Eu queria ter coragem pra responder as fotos que você posta. Toda vez que eu vejo o seu rosto com as bochechas vermelhas eu quero falar o quanto você é lindo. Eu sinto meu coração acelerar só de pensar em você e fico com cara de bobo ao te ver. As vezes eu deito e me pergunto se você espera uma mensagem minha, assim como eu sempre espero uma sua.
Toda vez que você me escreve alguma coisa eu entro em um pequeno surto pessoal, porque eu nunca sei o que te responder. Eu não quero parecer um idiota, porque na minha cabeça tem outros bem melhores conversando contigo agora. Eu queria me sentir bom o suficiente pra você.
Eu queria te chamar pra sair, segurar a sua mão na rua, sentir seu cheiro de perfume com suor depois da queimada e te beijar tão devagar de uma forma que faz o tempo parar. Eu poderia ficar horas te ouvindo falar ou simplesmente te assistindo jogar no celular. Mas eu não sei se você me quer tanto assim.
Você já deixou claro pra mim que talvez sinta algo também. Mas eu tenho medo. Tenho medo de te chamar pra sair e eu me machucar, de você não gostar de mim ao seu lado. Eu tenho medo da rejeição, do afastamento, da falta de resposta. Eu tenho medo que me faças gostar tanto de ti e que depois decidas ir embora. Por isso, eu prefiro ficar aqui, só. Porque sem ninguém ao meu lado, ninguém vai embora, ninguém me rejeita, ninguém se afasta.
Meu coração bate acelerado, mas é de medo. Medo de te perder. Por isso, eu prefiro nunca te ter.
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A dor de amar
PoetryA breve existência de um coração machucado, dividido em pequenas histórias que contam sobre uma dor muito particular e pessoal. A dor de amar.