Lembra daquela noite em que estávamos no estacionamento do meu condomínio e você disse que me amava? Eu fiquei em silêncio, enquanto você me encarava com seus olhos penetrantes e esperava por uma resposta. Acho que eu não sabia exatamente o que responder, mas sabia que era loucura alguém me amar uma semana depois de me conhecer.
Eu nunca me permiti ser amado. E eu não sei exatamente o porquê. Parece que eu não sei de nada. Eu também te amava. Amava estar com você, amava abraçar você, amava sentir você e beijar você. Eu amava a sua companhia, que você me respondia. Seu rosto era a última imagem que eu via antes de dormir e a primeira que eu lembrava ao acordar.
Mas eu fiquei com medo. Medo de me entregar, de ser vulnerável, de me permitir ser amado. Acho que eu estou acostumado apenas a ser usado e depois descartado. Então quando chega alguém que faz eu me sentir amado eu fujo e tento correr o mais longe possível.
Eu ainda amo você, amo estar com você, amo beijar você e abraçar você. Mas sabe o que eu amo ainda mais? Eu amo continuar correndo pra longe de você.
Eu ainda estou tentando entender.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A dor de amar
PoetryA breve existência de um coração machucado, dividido em pequenas histórias que contam sobre uma dor muito particular e pessoal. A dor de amar.