capítulo 18- Fim.

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- o antídoto! - Bakugou acordou de sobressalto, respirando ofegante, com uma mão estendida no ar, como se entregasse algo.

Para sua surpresa ele não estava no portão do castelo ou enterrado a sete palmos.

Ele se encontrava em sua confortável cama do palácio Rubi, usando calças limpas e enrolado na capa vermelha.

Ele se sentou na cama e sentiu uma dor terrível percorrer seu corpo, como se tivesse sido pisoteado por uma multidão. Olhando finalmente ao curativo que agora estava em sua coxa machucada e enrolado no seu torso, e em seu braço.

Sua mente poderia ficar processando quem fez os curativos, quem o banhou ou quem o vestiu, poderia até pensar em como o moveram nas condições que se encontrava quando desmaiou na frente do castelo. Mas sua mente só tinha espaço para uma coisa, para um nome.

Kirishima.

Ele se levantou sentindo a dor agonizante, e se apoiando na cabeceira da cama.
O loiro foi se arrastando pelas paredes até sair do quarto e seguir no corredor vazio, em direção ao quarto de Kirishima.

Sua feridas o incomodavam como a própria morte. Mas ele continuava andando.

"Preciso vê-lo"

- Eu preciso te ver Kirishima. -ele murmurou entre os gemidos de dor e a dentes serrados prosseguiu- Por favor que não seja dentro de um caixão. Eu não sei o que vou fazer sem você.

Ele realmente não sabia.

Katsuki se encontrava perdido, ele não sabia o que faria se Eijiro morresse, e ele não sabia como ele era tão ligado ao ruivo como jamais fora em toda a sua vida. O loiro não sabia se tinha a ver com alguma profecia antiga, a algum ligamento de espírito ou de seus simples sentimentos que de repente vieram a flora quando pôs os olhos no rei.

Ele chegou na grande porta enfeitada do quarto de Kirishima antes de tomar um último bom respiro profundo e abrindo a porta.

O que ele viu fez seu coração errar uma batida.

Kirishima estava vestindo suas botas e se preparando para se levantar, enquanto Mina e Sero estavam mais afastados observando o rei.

Ele estava bem.

Bakugou não esperou dois segundos antes de entrar no quarto. Quando Kirishima pousou seus olhos na face de pele branca do loiro, seus olhos se acenderam em um vermelho vivo, como se seu espírito tivesse voltado para seu corpo.

O loiro se jogou nos braços do amado, sem se importar com a dor. Tudo o que importava era que Eijiro estava alí. Vivo. Com sua cabeça enterrada na curva do pescoço de Katsuki e o segurando fortemente em uma abraço. O loiro por sua vez passou seus braço ao redor do pescoço do ruivo.

Nenhum dos dois queria sair de lá. Jogados nos braços um do outro. Não queriam que esse momento acabasse. Nunca.

Escutaram a porta fechar dando o sinal que estavam a sós.

Kirishima passou as mãos pelo corpo de Katsuki tomando cuidado com seus machucados as parando em seu maxilar. O puxando para um beijo caloroso e desesperado, por um momento parecia que a batida de ambos corações havia entrado em sintonia, pintando seus corpos com uma melodia que apenas eles conseguiriam ouvir, sentir e entender.

Quando ambos se separaram por falta de ar, se perderam nos olhos um do outro, como se estivessem entrado em uma dimensão pertencente apenas á eles e a mais ninguém no universo. Era como se conhecessem a séculos, por vidas e vidas antes dessa e vidas e vidas depois.

- eu tava bem preocupado seu idiota - o loiro disse em um tom calmo, incomum do próprio mas que para o rei foi como uma pintura feita por um dos melhores artistas de todos os reinos.

King  ||   kiribakuOnde histórias criam vida. Descubra agora