundo, podia-se ver o negociante com uma arma na mão, esfumaçando, apontada para o Conde Phantomhive.

– Um Phantomhive a menos, o próximo será você, Conde pirralho.

– Creio que este não seja o lugar ideal para usar a sua arma – Dizia Sebastian, fazendo o homem se retirar –, você realmente precisa sair agora.

Assim que o mordomo e o negociante se distanciavam de todos, Ronald e Akhila seguiam-nos. A garota indiana fugia ao ver o pai morrer, enquanto Ronald calmamente recolhia a alma dele. O shinigami voltava correndo e abraçava o corpo da noiva, olhando-a bem de perto, com os olhos cheios de lágrimas, enquanto todos estavam já em outro lugar cuidando de Edward e Lizzy, que estavam desesperados com a morte da prima.

Curioso, Ciel pergunta ao shinigami porque ele está chorando pela morte da garota e por que não recolhe logo a sua alma. Ronald só chorava sobre ela e dizia que a garota não estava em sua lista. Sebastian estava avaliando a situação, tirando o shinigami de cima da garota e levando-o embora. Aparentemente Ronald tinha alguma afeição pela prima de Ciel, e não era bom para ele ficar ali.

Ciel se aproximava do corpo da sua prima e abraça-a. Logo formava-se um sorriso sádico em seu rosto, e ele aproximava os lábios do ouvido esquerdo da garota.

– As cortinas se fecharam. Você já pode terminar com esse seu teatrinho, demônio.

– Quando você descobriu? – Disse a garota, abrindo os olhos, com o mesmo sorriso sádico no rosto.

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