Através dos seus olhos - Pansy e George

Traidores de sangue

PANSY’S POV

Demorei até encontrar o caminho do meu dormitório, ainda estava extasiada com o corpo dele sobre o meu, o suor que deixava seus cabelos ruivos ainda mais sexy, esqueci a senha da comunal, por sorte uma outra aluna vinha logo atrás de mim, com as mãos cobri o meu pescoço, sabia que ele tinha deixado alguns hematomas por lá. Por sorte ninguém percebeu, Astória e Nayssa já estavam dormindo, ponto pra mim, não precisaria explicar o porquê estava suada, toda vermelha e extremamente cansada. Tomei um banho e desmaiei.

- Ohh Princesa das trevas - Nayssa gritava tentando me tirar da cama - não pode chegar no dormitório de madrugada e fingir que nada aconteceu.

A luz verde que entrava pela janela coberta de água estava ofuscado meus olhos e Nayssa gritando estava me dando dor de cabeça, eu não conseguia sentir as minhas pernas, George realmente cumpriu o que prometeu, seria extremamente difícil andar hoje.

- Nay. Para de gritar. Merlin. Fala baixo - eu tentei me sentar mas a dor era tão aguda que me deitei novamente.

- Você está bem? - Acho que não sei esconder minhas feições de dor.

- Estou, - tive que pensar em uma desculpa rapidamente, e confesso que não foi uma das melhores - ontem eu passei mal durante a noite e fui respirar um pouco de ar fresco, acabei dormindo sentada - Eu realmente estava sentada, mas com certeza não estava dormindo.

- Pan, você não parece bem, está suando. - ela parecia preocupada.

Antes que eu pudesse impedi-la, Nayssa retirou minha coberta e sua surpresa ao ver as marcar em meu corpo foi tanta que  eu passei a me perguntar o que o Weasley tinha feito comigo.

- Pansy Parkinson, isso com certeza não foi apenas um ar fresco - ela riu - Você estava dando para alguém, olha isso - ela apontou para meu pescoço - e esses arranhões nas suas costas? Foi uma noite muito selvagem.

- Engraçada você, muito engraçada. - Eu disse bufando e me cobrindo novamente - Não te interessa o que eu estava fazendo.

- Merlin! Ele realmente acabou com você não é?

- Ele quem Nayssa?

- Você que tem que me dizer.

- Você está delirando, eu não saí com ninguém, só estava passando mal, as marcas provavelmente são de algum inseto que me encontrou e os arranhões são das minhas unhas.

- Tente me enganar Pan, mas saiba que você não vai conseguir. - Ela se levantou - Eu vou dizer que você está passando mal, vão mandar a Madame Pomfrey, é melhor dar um jeito de encobrir essa sua "picada de mosquito".

Ela saiu, finalmente eu estava só, eu amava a Nayssa mas ela definitivamente sabia como me irritar, será essa a sensação de ter um irmão ?

Tentei me mexer e senti novamente uma pontada na parte inferior do meu corpo, era como se ele ainda estivesse ali, como se eu ainda pudesser senti-lo, como se eu pudesse viver os seus movimentos novamente. Mas eu não deixaria ele pensar que ganhou de mim, me levantei,   comi uma das balas energéticas que Astoria mantinha guardada para "virar a noite estudando". Tentei esconder as marcas com maquiagem, aparentemente deu certo, talvez eu estivesse andando um pouco curvada, mas ninguém perceberia isso. Fui para o salão principal.

Antes que eu chegasse até as mesas encontrei a Nay novamente, ela estava conversando com os Gêmeos, tentei não fazer muito contato visual, mas queria saber como ele estava, sei que minhas unhas fizeram um bom estrago em sua pele perfeitamente macia.

- Pansy, o que está fazendo aqui?

- Estou indo tomar café - pela primeira vez desde que tinha chegado olhei para ele, ele não se deu o trabalho de esconder as marcas em seu pescoço, se Nayssa fosse rápida o suficiente, ligaria os pontos - Posso ?

- Claro, é que eu pensei que....

- Não me importa o que você pensou Wood, posso passar? - Nem Fred e nem George se moveram - não posso perder meu tempo com traidores de sangue - fitei George, era isso que ele me pediu não foi? Uma briga?

- Olha como fala da minha família Parkinson - ele se aproximou e apontou o dedo para meu rosto, a tentativa de parecer ameaçador me deixou excitada.

- Como vai me impedir? Pelas marcas, posso acreditar que alguém já te bateu hoje, gostaria de levar outra surra ? - Espero que ele diga sim.

- Não se meta na minha vida sua sonserina nojenta - seus olhos não condiziam com suas palavras, eu sei que ele me queria.

Eu o olhei por cima dos olhos, mirei perfeitamente em sua bochecha e lhe dei um tapa, um tapa que fez arder a minha mão, simplesmente saí de sua frente e fui me sentar, eu estava mancando e curvada, mas o show foi lindo. O círculo de pessoas em volta de nós estavam chocadas, agora não teria como associar a minha pessoa a dos Weasley. Para todos os efeitos eu o odiava.