Subimos rumo aos quartos sem mencionar uma palavra, quando na metade do caminho Pansy me cutuca.
- Vamos fazer uma festinha na nossa comunal e eu não aceito não como resposta. – A garota diz séria, quase me fazendo ceder.
- Nem pensar, Parkinson. Estou cansada, só quero tomar um banho quente e dormir.
- Ah Lyssa, qual é? Como vou sobreviver nessa festa sem minha parceira de crime? – Ela diz fazendo biquinho – Vamos, você vai lá desfilar esse bumbum de tanajura, sim!
- O que fizeram com você nas férias e cadê a minha amiga? Abusada. – Digo fazendo uma cara de surpresa pelo que a garota acabou de dizer.
- Estamos no penúltimo ano, no meio de uma possível guerra, a vida é curta demais e você vai comigo.
Tentei falar mais alguma coisa, mas fui puxada por ela com uma brutalidade absurda.
Chegamos no nosso quarto e fui direto para o banho antes mesmo que ela pudesse apenas pensar em entrar no banheiro antes de mim. Entrei de baixo da água quente e deixei que ela levasse todas as minhas preocupações pelo ralo, pelo menos essa noite eu não pensaria em nada, a não ser me divertir com meus amigos.
Ao sair, Pansy já havia separado sua roupa e já estava impaciente esperando que eu saísse.
- Já estava quase indo ver se tinha ido embora pelo ralo
- Pelo ralo não, mas não nego que pensei em fugir de você pela janela – Dei uma risadinha que foi retribuída com Pansy me mostrando meio metro de língua.
Fui até o meu malão que ainda estava com as minhas roupas já decidida sobre qual iria vestir. Procurei minha varinha para me ajudar.
- Accio calça preta e cropped preto. - Lancei o feitiço e as peças de roupa vieram parar em minhas mãos.
Eu os adorava. A calça valorizava o meu "bumbum de tanajura" como diria minha amiga abusada, e subia até a minha cintura, a deixando mais marcada. O cropped era de alcinha e deixava uma parte da minha barriga à mostra. Coloquei uma jaqueta jeans por cima, meu coturno preto e meus acessórios. Fiz um delineado fino, passei rímel, liptint nos lábios e na bochecha em uma tentativa falha de parecer menos pálida do que eu sou. Soltei meu cabelo loiro que quase alcançava minha cintura e por fim passei meu perfume.
- Por Merlin, pra sua sorte eu sou hétero, se não já tinha te atacado agora mesmo. – Pansy diz saindo do banho dando risada da sua própria piada.
Ri para a garota e me sentei no parapeito da minha janela enquanto ela se arrumava. Admirei a beleza do lago negro que refletia a lua cheia e lembrei das minhas férias na casa dos meus avós. Todas as noites nós nos sentávamos na sacada do quarto deles que tinha vista para um lago, vovô tocava seu violão e nós cantávamos até cansar. Aproveitei cada minuto desse último mês com eles e com a minha mãe, bom, ela nem sempre estava presente, ser Ministra da Magia sempre a mantinha extremamente ocupada, mas sempre que possível ela se dedicava um pouquinho à família.
- Vamos? – Pansy me tira dos meus pensamentos e eu dou uma olhada na garota.
- Pra onde exatamente? Pra PEQUENA reunião na sala comunal ou pra rodar a bolsinha pelos corredores do castelo? – Digo rindo. Minha amiga estava linda e super sexy, com um vestido tubinho que tinha uma pequena fenda lateral, uma alcinha fina e o decote quadrado.
- HÁ HÁ HÁ engraçadinha. – Ela diz me puxando pela mão e me arrastando para fora do quarto.
Descemos até o salão comunal e todos os nossos amigos já estavam lá, a música estava rolando e algumas meninas da grifinória estavam dançando. Avistamos Theo, Blaise e Draco bebendo whisky de fogo no sofá em frente à lareira, eles estavam rindo demais, provavelmente de alguma piada idiota do Zabini e inconscientemente ri sozinha. Fomos até eles e me sentei ao lado de Draco.
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Like I've Never Been Broken - Mattheo Riddle
RomanceExiste uma frase que diz: "A ironia da dor é querer ser consolado por quem te machucou" e, pra ser sincera, achava ridículo pensar que uma pessoa fosse quebrado por alguém e querer que esse mesmo alguém juntasse seus caquinhos. Eu estava errada Lá e...