Capítulo 27

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O grande salão de recepção do palácio estava silencioso e calmo

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O grande salão de recepção do palácio estava silencioso e calmo. Quase não havia ninguém quando Loki, Frigga e Thor chegaram, exceto por uma mulher alta, que conversava com Polla perto da porta de saída.

A conversa das duas cessou quando eles se aproximaram, e Frigga caminhou à frente dos filhos, trocando uma reverência mútua com a mulher.

Ela era alta, a pele suave e os cabelos ondulados e longos caindo como cascata sobre seus ombros. O vestido grego era esvoaçante e magnífico, numa cor de azul tão delicada que podia ser confundida com o céu da manhã. As Joias que enfeitavam seu pescoço, mãos e braços não eram nada comparadas ao Elmo de Guerra em sua cabeça, as penas vermelhas perfeitamente alinhadas e uma ponta de prata esculpida que vinha até a metade de sua testa. Na mão direita, uma lança brilhante e imponente.

Athena.

A Deusa da Justiça, da Sabedoria e das Artes. A Protetora dos Heróis.

A mãe de Aizza.

-Athena! - Frigga sorriu calorosamente, recebendo um sorriso contido, mas animado em troca.

-Frigga, minha querida! Aizza me disse que você viria! - A mulher imponente abraçou Frigga – Temos tanto a conversar!

-Teremos tempo depois que os noivos forem para sua Lua de Mel – Frigga sorriu, olhando para os filhos – Tenho certeza de que se lembra de Thor, mas acredito que você já havia partido quando Loki chegou.

-Conheço Loki pelas palavras de Aizza – Athena sorri – E é um prazer finalmente conhecê-lo em pessoa, filho de Odin.

-O prazer é todo meu – Loki sorri, as mãos suando nas costas – Ouvi coisas poderosas sobre você.

-Tenho certeza de que ouviu – Ela riu – E Thor, o menininho de olhos curiosos. Você nunca deixava meu lado quando estava grávida de Aizza, sabia? Dizia que seria o protetor dela.

-Temo não ter sido tão bem-sucedido em minha missão - Thor sorriu de lado – Me recordo perfeitamente de nossas muitas caminhadas nos jardins. Colhíamos frutas e flores. Você me deu minha primeira espada – Ela assentiu, sorrindo.

-Oh, sim. Uma espada de metal leve forjada por Hefesto. Fico orgulhosa em saber que se tornou um guerreiro Honrado e Rei de Asgard.

-Obrigado – Thor sorriu, levemente corado.

-Hum, temo que eu deva levá-los à Arena imediatamente – Polla murmurou para Thor, que sorriu largamente para ela.

-Então vamos, não podemos atrasar o noivo – Ele disse rindo, seguindo atrás de Polla junto com todos os outros.




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A Arena estava lotada, centenas de milhares de cidadãos se aglomeravam nas arquibancadas, ansiosos por ver sua Rainha se casar. Na parte térrea da Arena, o chão havia sido transformado no mais puro mármore e um corredor se formava entre duas fileiras de longos bancos de ouro branco, adornadas em Cobre e pedras preciosas.

No fim do corredor, uma escada de mármore se estendia até o altar, ladeada por árvores que tinham folhas parecidas com nuvens e frutinhas brilhantes como lâmpadas penduradas em todos os seus galhos, e pétalas brilhantes de flores caiam sobre os degraus.

Um arco de ouro retorcido e esculpido marcava o altar, com flores e folhagens de todos os cantos do universo adornando- até o topo, onde uma grande placa de ouro redonda, exibindo orgulhosamente o Símbolo da Rainha – Uma cobra, uma flor e uma espada emaranhados.

Os convidados já estavam posicionados confortavelmente nos bancos de ouro ao longo da arena. Athena deu um breve aceno aos convidados do Olimpo, do lado direito do Altar. Lá, mais seis figuras com trajes gregos e uma áurea de poder impressionante riam e comentavam tudo ao redor. Thor posicionou-se no início do corredor, recebendo uma Khali impecavelmente pronta, num vestido dourado deslumbrante.

Aizza devia tê-la escolhido como madrinha depois do ocorrido com Ella.

Loki ficou ainda na parte interna das arquibancadas, atrás da grande porta que se abriria para ele em breve.

Enquanto a música soava pela arena e todos paravam de falar para assistir a magnífica entrada dos padrinhos, Loki respirou tão fundo quanto podia. Com os olhos fechados, passou as pontas dos dedos pelo veludo de seu traje, sentiu o peso da capa, sentiu os anéis em seus dedos.

Não fazia muito tempo desde que ele era considerado um traidor, desde que havia vagado sozinho pelo universo por anos e anos após fingir a própria morte, tentando subjugar qualquer pequeno planeta em tentativas desesperadas de ter Aizza de volta.

Não fazia muito tempo desde que sua ambição desenfreada havia destruído tudo o que ele conhecia e amava.

Não fazia muito tempo desde as noites em claro alimentando o ódio de si mesmo que o corroía de dentro pra fora.

Não fazia muito tempo desde que, no quarto escuro daquela fazenda onde os sobreviventes haviam sido alocados, Loki havia planejado acabar com o desgosto e a destruição que ele causava por onde passava, havia planejado tirar sua própria vida e acabar de uma vez com todos os males dos quais ele era a raiz.

E agora ele estava aqui, preparando-se para entrar numa arena magnifica e se casar com a mulher de sua vida, aquela a quem ele havia esperado por toda a vida, por quem ele havia se arriscado e sacrificado tanto...

Ele estava prestes a ser coroado Rei.

Mas isso era o que menos importava. Ele só conseguia pensar em Aizza, de branco, caminhando para o altar, caminhando para ele.

Sua esposa. Em breve, mãe de seus filhos.

Ele ficaria feliz mesmo se tivesse de morar numa barraca de palha.

Loki sentiu as mãos suadas e trêmulas quando a porta se abriu. Athena foi a primeira a caminhar pelo corredor sob reverências, preces e aplausos. Seu andar elegante cessou quando chegou ao lugar que havia sido designado a ela, e a música mudou para uma composta especialmente para ele.

A Valsa do Rei, como haviam chamado. Composta pelos melhores músicos que Aizza encontrara, especialmente para Loki.

Com mais uma respiração profunda, ele deu o primeiro passo, sendo recebido pelos aplausos e reverências de todo o povo e dos convidados. Seu olhar fixou-se no símbolo da Rainha, esculpido em ouro, que pairava sobre o altar. O queixo alto, as mãos dos lados do corpo, a postura ereta.

Seu caminhar era poderoso, elegante, imponente. Ele esperava não estar demonstrando toda a ansiedade que explodia dentro de seu peito.

Loki passou por rostos conhecidos e desconhecidos, pelo Panteão do Olimpo que lhe lançava olhares curiosos, e subiu os degraus da escada um por um, posicionando-se em seu lugar, no altar.

Loki olhou para a multidão, seus súditos. Seu novo povo. Ele olhou para Thor em seguida, que sorria com os olhos marejados. Pelo corredor, sua mãe caminhava em direção a ele, sorrindo largamente quando assumiu a posição de regente da cerimônia.

Ela piscou para ele.

Mas Loki não teve tempo de se espantar com sua mãe, pois a Valsa da Rainha soou pela arena. Seus olhos dispararam pela porta pela qual ele mesmo havia acabado de passar.  

Golden | Loki + AvengersOnde histórias criam vida. Descubra agora