XI. A verdade

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Sam se movimentava em cima de Deena fazendo a mesma erguer as costas da cama enquanto mordia o lábio para o gemido não sair demasiado alto. Sempre que abria os olhos ali estava, Sam em cima de si, mas não conseguia bem ver os olhos de Sam já que ela os mantinha fechados e o quarto estava escuro, demasiado escuro. Deena conhecia o corpo de Sam, mas nunca era demais poder vê-lo e aprecia-lo. A força que ela fazia nas suas mãos que estavam nas pernas de Sam, ela sabia que iam deixar marca, mas ela mesma não se conseguia conter.

Samantha sempre tinha aquela voz e rosto doce, mas tinha uma personalidade bastante dominante, ela era carinhosa, mas quando ficava zangada também sabia explodir. E Deena apesar de desejar que tudo começa-se do início sabia que uma dessas explosões iria cair em cima dela.

"Nós devíamos ter tratado de isso ontem." Deena pode ouvir Sam dizer, quando abriu os olhos ali estava Sam diante de si sorrindo." A tua testa." Sam explicou, estava apenas um pouco de sangue na almofada.

"Esta tudo bem." Sorriu de volta colocando a mexa de cabelo que tapava o rosto de Sam detrás da orelha. "És linda."

"Hum..."

"Nada de hum, é a verdade." Sam apenas sorriu se aconchegando no pescoço de Deena.

"Ontem foi bom? Foi longo, mas longo nem sempre é bom, eu acho que não me esqueci de nada eu acho..."

"Tu foste perfeita." Deena dizia rindo do nervosismo de Sam.

"Preciso de comprar umas coisas." Avisava se erguendo demasiado rápido para o agrado de Deena, ela não queria sair jamais daquela cama.

"Não devias andar por aí sozinha..."

"Por favor." Sam pediu séria. "Eu sei que te preocupas, mas quando fazes isso, estou a sentir que é um pouco demais."

"Desculpa." Deena pediu se sentando na cama vendo Sam se vestir."

"Eu levo o telemóvel." Dizia tentando deixar Deena mais tranquila.

Acordar ao lado de Sam tinha sido bom, mas Sam ter saio não, Deena sentia que aquela manhã tinha um gosto agridoce. Era fim de semana, ela tomou banho tratou do golpe da sua testa e pegou no seu computador verificando os últimos emails que tinha de Tommy, mas não havia nada de novo, ela tinha todos os processos controlados e não havia nada fora do tempo.

"Sim?" Deena dizia meio sonolenta atendendo uma das chamadas.

"Eu sei, demorei para te ligar mas queria-te dar espaço." Deena sorriu ao ouvir a voz de Kate.

"Como estás?"

"Há anos que não ouvia essa pergunta..." O silencio se instalou por um tempo que pareceu demasiado longo. "Como está ela?" Deena olhou para a porta do quarto onde ambas passaram a noite e teve a sensação que não devia contar para já aquele pormenor a Kate.

"Está bem, teve que sair, mas está tudo bem."

"E as memorias?"

"Estão mais ou menos eu sinto, que ela se lembra de muita coisa, mas ao mesmo tempo... ainda não está muito no presente." Explica a e ela odiava sequer tocar naquele assunto que a deixava nervosa.

"O que aconteceu contigo?" Kate questionava em um tom triste." Nós eramos amigas, e do nada começaste a fingir que eu não existia em festas passavas por mim como se não me conhecesses mais, e quando eu precisei de ti... tu não estavas lá, e tu costumavas estar sempre lá."

"Kate..." Ela não sabia o que dizer realmente, mas Kate parecia não querer ouvir também.

"O meu pai morreu, tu não vieste, não ficaste do meu lado, tive ataques de pânico liguei-te, mas nada de nada." Deena não precisava ver a cara de Kate ela conseguia sentir a desilusão, pela máquina em sua mão. "Eu precisei tanto de ti, e tu simplesmente te tornaste essa coisa fria." Suspirou.

My love is a ghostOnde histórias criam vida. Descubra agora