Uma Nova Aventura

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Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto. Ao mesmo tempo senti um movimento ao meu lado.

- Bom dia. - Legolas disse.

Eu me virei, ficando de frente para ele. Imediatamente um sorriso veio aos meus lábios.

- A quanto tempo está acordado?

- Não muito. Não quis levantar e acabar acordando você.

Eu ri, imaginando qual seria o verdadeiro motivo.

- Bom, agora estou acordada. Então você pode se levantar.

Os últimos anos tinham sido muito tranquilos. Depois de reencontrar meu pai, tivemos uma longa conversa. Contamos sobre tudo o que tinha acontecido, e é claro que no meio disso ele percebeu que eu tinha algo mais importante para dizer.

No fim, ele aceitou muito bem minha decisão de ficar com Legolas, principalmente depois de prometermos visitá-lo. E é o que realmente têm acontecido. As vezes passávamos algumas semanas em Valfenda, e até mesmo com os anões, na montanha. Legolas ainda não gostava muito deles, e podia se dizer que o sentimento era recíproco. Mas eles aprenderam a se aturar minimamente, e como sempre ficávamos poucos dias, os anões estavam mais preocupados em aproveitar minha companhia do que em arrumar briga com Legolas.

Eu e Legolas nos acostumamos rapidamente a nossa nova vida, e nossa relação continuou sempre firme e forte. Enquanto viajávamos, sempre havia algo diferente para ver. Apesar de Valfenda ser minha verdadeira casa, eu me sinto tão confortável nessas viagens quanto lá.

- Você realmente não quer falar nada sobre ontem? - Legolas disse, arrancando um riso de mim.

Eu estava prestes a responder, quando ouvi o som de cascos se aproximando. Troquei um olhar com Legolas, que claramente também tinha ouvido. Nos levantamos rapidamente, e meu primeiro instinto foi estender a mão para meu arco e aljava. Apesar de serem tempos tranquilos, e a quantidade de orcs ter diminuído até quase desaparecerem com o tempo, ainda era bom andar prevenida.

Tirei uma flecha da aljava, e mirei na direção de onde vinham os sons. Percebi que Legolas também estava com seu arco a postos, e se mantinha bem perto de mim. Os segundos seguintes pareceram minutos, enquanto esperávamos por um alvo visível.

Eu tentava raciocinar o que poderia estar acontecendo. Não eram orcs, pois eles não montavam cavalos. Talvez assaltantes, ou mercenários, mas não havia nenhum povoado próximo, o que tornava aquele lugar péssimo para seus propósitos. Além disso, os sons dos cascos eram altos e claros, o que significava que quem quer que fosse, não tentava esconder sua chegada.

Alguns segundos depois, pudemos finalmente ver a figura de um cavalo saindo da mata. A figura montada nele era conhecida, e assim que a reconheci, abaixei meu arco, surpresa. Sorri, cumprimentando o recém chegado.

- Aerin, Legolas. - Ele cumprimentou, sério.

- Gandalf! O que o traz aqui? - Eu perguntei, imaginando que pela pressa do mago, não devia ser bom. Minhas suspeitas logo foram confirmadas.

- Infelizmente nada de bom. Sinto muito por chegar desse modo, mas não o faria se não fosse realmente urgente.

- Parece ser sério. - Disse Legolas - Por que não se senta? Pode nos contar o que aconteceu.

...

Menos de meia hora depois, estávamos os três sentados em troncos deitados de lado, em volta de uma pequena fogueira. Gandalf fumava seu cachimbo, e sua expressão era completamente indecifrável.

- Aerin - Gandalf começou - Você se lembra daquele anel que Bilbo levava?

Pude sentir minha própria expressão confusa, enquanto eu respondia.

O Retorno do AnelOnde histórias criam vida. Descubra agora