Save Me...

Seven

   Detetive Sam
18/08/2012
Investigações da morte de Kim Byeol

O local estava sendo interditado por faixas de crime, era manhã e eu e mais uns colegas de trabalho estávamos cansados pela turbulência que estava acontecendo.
  Seguro meu copo de café que eu tinha pegado na cafeteria nas carreiras e, olho as duas adolescentes que estavam sentadas no banco sendo entrevistadas pelo meu parceiro, Victor.

Olho para as cenas do crime, os peritos tiravam fotos de qualquer resíduos. Por um momento me pego encarando para o corpo da garota.
Ela teve uma morte sofrida, foi esfaqueada em seus órgãos e pendurada em uma árvore para ser enforcada. Para meus colegas isso pode parecer somente um caso com mais uma solução, mas para mim, se trata de uma vida que teria muito pela frente.

— Nós fomos procurar minha bicicleta que eu tinha perdido na escola. – Uma garota de cabelos ruivos falou, ela segurava a mão da outra menina, cujo estava chorando baixinho.

— Aquela hora da noite? – Victor pensou por um tempo.

— Sim. Tínhamos encontrado meu chaveiro logo ali. – Ela apontou para a estrada e ergueu o chaveiro.

— Como era o comportamento dessa garota? – Falei afundando minhas mãos no bolso após jogar o copo de café no lixo.

— Ela agia normal, na mesma tarde nós tínhamos saído juntas, lá no bosque. – Continuou a ruivinha.

— Havia indícios de ela ter algum inimigo? – Completo.

— Não, ela era realmente muito calma. Não tinha problemas algum. – A outra de cabelos pretos e enrolados, falou finalmente entre soluços.

Balanço a cabeça e estalo a língua. Bom, essas garotas não teriam feito mal a uma formiga, quanto mais a uma garota.

— Estão liberadas, vão descansar, foi uma noite cheia e traumática para vocês. – Começo a sentir pena da situação das garotas.

— Chegaram os exames? – Jogo uma pasta na mesa de Victor, era os registros de chamada da garota morta.

— Sim, esperei abrir com você. – Ele me deu a pasta de exames.

Abri a pasta e deslizo os olhos para todos os conteúdos. Os mesmos diziam a quanto de profundidade atingiu as facadas, cujo se apresentavam três facadas na região de seu estômago. Também apresentava uma pequena fratura em sua parte genital, ela tinha sido estrupada...
Mas um pequeno detalhe me chamou a atenção, um feto de dois meses se gerava em seu ventre.

— Ela estava grávida? – Victor sussurra perto de mim. Ele também estava surpreso assim como eu.

(...)

— Impossível! Minha filha nunca fez essas atrocidades! – O pai da garota falou irritado ao ver os exames.

— Senhor não sabemos se essa gravidez foi concedida por ela. Na noite em que ela morreu ela também foi estrupada, então não sabemos se foram as mesmas pessoas.

— Mas é claro que ela iria deixar, ela viveu sua vida toda usando roupas vulgares. – Ele falou jogando a pasta de exames, me seguro para não cometer um assassinato alí mesmo.

Suspiro massageando as têmporas. Esse seria um longo caso...

— Peço que se retire da minha sala, por favor. Tenha paciência com o andamento do caso, faremos o possível para descobrir quem matou sua filha.

— Pois diga que ele fez um favor enorme. – O velho idiota agora saiu da sala batendo a porta.

Fungo o nariz olhando com fogo nos olhos para a porta. Me sento na cadeira do meu escritório e encaro as fotos da garota que foi morta.
Ela era linda e parecia ser simpática, me entresteci ao pensar que ela não tinha ninguém com que contar.
Pego o registro de chamadas e vejo que havia somente uma pessoa para quem ela ligava muito. "Meu melhor amigo para todo o sempre" Dizia o nome contato.

— Alô? – Falo para a outra linha.

— Alô? Quem é? – Uma voz masculina aparece, ele parecia estar chorando já que sua voz saiu cortada.

— Estou ligando para todos os contatos da senhorita Kim Byeol, peço que coopere com as investigações. Poderia vir na delegacia por favor?

— Posso sim – Uma fungada é escutada na outra linha.

(...)

— Aqui aparece que ela ligou para você por volta das sete horas. – Analiso o registro.

— É, ela me ligou falando que estava voltando para jogarmos juntos.

— Seu celular foi encontrado no corredor da escola, pelo jeito ela podia estar correndo do sujeito.

Ele esticou o pescoço para ver os papéis, seus dedos apertavam em uma forma de fechar a mão, foi tão forte que seus dedos começaram a ficar roxos por causa do aperto.

— Eu sei que é difícil para você... – Suspiro tentando buscar palavras de conforto. — Mas precisamos fazer a justiça para ela descansar em paz, certo?

— Eu a amava. – O garoto começou a tremer, ele abaixou a cabeça para esconder suas lágrimas. — Eu vou pegar o idiota que fez essa merda com ela, nem que eu o mate! – Seu punho bateu forte na mesa.

— Ela já tinha dito a você sobre algumas pessoas suspeitas lá na escola? – Digo suspirando impaciente.

— Havia um. – Ele começou. — Um garoto que sempre gostou dela, mas ela nunca deu atenção a ele. Um dia ele confessou seu amor a ela, mas ela recusou... Na época ele tinha sangue nos olhos, ele jurava que ia se vingar.

Anoto no papel a descrição. Criei uma lista de suspeitos e o seu pai e o garoto no qual seu amigo falou, eram os principais.

Localização de Kim Junseo, pai da vítima, no dia 14/08/2012

---- Às 16:00h em Daegu, viagens de negócios.
------ 20:30h Chegou na cidade. ( Registro de chamada: Fez ligação de 2 minutos para a Kim Byeol)
------ 21:00h em sua casa
----- 22:00h (horário provável da morte de Kim Byeol) localização não encontrada.

Localização de Ji-hoon, suspeito descrevido pelo melhor amigo da vítima, no dia 14/08/2012

Não foi possível achar a localização.

Desligo o computador tirando os óculos, encaro as folhas por um bom tempo para ligar os pontos no painel.
Coloquei as fotos dos dois suspeitos até agora, liguei a fita vermelha até a foto da Kim Byeol. Anotei com post-its os principais pontos e colei na minha mesa.
Chegou a hora de colocar a investigação em prática.