"Conversa"

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PANSY’S POV

O Dia demorou a se passar, mas finalmente eram 00:00, eu estava na torre, assim como ele pediu. Ele chegou atrasado como sempre, ou talvez eu fosse pontual demais. Ele estava usando um suéter vinho com um letra “G” bordada em amarelo, com certeza ele não tinha noção de moda, pois era péssimo e não combinava com a touca colorida que ele também usava. Assim que ele chegou sorriu, eu caminhei até próximo dele, percebi seu olhares em direção a minha boca, como se pedisse permissão para me beijar, ele era muito cordial, então novamente eu o beijei. Nossos lábios se encostaram de forma mais delicada que da ultima vez, mas com a mesma energia, minhas mão estavam agarradas em seus cabelos ruivos e involuntariamente eu o puxava para mais perto de mim, eu o queria. Suas mão seguravam a minha cintura, não percebi que estavam andando, mas quando dei por mim eu estava presa entre seu corpo e a parede, dei uma leve mordida em seus lábios e ele sorriu, comecei a desabotoar a minha blusa, mas ele se afastou:

- Está tudo bem? – eu perguntei.

- Claro – ele respondeu nervoso passando a mão pelo cabelo – É que eu pedi que viesse para...conversarmos.

Ele me chamou para conversar? Todo mundo conhece a metáfora da “torre de astronomia” não é lugar para conversar. Eu fiquei irritada.

- Sobre o que exatamente? – Eu me afastei e arrumei a minha roupa e cabelo.

- Eu quero que você me bata. – ele parecia envergonhado.

Eu escutei certo? George Weasley estava me pedindo para bater nele? Não consegui esconder a minha risada, e ele pareceu ainda mais perturbado.

- Sabe Weasley, eu sempre pensei que você fosse do tipo mais romântico, que gosta de “fazer amor”, não imaginei que gostava de bdms.

- Ah por Merlin Pansy, não é nesse sentido.

- Em primeiro lugar, não é porque eu estava tirando a roupa que você pode me chamar de Pansy, para você continua sendo Parkinson. Em segundo lugar, o que esperava que eu imaginasse? – Ele sorriu.

- Estou dizendo, que se vamos nos encontrar escondidos – ele fez uma pausa como se quisesse saber se eu ia me opor, eu não me opus – Meus irmãos estão desconfiados, ia pedir para você fazer cena na frente de todos, como uma briga, e me batesse, aí eu diria que te odeio.

Ele tinha pensado em tudo isso, ele enganaria os irmãos apenas para se encontrar comigo? Eu nem sabia que ele tinha neurônios suficientes

- Da última vez que eu disse que te odiava o resultado não saiu como o esperado.

Ele baixou a cabeça em negação e começou a sorrir, os cabelos vermelhos cobriram quase todo o seu rosto. Segurando pelo seu queixo eu levantei o rosto dele, os olhos fixos nos meus, como eu podia odia-lo quando ele se esforçava para estar comigo ?

- Eu não trabalho sem planos Weasley, tudo deve estar milimetricamente calculado para que não haja erros. E para sua informação, não será um namoro, apenas encontros casuais, você é incrivelmente chato mas não posso negar que também é um grande gostoso - nós rimos.

- É o que dizem.

- Idiota - eu disse socando levemente o seu braço - não podemos nos encontrar nas comunais, muito óbvio. Aqui na torre é muito arriscado, Draco gosta de vir aqui “pensar”, tem ideia de algum lugar ?

- Que tal a sala precisa ?

Sala precisa? Que porcaria é essa?  Alguma sala que acerta o número com precisão ?

- Eu não sei que lugar é esse.

- É uma sala que se transforma naquilo em que precisamos em um determinado momento. Se precisasse de um banheiro, ela se transformaria em um.

- Gostei, pode ser que funcione. Mas ninguém pode saber sobre isso, ninguém.

- Você acha que eu quero que saibam ?

- Você é imbecil ou o que? - eu disse irritada.

- Você brava fica mais bonita, mas quando está brava de verdade, não quando finge que é durona mas no fundo esconde um desejo enorme de chorar.

Como ele fazia isso? Ele conseguia ler mentes ou algo do tipo ?

- Eu vou perguntar de novo, você é besta ou só bobo mesmo?

- Bobo.

- Ótimo, já acabou a conversa?

- Acho que sim - ele deu um meio sorriso.

- Que bom, você fala muito. - Eu o agarrei e o trouxe para perto de mim, seus lábios desceram até o meu pescoço, provavelmente deixando marcas que seriam difíceis de esconder, suas mãos passeavam por meu corpo, adentrando em minha blusa, senti um pequeno arrepio quando suas mãos quentes tocaram minha pele fria, eu passei meus braços em volta do seu pescoço e com a ajuda de suas mãos, entrelacei minhas pernas sobre o seu tronco.

- Acho que podemos ir para a sala precisa agora - ele disse entre pequenos suspiros.

Através dos seus olhos - Pansy e GeorgeOnde histórias criam vida. Descubra agora