Final?

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Narrado por Draco Malfoy

Passei o dia todo tentando entender tudo que ocorreu nos últimos dias. Nada batia, não conseguia entender o que levou ele à isso. Por quê?

Hazz sempre foi sincero comigo, tenho absoluta certeza disso. Ele é o ser mais verdadeiro que conheço, ele não pode ter me enganado dessa forma, ele me ama, certo?

Ele mesmo já falou isso várias vezes, ele disse que me ama e agora me vem com isso, não faz sentido algum.

Estava tudo indo bem entre nós, ele estava bem... Não estava?

Achei que depois de tudo que ocorreu ontem ele já estivesse no seu estado normal, ele estava se desculpando sem parar porque sabia que faria algo assim. Esse ato tão inesperado.

Mas se ele acha que eu irei ficar de braços cruzados, ele está enganado, não vou desistir até ouvir dele tudo que foi escrito na maldita carta.

Já está ficando tarde e meu dia rendeu absolutamente nada, fiquei devastado e surpreso. Hazz...

Que diabos! Não vou conseguir esperar até amanhã para ir lá, tem que ser agora.

_ Que merda garoto! Acha que está aonde? _ Esbravejou irritado o suposto padrasto do moreno. Sim. Dei uma de louco e em plena noite estou parado em frente do portão da casa dele batendo palmas.

_ Cadê o Hazz? _ Pergunto com o maxilar travado, ele riu enquanto caminhava até ficar mais perto da porra de portão.

_ "Um bom filho retorna ao lar"_ Riu novamente e amaldiçoei o grande e inútil pedaço de ferro que me impedia de alcançar o rosto daquele lixo.

_ Pare de falar merda e melhor responder minha pergunta. Seu nojento do caralho, ainda vou te dar uma surra não se preocupe. _ Ele sorriu. Filho da puta! Não vejo a hora de quebrar seus malditos dentes.

_ Hazz prefere a família que um desconhecido que logo irá lhe deixar. Meu querido filho, sabe que apenas quero o seu bem e voltou para os braços que lhe ajuda.

Que baboseiras este maldito esta falando?

_ Perguntei. Pelo. Hazz. Guarde as suas merdas para consigo. Eu apenas quero falar com ele e não com você seu maldito imbecil.

_ Ah... Hazz, Hazz, Hazz.  Você prefere o chamar assim? Bem... Prefiro chama-lo de bebê manhosinho. _ Falou lambendo os lábios. E Deus, vou acabar com esse miserável quando eu pôr a mão nele.

_ Cala a porra da boca!

_ Tsc, tsc, tsc... Vou chamar o  meu bebezinho, não gosto de ter cães latindo em frente à minha porta. _ Se virou para voltar ao interior da casa.

Céus... Como adoraria mata-lo.

Logo notei um monte de cabelos bagunçados surgindo, ele andou cabisbaixo até chegar em frente ao portão. Ele não levantou a cabeça para me olhar, enquanto eu não conseguia não olha-lo.

_ Hazz...

_ Por que está aqui? _ Falou de uma maneira que nunca ouvi-lo falar antes. Sua voz estava fria.

_ Por que mais seria? Vim perguntar se você já comeu pão com vinagrete.

Ele levantou o rosto.

_ Vá embora. _ Sibilou.

_ Não vou sair daqui sem uma explicação que não tem que ser apenas boa, mas, excelente.

Ele estreitou os olhos e torceu o nariz.

_ Está muito tarde para esse tipo de conversa não acha? _ Balancei negativamente a cabeça e ele revirou os olhos.

_ Não. Quero que me convença que quer ficar aqui e apenas assim irei deixa-lo em paz.

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