III. Morte

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As sirenes ecoavam pela estrada enquanto as ambulâncias se apressavam para chegar ao hospital.

"Como está ela?" Um dos paramédicos questionou pouco depois de Deena ser trazida de volta após uma breve paragem cardíaca.

"De momento estável, com alguns cortes no rosto, e a tua? "Olhou para Sam que também tinha cortes no rosto.

"O golpe na cabeça é grande os sinais vitais não estão muito estáveis, ela esta a perder muito sangue."

A ambulância parou e rapidamente foram atendidas por os médicos que já as esperavam, o condutor que as atingiu seguiu detrás delas, mas ao contrário de Deena e de Sam ele estava acordado, apenas tinha um golpe na testa.

"É a Sam" Peter gritou fazendo Cindy correr até ele.

"E a Deena." Ela engoliu seco ficada enjoada ao ver as amigas naquele estado.

Horas e horas se passaram, Sam continuava no bloco operatório e quem ia avisando as famílias  de como a situação estava a decorrer era Peter e Cindy.

"Não podes estar lá com ela?" A mãe de Sam questionou desesperada. "Tu a conheces."

"É por isso que não convém que esteja com ela na sala de operações." Peter suspirou olhando Cindy.

"Mas é provável que ela não acorde já, é provável que Samantha seja introduzida em coma." Cindy disse calmamente preparando os pais que se agarraram em um choro.

"Vai falar com os outros." Peter pediu a Cindy olhando para o lado de fora da sala.

"Ok." Disse sem grande vontade, ela não queria, não sabia como falar sobre as próprias amigas.

"Então foram atingidas por um condutor bêbado?" Tommy perguntou com lágrimas nos olhos.

"Quem conduz bêbado em uma época destas?" Ziggy perguntou encarando Cindy.

"Uma grande maioria, é por isso que eu preferia que ficasses em casa." Pediu para a irmã que revirou os olhos.

"Podes parar? Eu não sou mais uma criança."

"É preciso ser-se muito sem noção para conduzir alcoolizado." Tommy fechou os punhos zangados.

"Também o é trair a namorada." Kate disse zangada, Tommy se colocou diante dela de braços cruzando.

"Vais começar?" Tommy perguntou incrédulo não querendo acreditar.

"Que conversa é essa de traição?" Josh perguntou confuso se aproximando depois de sair do quarto de Deena.

"A tua irmãzinha andava enrolada com a Sheila, ou melhor anda." Kate disse para Josh que encarou Tommy que baixou o rosto." A culpa disto é tudo dela."

"A culpa disto é de um condutor bêbado não de Deena." Josh disse furioso defendendo a irmã.

"Ela disse que estava tudo bem." Josh fechou os olhos ao ouvir a voz de sua mãe detrás de si.

"Típico da nossa querida Deena, uma maravilhosa mentirosa." Ziggy disse ironicamente ganhando um olhar de Cindy pedindo para ela não se meter.

"Ela já acordou?" Tommy perguntou sobre Deena.

"Não ainda não." Josh deixou as lágrimas caírem por seu rosto.

"Desculpa, ok?" Kate disse chorando também. "Desculpa descarregar nela, ou em ti, desculpem..." Mordeu o lábio abraçando Josh. "Apenas estou com medo, estou aterrorizada que no final elas..." Não conseguiu terminar o que pensava.

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"Deena...Deena." Deena podia ouvir a voz de Sam perto de seu ouvindo, o ar quente de seu hálito em seu ouvido. "Está na hora de acordar." E como se de uma noite comum se trata-se em que ela se deitava e se levanta com Sam acorda-la, Deena abriu seus olhos, mas Sam não estava ali.

"Sam..." O suspiro saio por seus lábios.

"O que está a acontecer?" Josh perguntou ao ver tantas pessoas entrarem no quarto da sua irmã.

"Ela entrou em paragem cardíaca." Cindy avisou correndo também para o quarto, Josh estava preparado para fazer o mesmo, mas foi agarrando por Tommy,

"Vocês sabiam que a Sam estava grávida?" Peter questionou ao se aproximar do grupo junto com os pais de Sam.

"Ela disse que elas iam tentar, mas eu não achei..." Kate ficou em choque. "Eu sabia que elas viram clínicas, mas elas nem estavam a viver juntas depois de terem discutido, não faz sentido..."

"Elas tinham começando há um ano atrás com Deena, mas não funcionou..." Ziggy disse calmamente. "Este ano seria a vez de Sam, mas Deena não concordava porque Sam ainda estava a estudar e estava a trabalhar em um bar para pagar seus estudos...na verdade Deena perguntava-se o porque de Sam trabalhar quando o dinheiro que avó lhe deixava era o suficiente, mas..."

"Ela usou o dinheiro para a gravidez?" Kate sentia que o chão fugia debaixo dos seus pés, como ela não sabia disso?

"Ela não me contou, eu apenas um dia a vi sair da clínica, e ..." Ziggy deu de ombros. "Ela achou que não tinha conseguido, tentou várias vezes, eu acho que ela nem sabia que finalmente estava acontecer."

"Sente-se bem?" Josh perguntou para o pai de Sam que estava de boca aberta e com a mão no peito.

"Calma venha comigo." Peter pediu o tirando de ali.

"Ela perdeu o bebe." Ziggy chegou há conclusão.

"Pessoal." Cindy se aproximou com um sorriso. "Ela voltou." Josh caio de joelhos aliviado, mas o resto do grupo estava apenas calado, nem a mãe de Deena se prenunciou. "O que se passou?"

A noite passou, e era precisamente duas da tarde do dia seguinte, o primeiro dia do ano quando Deena abriu os olhos e viu Cindy diante de si.

"Porque estás vestida como uma médica?" Deena questionou com dificuldade.

"Porque sou uma médica." Cindy se aproximou com um sorriso amigável no rosto. "Estás no hospital, tiveste um acidente de viação, a tua mãe e Josh estavam la foram, foram a casa há cinco minutos trocar de roupa porque ainda estavam vestidos como se estivessem em uma festa, eu vou os mandar avisar que já acordaste."

"Hospital...acidente de viação?" Murmurava. "A Sam?" Perguntou quase sem voz.

" Deena, tu ontem tiveste duas paragens cardíacas não podes..."

"A Sam?" Gritou olhando em redor.

"Deena..."

"Coloca a para dormir." Peter mandou entrando no quarto.

"Mas..."

"Queres que ela tenha outro enfarte?" Peter questionou entregando a seringa para Cindy que adormeceu Deena." Não lhes fales de Sam, não lhe fales sobre o feto..."

"Era filho delas" Cindy disse séria.

"Era um feto que mal tinha desenvolvido, e Deena a traio, um filho não muda isso." Peter avisou saindo do quarto.

"Este quarto cheira a morte." Cindy deu um pulo ao ver o pai de Deena na porta. "Mas ela está viva, certo?"

"Sim." Aquele homem era claramente muito, demasiado estranho.

My love is a ghostOnde histórias criam vida. Descubra agora