Entre Tiros (Tokyo/You)[CONCLUÍDA]

04

Ponto de vista da Paris

Desde que Rio colocou os pés no interior do banco eu sabia que Tóquio voltaria a ser dele então desci até a fundição e me sentei ao lado das pepitas de ouro passando meus dedos entre elas como se fossem o cabelo da morena.
-Em algum momento...como médica terá que cuidar dele.-Meu irmão comentou se referindo ao provável implante que colocaram em Rio.
-Ela vai saber tirar...e Nairóbi vai ajudar... não quero perder minha dignidade junto com Tóquio.- Comentei e meu irmão assentiu e enquanto conversávamos alguns andares acima de nossas cabeças Tóquio mexia no anel reluzente que eu havia lhe dado.

7 dias antes da Hora Zero

-O que tanto pensa,meu anjinho da guarda?-Tóquio perguntou me abraçando por trás enquanto eu observava pela janela Denver e Estocolmo brincando no jardim com Cincinnati.
-Que quero este tipo de coisa... um casamento feliz e alguns pequenos a correr pela casa.-Comentei beijando a mão de Tóquio antes de me virar pra ela segurando sua cintura.
-Quero isso contigo...e antes que diga não...eu quero isso quando você quiser isso comigo.- Comentei e Tóquio sorriu acariciando meu cabelo.
-Você sabe que eu não sou de ficar em um lugar só...-Tóquio começou e eu sorri colocando meu dedo em seus lábios.
-Sim...mas eu tenho um plano... ficamos juntas na mesma cidade mas você só ficará comigo e com as crianças quando quiser...eu sei que você ama liberdade e não vou tirar isso de você... muito menos te colocar em uma ilha sem vida social...eu te amo, Tóquio...e quando te digo é porque eu quero te ver feliz em sua vida e eu adoraria que essa vida fosse comigo.-Comentei e sorri me ajeitando na cama.
-Quero que fique com esse anel... se no final do roubo não me quiser dessa forma me devolve...- Comentei colocando o anel no dedo dela que me olhou séria.
-E se eu te quiser...-Tóquio comentou e eu sorri acariciando seu cabelo.
-Vai me foder em meio aos nossos ouros.-Comentei enquanto Tóquio me derrubava novamente no colchão e sorri beijando seu ponto de pulso.
-O que acha?Podemos ter uma casa em cada país que você gostar...-Comentei enquanto Tóquio se sentava em meu quadril começando a se mover lentamente.
-E podemos ir a Paris...jantar na Torre Eifell...-Tóquio comentou enquanto apertava minha cintura ajudando no impacto entre nossos corpos.

50 horas depois da Hora Zero

-Tóquio está te procurando...- Nairobi comentou enquanto entrava na fundição e eu assenti respirando fundo.
-Vou subir... Nairóbi...Se ele fizer merda...sabe que pode arrancar as bolas, certo?-Comentei e ela riu empurrando meu irmão pra fundição.
-Os ovinhos,Paris...-Nairobi brincou e eu sorri subindo as escadas encontrando Tóquio sozinha em uma das salas.
-Nairobi me disse que estava me procurando.-Comentei me sentando na frente dela que me encarou.
-Por quanto tempo vai me querer?-Tóquio perguntou e eu percebi seus olhos lacrimejando.
-Até que meu coração pare,meu amor.-Comentei e Tóquio sorriu sem graça quando eu peguei sua mão colocando sob meu coração.
-Esta batendo rápido, anjinho.- Tóquio comentou e eu sorri.
-Ele sabe que é você...-Comentei e Tóquio segurou meu rosto grudando nossas testas.
-Sim...Eu quero você.- Tóquio comentou me fazendo sorrir.
- Anéis e crianças?-Perguntei curiosa e Tóquio assentiu grudando nossos lábios até que Rio abriu a porta.
-Acertaram Nairóbi.-Rio comentou e eu me levantei correndo em direção ao lobby onde Helsinque tentava estancar o sangramento.
-Paris...muito sangue... Helsinque preocupado.-O sérvio comentou e eu tirei o pano do local por alguns segundos.
-Merda...porque caralho se aproximou da janela, Nairóbi?- Perguntei colocando as luvas e ajeitando o ultrassom portátil.
-Ela tinha ele,Paris...-Nairobi explicou e eu assenti.
-Palermo... vão tentar entrar... acham que estamos ocupados. -Expliquei e ele assentiu.
-Tóquio... Denver... Rio... comigo agora... Helsinque você também.- Palermo chamou mas o sérvio nem se mexeu.
-Helsinque fica...cuidar de Nairóbi.-O sérvio comentou e eu olhei pra ele.
-Londres...pega o Defcon 2.- Comentei e meu irmão saiu junto com o restante enquanto Bogotá e Helsinque me ajudavam.
-Helsin...soro...duas bolsas de sangue.-Pedi enquanto pressionava o tiro e Bogotá conectava os fios da máquina de batimentos.
-Aonde está a bala?-Tóquio perguntou enquanto se vestia pra me ajudar.
-Abaixo da sétima costela...- Comentei e Nairóbi não conseguia mais respirar.
-Pneumotorax... Tóquio...kit 6... tenho que perfurar.-Pedi e logo a seringa estava na minha mão perfurando o peito de Nairóbi que logo voltou a respirar normalmente pedindo que levássemos ela a polícia.
-Nairobi... você confia em mim?-Perguntei e ela assentiu.
-Claro que sim, Carino...-Nairobi respondeu e eu sorri.
-Rio...tire Palermo daqui...Denver saía também...-Pedi estalando o pescoço rapidamente.
-Helsinque... mantenha Nairóbi na posição e controle a saída de sangue... Estocolmo... atenção aos medidores,soro e sangue... Tóquio as maletas... Bogotá...a fundição.-Organizei a situação pegando um anestésico.
-Nairobi...vou te colocar pra dormir,okay?Tirarei a bala...te prometo.-Comentei e Nairóbi assentiu enquanto o anestésico fazia efeito.
-Bisturi...-Pedi e Tóquio me entregou enquanto eu respirava fundo antes de fazer o corte.
- Sucção...afastador de costelas.- Fui organizando a situação enquanto fazia o processo olhando pra Denver em seguida.
-Vamos precisar de mais sangue... O Negativo e A Positivo...Londres troque com Estocolmo.-Pedi enquanto levantava o pulmão.
-Bisturi elétrico...terei que cortar uma parte do pulmão.-Comentei enquanto Rio trocava a bolsa de sangue e Tóquio me olhou nervosa entregando o bisturi elétrico.
-Você consegue?-Tóquio perguntou e eu assenti cortando o pulmão devagar.
-Estou tirando a bala...-Comentei pegando a bala e soltando no potinho antes de pegar o pedaço de pulmão cortado sorri aliviada enquanto fechava o corte até que ouvi a voz de Matias pelo comunicador.
-Palermo está querendo sair do banco.-Matias avisou e olhei pra Tóquio.
-Estou a caminho.-Tóquio respondeu enquanto os meninos levavam a maca de Nairóbi para o andar mais seguro.Londres me olhou e eu acenei.
-Não a deixe nem que esse puto prédio se venha abaixo.