Lena mal conseguia acreditar. Estava ali de novo beijando aqueles lábios tão doces de sua linda Kara, sentindo seu calor junto de seu corpo novamente. Descolou seus lábios dos dela, passou a mão acariciando os belos cabelos dourados e o rosto daquela mulher que tanto amava. Tinha agora os olhos verdes cheios de lágrimas e um sorriso no rosto.
— Você não pode fazer a mínima ideia da falta que eu senti desses olhos, azuis como o céu... e do seu sorriso, da sua voz, do seu calor... — Deitou-se novamente no peito de Kara, abraçando-a. — Nunca mais me deixe aqui sem você, por favor.
— Não chore, meu bem... eu estou aqui com você e não pretendo ir a lugar nenhum.
— Foi um pesadelo ficar aqui sem você, Kara... todos os dias vazios sem saber se você acordaria ou não. — Lena levantou-se novamente para olhar para Kara. — Você tem noção disso? Tem noção do quanto eu amo você?
— Posso fazer alguma ideia... você pulou na frente de uma bala por mim.
— E não consegui evitar que ela te atingisse... — Lena baixou os olhos lembrando-se daquela noite. — Mas eu não me arrependo nem por um segundo, faria de novo sem hesitar.
Kara levou sua mão ao rosto de Lena, enxugando com o polegar a lágrima que teimava em descer por aquele rosto tão alvo. O toque daquela mão tão macia fez Lena fechar os olhos, aproveitando aquele contato tão carinhoso e do qual ela sentira tanta falta.
— Se aquela bala tivesse acertado você, eu não quero nem pensar... não suportaria reviver o pior pesadelo da minha vida novamente. Ainda bem que essa bala pegou em mim e não em você.
— Me apavorou ver minha mãe com aquela arma apontada para o seu peito... eu não poderia deixar que ela fizesse mal a você. Quis morrer naquela noite, foi desesperador! Se ela tivesse tirado você de mim... eu nem sei...
— Não pense mais nisso. Eu estou aqui, não estou?
— Me dói muito saber que de alguma forma eu te trouxe tanto mal... não quero fazer mal a você nunca mais, meu amor.
— Você não me faz mal, Lena... não diga isso.
— Quero muito acreditar nisso, de verdade.
Kara sentou-se na cama e segurou as duas mãos de Lena. Olhou dentro dos seus olhos e Lena podia acreditar que Kara conseguia enxergar dentro de sua alma.
— E eu vou te dizer o porquê. — Kara falou. — Lembra-se que certa vez você me disse que Jack era sua kriptonita? Mon-El me falou isso uma vez também, que eu era a kriptonita dele. Mas isso não é algo que eu possa dizer a você, Lena... porque você não é e nunca será minha kriptonita.
— Não? — Lena baixou os olhos, como se aquelas palavras de Kara pesassem dentro de seu peito.
— Não. — Kara tocou o queixo de Lena fazendo-a encontrar seus olhos novamente. — E sabe por quê? Porque kriptonita fere, enfraquece, mata. E você é o contrário de tudo isso para mim.
Lena sorriu com seus grandes olhos verdes sendo tomados por lágrimas novamente enquanto Kara continuava a falar:
— Você não me fere; você me protege, me cura, cuida de mim. Você não me enfraquece; você só me torna mais forte a cada dia que passa. Você não me tira a vida, muito pelo contrário... me traz energia vital, vontade de viver... você ilumina todos os meus dias desde a primeira vez que te vi. Foi você que me manteve ligada a esta vida, foi por você que eu despertei. E por tudo isso, Lena Luthor, você não é minha kriptonita. Você é sim o meu sol amarelo, a luz da minha vida.
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Mais Uma Chance
FanfictionApós a morte de Lena, Alex tem um plano para resgatar Kara das trevas em que se encontra após este evento trágico: voltar no tempo para tentar salvar a vida de Lena e, consequentemente, a vida de Kara. O que pode acontecer quando temos uma nova chan...