Bakugou resmungou em irritação ao sentir o sol da manhã lhe acordar da noite difícil que o próprio havia tido.
O loiro se espreguiçou esquecendo de estar em um galho de árvore e quase caindo de lá, noite passada ele havia subido na árvore para se esconder de alguns patrulhadores que trabalhavam para um comerciante de pessoas bem famoso, Monoma Neito. Os dois loiros nunca se deram bem, e quando Monoma soube que bakugou havia deixado sua aldeia para "explorar" deixando pra trás a única coisa que impedia Neito de captura-lo parece que um raio de ideia atingiu o comerciante, que o fez dobrar a patrulha nos arredores dos bosques.Dês que deixou a Vila Katsuki não havia tido noites tão calmas quanto pensava, sim, deixar para trás sua mãe, seu pai e sua irmã mais nova, e todos os deveres foi um grande alívio, mas rapidamente o pouco dinheiro que havia ficou ainda mais escasso o que levou o loiro a ter que ficar exposto na beira de rios por horas tentando pescar algo. E a única coisa que o mantinha quente quando não podia acender fogo para se aquecer era sua capa escura como as sombras das árvores naquele bosque, aquela capa preta havia sido um presente de sua mãe pelo seu aniversário de 18 anos, por mais que havessem passado dois anos dês de então, a capa ainda era bem firme e continuava quente.
Decidindo finalmente descer do ramo de árvore que o hospitou durante a noite, Bakugou sentiu seu estômago reclamar, afinal, o mesmo não comia a quase dois dias.
O loiro foi em direção ao Rio prestando atenção a cada mínima coisa ao seu redor, apenas porque a noite se foi não significa que os patrulhadores de Monoma tenham deixado o bosque.
Ao chegar no rio que possuía águas claras como um diamante – característica muito comum dos arredores do reino Rubi – o garoto fez questão de lavar o rosto e tomar um pouco de água.
Tudo estava andando calmamente como qualquer outra manhã, porém, quando Bakugou esfregou seus olhos para retirar a água que passou em seu rosto, o mesmo viu um reflexo de um vulto escuro no fundo.
"Merda!"
Pensou o garoto antes de agarrar um pouco de terra e jogar no homem atrás de si atingindo os olhos da figura mais alta e robusta que segurava em suas mãos saco forte o suficiente para segurar até mesmo um lobo e grande o suficiente para pegar Bakugou.
O garoto tentou correr de volta para o bosque, estava muito fraco para lutar, porém foi agarrado pelo homem que rapidamente o amarrou e o colocou dentro da bolsa que carregava.
"Merda, fudeu, desgraça, porra [...]"
O loiro continuava xingando mentalmente e se mexendo freneticamente na esperança que o homem derrubasse-o, Bakugou amaldiçoava sua falta de cuidado e o fator de não ter pego comida antes.
Pouco tempo passou antes que Katsuki se sentisse ser jogado para dentro de uma carroça.
Como sabia ser uma carroça? O cheiro de madeira velha e molhada e os sons de cavalos entregavam tudo de cara.
Ao se mexer mais um pouco conseguiu abrir o maldito saco e ao olhar para a espécie de "porta" que a carroça – qual parecia mais uma jaula – se deparou com Neito e seu sorriso cínico.
– Ora ora ora, veja quem finalmente se juntou a nós –Disse Neito de forma presunçosa.
– Ora ora ora, vejam se não é o filho da puta que foi expulso da aldeia. –Disse Bakugou jogando Sal na ferida de Monoma.
A alguns anos atrás o Loiro de olhos azuis foi expulso da aldeia por tentar vender escravos, por tentar vender seu próprio povo, Misuki – que era a Líder da aldeia – queria fazer com que Monoma fosse jogado aos lobos, porém teve piedade do loiro após ouvir as súplicas de Kendo, assim fazendo com que Monoma fosse expulso da aldeia e que se ele se aproximasse do lugar novamente teria a cabeça cortada pela lança de Mitsuki e haveria o corpo jogado aos lobos.
– Tsk, quero ver onde vai estar esse orgulho todo quando eu te oferecer para o Rei das pedras de sangue, ou quando eu te oferecer para o reino das chamas. –Disse Monoma antes de virar as costas e ir em direção a frente da carroça. – Vamos! –Katsuki ouve Neito gritar antes da carroça começar a se mexer.
