Já imaginou viver e crescer com a responsabilidade e o cargo de ser um objeto pronto a ser entregue quando chegar a hora...? Bom, essa é a vida de Alice Argent, uma jovem prometida a se casar com um mafioso, antes mesmo dela nascer...!
A única cois...
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= Stefan Di Santa =
Seus olhos azuis encaram os meus fixamente, transbordando raiva. Ele flexiona o maxilar, apertando mais meus braços como se quisesse me jogar nessa parede. O reflexo do meu corpo é apenas abaixar a cabeça, como uma criança, esperando por uma bronca.
Seu peitoral marcado pelo terno, subia e descia com eufória, provavelmente pela adrenalina da briga. Aquele homem a minha frente gritava perigo...! Mas estranhemente, eu não queria sair dali, sua presença e dominância me fazia querer esperar por sua reação.
Me mantenho quieta, tentando não encarar aqueles olhos, como um cachorrinho arrependido. Posso senti-lo respirar fundo, tentando se acalmar e soltar meus braços, com a marca de seus dedos em minha pele branca.
--Stefan... -Falo com a voz tremendo em baixo tom, sem ao menos conseguir pensar em esconder o quão estou assustada e preucupada.
Por que estou com tanto medo???
--Levem ela para minha casa. Vou falar com aqueles dois. -Ele diz com a voz grossa, um tanto rouca, aos dois homens de terno atrás dele, enquanto pega uma pistola da cintura, à apertando com força.
Ele não pode matar o Icaro! Esse psicopata louco...!
Abro minha boca para falar algo, mas logo sou puxada por um dos homens de terno que acho ser um segurança dele- M-Me solta!..- Grito com certa raiva, o empurrando com toda força que tenho no corpo, que apenas o faz dar alguns passos para tras.
Ando apressada em direção a Stefan que já andava para os fundos da balada e seguro seu braço com força, fazendo aquele olhar de raiva cair sobre mim mais uma vez.
Recuo o corpo para tras, abaixando levemente minha cabeça, mas ainda sim, apertando seu braço para que não anda-se.
--Por favor Stefan...Nao mate o Icaro -Minha voz sai tremida, com medo, enquanto seguro as lagrimas que insistem em cair.
Como odeio chorar por tudo...!
Ele me encara por longos segundos, com uma expressão indecifrável em seu rosto. E puxa o braço com força , me fazendo soltar de uma só vez.
--Levem ela. -Ele diz seco aos homens dele, sem ao menos me olhar. Ele se vira, dando as costas para mim e caminha para o fundo da boate.
Meu coração acelera e sinto meu corpo tremer. Corro na direção dele, mas seus homens me puxam pela cintura, me colocando sobre seu ombro largo, indo para fora da balada, na direção de um carro preto de vidros fume.
Começo a me debater na tentativa de me soltar, mas é em vão. Aqueles dois parecem dois armários ambulantes.
Acerto vários socos nas costas do homem que me carrega, mas ele parece nem se importar, e logo sinto uma picada no pescoço ...Minha visão aos poucos se escurece e meu corpo parece ficar mole, assim desmaiando.
