O momento eterno

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Ronald não se contenta em estar longe de Agatha e decide arriscar tudo como shinigami e ir atrás da garota. Começa a procurar em lugares óbvios em que Agatha poderia ter se escondido. Esteve na mansão, no antigo ponto de encontro dos dois, lugares comuns à ida dos nobres. Por não encontrá-la, entrou em desespero e começou a procurá-la por todo lugar.

– Agatha, será que...

O shinigami arregalou os olhos. De todos os lugares possíveis e impossíveis que ele havia procurado, havia um lugar que não passou por sua mente – talvez por ele evitar a hipótese que justificaria a estadia dela em tal lugar.

Ele pegou seu cortador de grama e correu por um caminho muito usado no capítulo anterior. Mentalmente, ele tinha a ideia positiva de que chegaria nesse lugar e que não a encontraria lá; para ele, ela poderia ter fugido para bem longe de Londres.

– Então, é o que podemos concluir deste caso – Dizia Sebastian.

– Foi um plano muito bem arquitetado, pelo que aconteceu durante o casamento, tinha quase certeza de que ela estava envolvida – Dizia Ciel, com uma expressão sarcástica no rosto.

– Pensando melhor sobre isso, ela pode ser também a protagonista de um outro caso.

– Outro... caso?

– Esse não está nas nossas mãos, Jovem Mestre.

Ciel arregalou os olhos e pensou em tudo o que acontecera de estranho na mansão, desde a chegada da sua prima até o momento em que ela fugiu da sua irmã gêmea. Ele concluiu que tinha alguma coisa a ver com a inspeção que os shinigamis fizeram.

– Aga-tha...

Sebastian lhe olhava, expressando que o pensamento de seu mestre estava correto. O Conde, por outro lado, não conseguia esconder o espanto. Seu rosto foi dominado por tal expressão.

Agatha não conseguia enxergar nada e também não fazia a menor ideia de onde estava. Não sentia a presença de ninguém à sua volta, estava completamente sozinha. A única coisa que conseguia sentir eram as mãos amarradas na parte posterior do corpo. Estava sem forças para se soltar, fraca demais.

– Me tirem daqui! Ronnie! Ronnie!

De repente, alguma coisa pontiaguda encosta no braço direito da garota. Foi apenas um toque, não tinha a intenção de machucá-la.

– Por favor, Agatha, não grite. Ronald não está aqui, nem sabemos onde ele está agora...

– Quem é você?

– Me chamo Alan Humphries, quero te ajudar.

– Eu juro que não fiz nada, eu jamais atrapalharia o Ronnie. Por favor, me tire daqui.

– Bem que eu gostaria de fazer isso...

– Onde está May, May Phantomhive?

– Provavelmente com William-senpai.

– Ronnie...

Agatha começa a chorar. Alan não pode fazer nada além de lamentar e apoiar-se em sua Death Scythe, ouvindo o choro da garota-demônio. Após uns minutos, ele é chamado por um outro shinigami e deixa cuidadosamente o local, para que Agatha não percebesse que ele saiu.

Na cabeça da loira passou toda a sua história. Ela procurava nas suas lembranças algo de errado que pudesse ser a causa do que estava acontecendo.

– Foi errado eu jamais perguntar à May o que ela sentia pelo Edward? Ou incentivá-la a ser mais presente nos jantares e festas da nobreza? O que eu fiz para ela me odiar, para entregar minha alma para um demônio? Nem mesmo o demônio quis a minha alma, o que eu fiz? Alan, pode me dizer? Alan? Alan!

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