Cap 11 • 𝑶 𝑫𝒊𝒂𝒃𝒐 𝑫𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑰𝒏𝒇𝒆𝒓𝒏𝒐

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Rapidamente dei um pulo olhando para o lado, ele se tocou e cobriu seu órgão genital com sua mãos.

- Mil desculpas, me desculpe mesmo moça! - ele olhou em sua volta - Eu vou dar um jeito nisso, só um estante!

Ele se agachou e pegou meu casaco, se vestiu enquanto eu olhava para as árvores.

- Prontinho - voltei a olha-lo - Me desculpe, sério, estou morrendo de vergonha - ele se desculpou mais uma vez.

- Está tudo bem! Não é o primeiro que eu vejo - assim que terminei me dei conta do que eu disse - Q-quer dizer, não é bem assim, eu... - desisti de explicar ao escutar sua risada.

- Bom, para onde você estava indo? - perguntou ele enquanto eu pegava minha mochila.

- Eu estava... Para onde você estava indo? - ele ficou surpreso, mais quebrou com uma risada.

- Minha alcatéia, até senti seu cheiro pelo ar, um cheiro que nunca senti antes, ouvi o Remon uivando e vim o mais rápido possível - ele deu uma breve pausa - Você está perdida, né?

- O que te faz pensar que eu estou perdida? - perguntei cruzando os braços.

- Você está no lado sul da floresta, e na cova dos Ratkin, o que não é o lugar mais indicado para uma humana - ele respondeu cruzando os braços me imitando.

- Nossa, cadê sua bola de cristal? Você sabe tudo sobre mim - debochei.

Ele deu uma gargalhada alto, e o som era algo tão gostoso de ouvir, ele riu como se já tivemos bastante intimidade, como se nos conhecemos a muito tempo.

- Então, da onde você vem? O que faz aqui? E por que está sozinha?

- Não me leva a mal, mas só faz quinze minutos que te conheço - respondi dando um passo para trás.

- Tempo o suficiente para eu salvar sua vida e você me vê pelado - eu não esperava sua resposta; com certeza corei de vergonha na hora, para poupar constrangimento fiquei olhando para meus pés - Meu nome é Oliver, Oliver Kowalski! - ele desse e voltei a olha-lo.

- Sou Merillyn!

- Prazer! - ele me deu sua mão e eu a apertei - Acho que é melhor irmos - ele disse dando passos para frente e se agachando.

Se levantou novamente com o corpo de um dos lobos em seu braço, e o ajeitou em um de seus ombros de cabeça para baixo.

- O que está fazendo? - perguntei franzindo a testa.

- Esse carinha é importante para esse lado da floresta, se verem ele aqui vai ferrar pro meu lado - ele explicou.

- Tô te dando trabalho, me desculpe!

- Imagine, eu já estava querendo matar ele a séculos! - ele se aproximou de mim - Se não for pedir muito, posso colocar ele na sua mochila?

- Eca, claro que não! - tirei o cobertor da mochila e o ofereci - Toma! - ele embrulhou o cobertor no lobo para não chamar muita atenção.

- Mais esses? E o que fugiu? - perguntei.

- Esses são como toletes bosta na neve, não fazem falta, e aquele que fugiu era uma fêmea, não mato fêmeas, ela me conhece, não ousaria me dedurar! - ele explicou - Pode segurar um pouquinho - desse ele dando o lobo antes de eu responder.

Ele começou a desabotoar os primeiros botões do casaco, com a intenção de tirá-lo, o que ele pensa que está fazendo?

- Você não vai tirar o casaco, né? - perguntei cruzando os braços e ele me olha.

𝐀 𝐍𝐨𝐢𝐯𝐚 𝐃𝐚 𝐌𝐨𝐫𝐭𝐞 | 𝐴 𝑀𝑎𝑙𝑑𝑖𝑐̧𝑎̃𝑜 𝐷𝑒 𝐿𝑢́𝑐𝑖𝑓𝑒𝑟 Onde histórias criam vida. Descubra agora