O lago

77 16 27
                                    

GEORGE'S POV

Logo que Pansy saiu do quarto batendo a porta, nenhum de nós sabia o que dizer.

- Você é um idiota Fred - Ginny disse batendo na cabeça dele.

- Eu não falei nada mais - ele tentou se esquivar do tapa,mas não deu certo.

- Eu vou atrás dela - Ginny se levantou mas eu a segurei.

- Posso ir? - perguntei.

Ela achou muito estranho, de fato era mesmo, mas eu queria conversar com ela,tentar entender o motivo dela ter ficado tão brava com um simples comentário.

- Claro, mas como vai encontrá-la?

- Harry - eu me levantei - me empresta o mapa?

Harry, um pouco contrariado, me deu o mapa, observei atentamente e esperei até que não tivesse ninguém na comunal, então eu saí. A plaquinha com o seu nome estava perto do lago, como ela fez para sair sem ser parada por nenhum professor eu não sei. Quando finalmente cheguei ao lado de fora, ela estava sentada, a beira do lago, os braços abraçando as pernas e a cabeça rebaixada, era possível ouvir alguns barulhos, mas eu não consegui identificar se eram soluços ou apenas os sons da noite, tentei me aproximar sem fazer barulho, mas não consegui. Ela se levantou.

- O que está fazendo aqui? - Ela gritou comigo enquanto passava a mão pelo rosto tentando esconder as lágrimas.

- Eu só quero conversar - tentei parecer o mais calmo possível.

- Eu não quero conversar, vá embora - ela gritou.

- Eu sou o George, não fui eu que falei aquilo para você.

- Não me importa, você poderia ser Merlin. Só vai embora, eu não quero falar, principalmente com vocês traidores de sangue. Grifinórios. Arrogantes. Nojentos.

Meu sangue subiu a cabeça, falar de mim tudo bem, mas da minha família já é de mais, eu estava tentando ajudá-la e ela me trata assim?

- Olha aqui - eu me aproximei mais - Você poderia parar de ser uma egoísta e sem noção, eu estou cansado dessa sua atitude nojenta e supremacista, isso irrita a todos Pansy.

- Eu não te perguntei, e não ouse pronunciar o meu nome, eu odeio você.

O calor da briga tinha nos deixado muito próximos. Ela levantou a mão, como se fosse dar um tapa em meu rosto, mas eu fui mais rápido, com uma das mãos eu impedi o tapa, estávamos tão perto, que eu conseguia sentir sua respiração mais profunda e seu coração acelerado, quase que involuntariamente a puxei pela cintura e a beijei. Nossos lábios se chocaram com violência, ela pareceu surpresa e se afastou.

- Desculpe Parkinson, eu não sei o que pensei. - disse me afastando dela.

- Eu digo que te odeio e você me retribui assim ? - ela perguntou de forma debochada.

- É melhor eu ir embora.

- Eu nunca perco um desafio Weasley.

Antes de conseguir entender o que ela tinha dito ela me beijou, dessa vez um beijo diferente, tinha muita raiva, energia, era como se nossos corpos estivessem sendo eletrocutados. Meus dedos adentravam em seu cabelo e ela soltava pequenos sorrisos enquanto nossos lábios estavam cada vez mais unidos, como se formássemos uma combinação única, uma combinação perfeita. Estávamos cada vez mais envolvidos, minhas mãos passeavam pelo seu corpo e ela, sem tirar os lábios dos meus, me empurrava para trás, se estivéssemos em um dormitório ela com certeza já teria me jogado na cama. A cada passo que eu era forçado a dar eu perdia o equilíbrio, até que caímos deitados no chão, Pansy caiu sobre mim, demorou uns 3 segundos para entender o que tinha acontecido e então ela começou a rir. Foi tão bom vê-la sorrir, ela estava praticamente gargalhando e provavelmente foi a coisa mais bonita que eu já vi em toda a minha vida.

Através dos seus olhos - Pansy e GeorgeOnde histórias criam vida. Descubra agora