Saudades... E passeio

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Narrado por Harry Potter

Sorrir...

Um sorriso... É algo que nunca faltou em meu rosto, minha mãe gostava do meu sorriso, meu pai dizia que meu sorriso poderia contagiar até o Diabo.

Eu queria tanto ter eles aqui...

Nunca fui uma criança birrenta, diferente do filho do meu padrasto, ele fazia de todo para que eu fosse castigado.

Isso após a morte dos meus pais. Eles me conheciam, me protegiam, me davam amor e carinho. Queria ter muito mais lembranças deles, não é justo eu ter os perdido... Não é justo.

Eles se separaram amigavelmente, sem qualquer tipo de brigas, sem traições, apenas perceberam que não funcionava mais, e eu apenas vive com isso, era a decisão deles e ainda via os dois, nada havia mudado apenas não eram um casal mas amigos.

Quando a notícia da morte dos dois chegou, eu estava sozinho em casa, era para meu padrasto estar comigo mas ele havia saído com amigos, deixando um garoto de cinco anos sozinho em uma casa, minha mãe tinha confiado nele, ela confiou que o mesmo cuidaria de mim até a volta dela e do meu pai, eles precisavam ir comprar bolo para mim... Era meu aniversário.

A culpa da morte deles foi minha, eu devia ter dito, ter recusado a festa, se eu tivesse recusado eles estariam vivos.

Não tinha nenhum adulto comigo, quando deram a notícia foi eu o primeiro a saber, ninguém se importou em falar para uma criança no dia de seu aniversário de cinco anos que seus pais tiveram um acidente de carro e morreram.

Ninguém se importa com ninguém além de si próprio, todos dessa cidade são assim... Quando minha mãe estava viva todos se importavam.

Meu padrasto ficou com minha guarda, pois nenhum parente quis ficar com minha guarda. Os irmãos do meu pai disseram que tinham bocas demais para alimentarem e não precisavam de mais uma.

Os meus avós morreram.

Meu padrasto aproveitou da morte da minha mãe para levar a mãe, o filho e três amigos dele para casa. A casa que meu pai comprou para nós!

Eles bebiam, fumavam, faziam brincadeiras idiotas, um banho de sem noção, idiotas e imaturos. Eles me provocavam ânsia.

Por a casa ser pequena e possuir apenas dois quartos, quem dormia no chão da sala era eu.

Mas, não importa, aprendi a conviver com tudo que me acontece. E... Eles são minha família.

Agora com o Draco por aqui, ele é legal e me deixa com o coração um pouco acelerado... Não sei, acho que gosto dele, da companhia dele, é legal.

_ Philip, você foi incrível em por aquela vadia em seu lugar, provou ser realmente meu filho. _ A voz de Dylan parabenizando o filhote sujo dele preencheu o lugar. Eles chegaram.

_ Obrigado, pai. Aprendi com o melhor. _ O babaca agradeceu. Nhe, seboso.

_ Aquela vadia suja, metida a mulher independente... Papo furado! Ela nem sequer pude falar o quão independente é com a boca preenchida, e com Philip lhe dando uma boa lição, agora sim ela tem motivos para ficar de mimimi. _ Pobre mulher que azar dela ter cruzado com esses porcos.

Jhon falou e logo após tentou tocar em meu rosto, mas me afastei rapidamente.

_ Lindinho. _ Riu.

Passou por mim sem falar mais nada sendo seguido pelos outros. Me apressei em terminar a refeição deles.

Eles tomaram lugar à mesa.

_ O nosso querido Harry tem um novo amiguinho, todo bonitinho, um playboyzinho. _ Dylan comentou maldosamente, o ignorei, focando minha atenção em servir o jantar para sumir da visão de qualquer um deles.

SmileOnde histórias criam vida. Descubra agora