Destinados (ShikaJin) ABO

Vou negando as aparências

Inojin

Depois de fugir do meu próprio quarto, invadi o do meu melhor amigo e interrompi o momento romântico do casal.

Boruto estava sentado no colo do platinado, enquanto o alfa tinha as mãos apertando sua bunda.

O loiro fez a expressão que dizia "porra, vou matar você!"

Que se desfez em um segundo quando viu minha cara de choro.

O ômega prontamente se levantou e veio em minha direção, me abraçando.

-O que houve Ino?- sussurrou baixinho pra mim, enquanto eu me agarrava a ele como um coala.

-Ele, Boruto! Ele! Sempre ele! Ele não tem o direito de chegar do nada e bagunçar a minha cabeça assim!

Comecei a soluçar enquanto tentava inutilmente secar as lágrimas.

Vi o loiro olhar preocupado para o platinado, que em segundos estava em pé ao nosso lado, nos guiando para sentar na cama de um deles.

-Você quer um docinho, Inojin? Posso ir comprar pra você.- o alfa ofereceu.

Funguei levemente e assenti.

Depois me perguntam porque eu sou mimado.

-Certo, volto já.

Mitsuki me deu um beijinho na testa e um selinho nos lábios do meu amigo.

Deitei a cabeça nas coxas do ômega, logo sentindo ele começar a fazer um cafuné em meus cabelos que estavam soltos. Não tive tempo de prender os fios loiros que chegam até os meus ombros devido a pressa com que fugi do alfa.

-E então? Quer me contar o que te deixou desse jeito?- perguntou suavemente, assim que a porta do quarto foi fechada pelo alfa que acabara de sair.

Cobri meu rosto com as mãos e disse:

-Ele não podia escolher outro momento pra aparecer na minha vida?! Eu tava bem! Muito bem! E do nada ele aparece, fica agindo como se nunca tivesse sido um merda comigo e tem a cara de pau de pedir uma segunda chance?! Quem esse idiota pensa que é pra mexer comigo depois de tantos anos?! E essa história de almas gêmeas, então! Que porra é essa? Porque eu? E porque ele? Porque isso tá acontecendo?!

Senti meu amigo me abraçar e sussurrar:

-Respira, Jin.

E percebi que estava ofegante e tinha voltado a soluçar.

Respirei fundo e soltei o ar devagar. Repeti o processo até voltar a respirar normalmente.

-A verdade é que isso tudo é demais pra mim e tá me deixando sobrecarregado, por que eu não sei lidar com essa situação...- sussurrei.

Observei o ômega se levantar e logo voltar pra perto de mim, me oferecendo um copo de água.

Bebi todo o líquido e me deitei, tentando me acalmar por completo.

-Olha amigo... Infelizmente não há nada que eu possa fazer, além de ficar do seu lado.- o loiro suspirou frustrado.

-Tudo bem, já me sinto melhor.- sorrio fraco.

-Se quiser, você pode dormir aqui hoje.

Olho pra ele, considerando a ideia.

-E... Amanhã? Eu também posso dormir aqui?

Meu amigo sorriu e revirou os olhos.

-A gente oferece a mão e a pessoa já quer o braço, a perna...