Capítulo 9 - Frágil

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— Lena? Oi, meu bem! — Kara atendeu seu telefone naquele início de noite.

— Acabei de chegar em casa, você vem aqui hoje? Quero te contar do novo projeto que estou desenvolvendo. Estou tão animada, nem vi o dia passar hoje, fiquei mergulhada nesse projeto. E agora estou aqui, morrendo de saudade de você, já que nem nos falamos hoje.

— Vou sim, claro! Também tive um dia corrido. O bom disso é que o dia passa depressa e daqui a pouquinho eu vou estar aí junto de você. Também sinto saudades... todo dia, o dia inteiro.

— Tenho certeza que você vai amar esse projeto!

— Ah, é? Então vou só finalizar esse último artigo aqui e já vou, porque eu sei que você não vai me contar nada pelo telefone, nem se eu implorar.

— Kara...

— Sim?

— Posso fazer um pedido antes de você vir?

— Você pode tudo.

— Você viria hoje vestida de Supergirl?

— Você gosta de me ver como Supergirl, é? — Kara sorriu divertindo-se com o pedido de Lena.

— Gosto. E gosto muito! Adoro ver você naquela saia curtinha...

— Você me mata, Lena Luthor. — Kara sentiu o rosto ruborizar enquanto sorria. — Estarei aí em instantes, do jeitinho que você quer.

— Mal posso esperar.

(...)

Kara chegou à varanda de Lena e aterrissou delicadamente. Lena estava sentada no sofá da sala, entretida com uma taça de vinho na mão, à espera de Kara. Sorriu largamente quando a viu de pé ali em sua varanda, cabelos levemente balançados pela brisa da noite, assim como sua capa e sua curta saia vermelha.

— Você fica mais linda cada vez que eu te vejo, Kara... como isso é possível?

Kara sorriu para Lena e caminhou lentamente para dentro do apartamento.

Aquela tranquilidade, entretanto, foi quebrada antes mesmo que Kara conseguisse pisar dentro da sala da cobertura de Lena. Aconteceu tudo muito rápido. Inesperadamente, Kara tomou um golpe muito forte em suas costas, atirando-a contra o chão da sala. Lena assustou-se e gritou ao perceber o que havia acontecido. Um lexotraje, agindo como um robô, sem que ninguém o estivesse vestindo, havia aplicado o golpe em Kara e agora entrava pela porta de sua varanda.

— Lena! Saia daqui! Vá se proteger!

Lena estava congelada, paralisada no sofá, apenas encolhida com o susto. Viu o lexotraje atingir Kara com muita força de novo, jogando-a contra a parede e em seguida a erguendo pelo pescoço. Virou a cabeça para onde estava Lena, fazendo surgir um pânico em seu peito, e como se não quisesse que ela se ferisse numa batalha naquele pequeno espaço, o traje voou pela varanda segurando Kara pelo pescoço. Ao ver o lexotraje levar Kara, Lena levantou-se e correu até a varanda a tempo de vê-lo arremessar Kara com toda a força no chão, abrindo uma pequena cratera na rua embaixo de si. Kara levantou-se e começou uma briga ferrenha com aquele robô, que parecia muito mais forte e preparado, dando muito trabalho a Kara. Em seu desespero, Lena ligou para Alex avisando sobre o que acontecia naquele momento, pedindo por socorro.

— Alex, pelo amor de Deus, eu não sei o que está acontecendo! Venha até aqui, Kara parece estar em perigo, esse traje está diferente, está mais forte, ferindo Kara! Me ajuda, por favor!

Alex desligou imediatamente e dirigiu-se em alta velocidade para o endereço de Lena. Lena, mesmo sentindo-se impotente, apressou-se em descer, mesmo sem saber o que poderia fazer para ajudar Kara. Enquanto isso, a loira usava todo o seu repertório para tentar derrotar aquele robô que a atacava implacavelmente. E aparentemente sem motivo!

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