Capítulo 15

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Asgard, 513 anos antes

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Asgard, 513 anos antes

Odin havia dado a ordem. Mesmo com os efusivos protestos de Thor e Frigga, ele havia decidido. Aizza seria exilada. Para sempre.

Ele havia criado-a como uma filha. Ela era a única que tinha permissão para sentar no trono. Ele a havia ensinado tantas coisas... Odin havia amado Aizza como sua filha.

Mas quando ela completou a maioridade, as coisas mudaram. A maldição de seu avô, o Deus supremo do panteão grego, havia caído sobre ela, e do dia para a noite apareceram podres que ela não sabia como controlar.

Odin havia tentado. E Frigga também. E Loki, e Thor. E todas as feiticeiras e os guerreiros que a rainha conseguiu encontrar. Mas ninguém conseguia ajudá-la. A cada dia o poder que emanava dela aumentava, e a cada dia ela se tornava mais perigosa para todos ao redor.

O primeiro incidente grave aconteceu em uma batalha. Ela perdeu o controle e feriu não apenas a alguns guerreiros, mas a Thor também.

Ele não ficou bravo. Mas Odin ficou, e a proibiu de sair do palácio.

Não demorou muito para que o segundo incidente grave acontecesse. Foi de madrugada. Todo o palácio dormia, e ela havia se esgueirado para a biblioteca em busca de mais livros sobre poder e magia. Mas enquanto praticava novos truques na varanda, uma nova onda daquele poder desconhecido balançou todo o palácio. A varanda foi destruída, e Aizza ficou ferida.

Odin a trancou em seu quarto, onde mandou que as feiticeiras colocassem uma camada de magia forte o suficiente para isolar o cômodo em caso de outra explosão.

Aizza ficou trancada em seu quarto por muito tempo. Ela apenas recebia as servas para as refeições, e um dos príncipes quando Odin baixava a guarda. Frigga ia de vez em quando, quando conseguia despistar o marido, para ver como Aizza estava, para consolá-la e dar um pouco de esperança.

E foi numa dessas visitas que Aizza perdeu o controle sobre seu poder novamente. Ela não sabia de onde aquilo vinha, mas o quarto foi completamente destruído, e a rainha ficou ferida. Não muito além de alguns cortes e arranhões, mas foi o suficiente para despertar a ira de Odin.

Naquele mesmo dia, Aizza foi levada para as masmorras do palácio. A mesma cela que Loki ocuparia anos depois. Ela foi colocada numa armadura de contenção, com os braços e pernas presos para trás por correntes e uma mordaça de aço asgardiano cobriu sua boca.

Ela passou meses ali.

Frigga a visitava sempre que podia, e Thor passava algumas vezes por semana para tentar animá-la e atualizá-la sobre as batalhas.

Mas Loki a visitava todos os dias, religiosamente ao anoitecer. Ele levava seu jantar, e a ajudava a soltar as correntes das mãos para comer. Ele a prendia novamente, e lia para ela por horas a fio. Ele a atualizava sobre as notícias do reino e as fofocas do palácio e a fazia rir.

Mas, naquele dia, Odin decidiu o destino de Aizza. Ele não a queria em Asgard, não queria que ela causasse mais destruição.

Então ele decidiu exilá-la. No lugar mais distante possível. Para sempre. E sozinha.

Ele esperava que ela sobrevivesse.

Frigga tentou dissuadi-lo. Thor quase colocou o palácio abaixo. Mas Odin deu a ordem, e nada poderia ser feito.

Loki foi buscá-la em sua cela.

Ele dispensou os servos e, com cuidado, ajudou-a a se livrar da armadura negra que a continha. Lagrimas corriam pelos olhos dourados de Aizza enquanto observava aquele a quem ela amava ajudá-la pelo que ela sabia ser a última vez. Jamais o veria novamente. Sabia disso.

Em trajes íntimos, Aizza colocou a armadura dourada de contenção e Loki a prendeu, sentindo suas próprias lágrimas rolarem. Ajoelhado na frente de Aizza, ele retirou sua mordaça e a abraçou com força.

-Eu deveria ser uma rainha, Loki – Ela sussurrou, a voz quase inaudível - mas serei uma prisioneira para sempre. Não é justo...

Loki serrou o maxilar, olhando-a nos olhos e segurando seu rosto entre suas mãos

-Você será uma rainha. Será minha rainha, Aizza, eu lhe prometo. Te encontrarei em qualquer lugar onde você estiver. Eu prometo. Te darei um reino e uma coroa.

Após um longo silêncio, Aizza sorriu.

-Eu te amo, Loki, filho de Odin. Obrigada por ser minha incansável companhia em meus dias de agonia.

-Eu te amo, Aizza, filha de Athena. E te amarei para todo o sempre, enquanto eu viver e além.

Com um breve sorriso, Aizza permitiu que Loki colocasse novamente a mordaça. Ela estava pronta.

Loki a acompanhou até o saguão, onde Thor, Odin e Freya a esperavam. Após uma breve despedida, Aizza foi colocada numa carruagem. Odin sentou-se ao lado dela, e a acompanhou até o planeta de exílio.

Ela foi abandonada à própria sorte num planeta deserto. Havia apenas ruínas. A Ruína de um palácio, a ruína de um reino. A ruína de uma princesa.

Um campo de força foi colocado ao redor do planeta. Uma força que Aizza não poderia quebrar.

Ela foi deixada sozinha. Para morrer.

Ela sabia disso.

Ele havia lhe dito.

"Espero que me perdoe por isso algum dia – Odin havia dito, antes de subir novamente na carruagem – Eu não poderia matá-la em Asgard. Mas não há outro jeito. Sinto muito, minha filha."

Aquelas foram as últimas palavras que ela ouviu durante muitos séculos.  





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Saudações, meus queridos leitores!

Sei que esse capítulo foi minúsculo, e peço perdão, mas precisava contar com mais detalhes o que aconteceu no passado para que os acontecimentos façam sentido para vocês!

O que vocês estão achando?

Quais suas expectativas para os próximos capítulos? O que você acha que vai ou que deveria acontecer?

Qual personagem vocês querem ver de novo?

Me deixem saber o que vocês imaginam!!

Com muitíssimo amor, 

A autora <3 

Golden | Loki + AvengersOnde histórias criam vida. Descubra agora