Não lhe restava muito para fazer então Bakugou apenas se escorou em um dos lados da gaiola feita de madeira e sentir seu estômago pedir por comida.
– você está com fome? –O loiro ouve uma voz doce perguntar.
Ao se virar para ver de quem pertencia a voz, se depara com uma garota de cabelos curtos e claros, quase loiros e de olhos castanhos que lhe oferecia um pedaço de pão.
– não, obrigado. –respondeu seco.
– eu insisto, eu já comi –A garota insistiu estendendo mais o braço para Bakugou, o garoto não queria aceitar comparado ao estado da menina porém sua fome era imensa então pegou o pedaço de pão, e ao tocar na mão da garota viu que a mesma estava congelando.
O Loiro tirou sua capa e jogou nos ombros da garota que o olhou desentendida.
– não tô com frio, e você me deu comida. –Disse Bakugou sem querer se importar, ele não aceitaria ter uma dívida com a garota.– a propósito me chamo Bakugou.
– meu nome é Toru Hagakure, prazer.
– sabe pra onde estamos indo? -perguntou o loiro mordendo um pedaço de pão.
– Reino Rubi. O que você faz aqui? -A menina pergunta curiosa.
– fui capturado, você?.
– não tinha pra onde ir. –A garota parecia avoada como se tentasse contornar a situação em que se encontrava.
Pouco tempo se passou e Bakugou começou a olhar as pessoas ao seu redor, dentre ele e Hagakure só haviam mais 2 pessoas, pareciam ser duas mulheres jovens, uma parecia estar dormindo enquanto a outra olhava para o lado de fora da carroça.
Katsuki virou o rosto para o lado de fora tentando reconhecer a paisagem e ver o quanto eles já haviam andado, agora eles se encontravam em uma estrada de pedras e também pareciam estar do lado de fora de uma muralha imensa que era a tão famosa "muralha inquebrável" do reino de Rubi.
Ao prestar atenção nos detalhes As íris vermelhas de Bakugou notam que já haviam deixado o bosque para trás e de acordo com o sol parecia ser mais ou menos umas 11 da manhã.
O percurso até o castelo seria longo comparado que a subida havia apenas começado e que o Castelo do reino Rubi era ao início de uma grande montanha."Vai ser um longo trajeto."
Durante o trajeto Bakugou se lembrava de algumas coisas de seu vilarejo, de todas as vezes que ele e seu "grupinho" faziam festa ao redor da fogueira, da voz doce de Kyouka que cantava as melodias quais carregavam histórias, de Himiko e Kaminari que dançavam e faziam piadas ridículas sobre quase tudo e todos, de Kendo que se lamentava por mais um dia que não conseguiu ir no reino para ver o soldado de armadura prateada que tanto a mesma falava. Tudo aquilo irritava um pouco Bakugou, mas ao mesmo tempo lá no fundo ele se sentia feliz nesses momentos - coisa e o mesmo jamais admitiria a ninguém - e agora o loiro se encontrava preso em uma carroça com madeira meio molhada e com mofo, indo para um Castelo que tem um rei conhecido pelo nome de "Rei vermelho" ou "Pedra de Sangue" entre muitas outras coisas, um dos únicos líderes que quase declarou guerra contra o reino de Endeavor.
"Esse cara deve ser maníaco."
Bakugou repetiu para si mesmo lembrando do dia em que ouviu a história de que o Rei do Rubi se meteu com a corte do Reino de Chamas.
O loiro não fazia idéia do que iria acontecer a si, e sem sombra de dúvida já estava pensando de como fugir caso as coisas dessem muito errado.
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Oi gente
Então eu comecei essa fic pq eu não tava tendo inspiração pras outras ok? Então esse foi o primeiro cap, não se esqueçam de adicionar a história a biblioteca para não perder novas atualizações e de indicar pra alguém que poderá gostar!
É isso
Beijos da Otaku ❤️🖤👑
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King || kiribaku
FantasyKIRIBAKU AU Em um bosque por perto das redondezas do reino de Rubi havia um selvagem garoto loiro que foi capturado por um comerciante de pessoas e que foi levado até a realeza como oferta especial, porém quando Bakugou Katsuki se depara com o rei...