34 - Calmaria

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Hospital de Konoha

Passava das onze da manhã, o silêncio costumeiro do hospital era agradável aos ouvidos de Sai, porém aquele silêncio só era comum a partir do segundo andar do prédio.

O quarto pequeno parecia ser um lugar a parte do hospital, já que lá, a calmaria reinava acima de tudo. O rapaz guardava suas coisas calmamente em uma bolsa, sentado na cama que ocupava o centro do quarto, enquanto relembrava o sonho que tivera na noite anterior.

Foi tão bom vê-la, sorrindo e descontraída, como costuma ser. Parecia fazer séculos que não a via, daquele jeito sereno, calmo e doce. Por causa daquele sonho, estava de bom humor desde o momento que acordou, até dialogou gentilmente com a enfermeira quando esta trouxe o seu café da manhã, sentindo uma paz intensa, parecia que grande parte do peso que incomodava seu peito tinha desaparecido. Como se alguém o tivesse tirado propositalmente, por meios que ele desconhecia.

Já fazia um tempo desde o momento que o médico passou em seu quarto e lhe deu alta, e agora, estava prestes a sair do hospital e voltar para sua casa, depois de passar um dia inteiro internado, naquele pequeno quarto confortável, mobiliado com uma cama hospitalar, um armário de duas portas branco, a mesa que ficava ao lado da cama e um banco, sem contar com os aparatos médicos que sequer tinham sido usados durante sua estadía. No geral, o quarto não tinha nada de especial, porém tinha algo a mais, talvez uma presença, ou um sentimento de pertencimento, que o deixava confortável.

Se levantou, revigorado, carregando a pequena bolsa, que aportava nada mais que as peças de roupas que ele usava quando foi levado para o hospital- as que usava agora foram trazidas por Shikamaru, que fez o enorme favor de buscá-las na casa de Sai- e quando estava quase passando pela porta, lembrou-se do pequeno vaso que tinha ganhado da Yamanaka no dia anterior, recordando-se também de sua gentileza.

Virou a cabeça na direção da parede oposta a entrada do quarto, seus olhos rapidamente se dirigiram na direção da janela, procurando a planta que tinha o melhor dos aromas, porém ela não estava lá. Sai correu até a janela e olhou para baixo, fitando o chão do térreo exterior do prédio, intocado e quieto, se o vaso tivesse caído, alguém provavelmente já tinha recolhido os cacos e limpado tudo.

Com os ombros caídos, deu as costas para a janela e suspirou, a boca reta e comprimida.

Era só um vaso mesmo.

Porém quando seus olhos visualizaram rapidamente a cama, ele vislumbrou a cor das flores de lavanda, o azul suave aconchegante. Surpreso, prestou atenção no móvel ao lado da cama, e lá estava o vaso, bem ao lado de sua cama, não sabia como não tinha visto ele quando se acordou, estava realmente muito perto dele, praticamente ao lado de seu travesseiro. Por isso o cheiro da planta estava mais forte, pensava que era por causa do sonho que o aroma de lavanda parecia tão mais intenso, mas não era esse o caso. Talvez fosse o contrário, começou a pensar. Talvez ele tinha tido aquele sonho mais do que agradável graças ao aroma que circulava no cômodo enquanto dormia, acreditava veemente nisso mesmo sem saber se tinha alguma comprovação médica ou científica, a única coisa que valia e importava, era que ele tinha sonhado com Sakura.

"Quem colocou isso aqui?"- perguntou par si mesmo, recolhendo o vaso.

Entretanto, ele não pensou muito sobre o assunto, e com o pequeno vaso em mãos, saiu do quarto silenciosamente.

A Missão De SakuraOnde histórias criam vida. Descubra agora