Capítulo 13

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Melinda

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Melinda

Tem dias na vida que não são tão bons, e aquele eu considerava um deles. Lara me fazia uma gigantesca falta nessas horas.

"Ai, amiga! Saudades de você..."

O previsto aconteceu! Meu coração se dividiu, minhas tristezas se duplicaram e não podia me considerar inocente com esse infortúnio, seria um tremendo erro negar o inegável!

— Estou te achando tão estranha, Melinda — comentou Rosângela assim que entramos no quarto.

— É o cansaço, amiga! Passei o dia perambulando por aí — menti, caminhando em direção à janela.

— Vou preparar o banho da Gabi — informou, prestativa e correu para o banheiro.

Abri a cortina para contemplar o jardim lá embaixo.

A distância não impedia de enxergar as carpas no lago. Todas aquelas iluminações fantásticas pioraram meu estado de espírito ao recordar o quanto a Davina estava desanimada.

Ao final da consulta com a doutora Solange Nogueira, a pediatra, aproveitamos o dia todo juntas, enclausuradas dentro de casa, é claro. Brincamos das mais variadas brincadeiras. Desenhamos, pintamos, tentei de todas as maneiras entretê-la, mas não consegui, infelizmente. Como qualquer criança de quatro anos, ela sentia a necessidade de brincar no quintal, se divertir sob o sol com o Duke... Ela era tão novinha, não entendia as suas limitações.

"Meu Deus!"

E ainda tinha o fato de o Sebastian estar noivando.

Ergui os olhos ao teto com as lágrimas escapando. Não consegui impedi-las e Gabriella, percebendo meu estado de espírito para baixo, voou com a mãozinha em meu rosto.

— Papapapa...

Amargurada por estar chegando a hora de deixar a minha menina, envolvi-a em um abraço apertado. A bonitinha ria, acreditando que eu estava brincando. Ela se afeiçoou a Rosângela, tornando a minha presença dispensável.

"Minha menina!"

Já até tomava a liberdade de considerá-la assim.

— Não queria me afastar nunca de ti — sussurrei em seu ouvido. A garotinha, feliz, riu mais uma vez. Em seguida, endireitou o corpo atraída pelas luzes do jardim maravilhoso lá embaixo, e apontou o dedinho.

— Por você eu ficaria, mas tenho que sair desta casa o quanto antes. Sair das trevas e jamais permitir que essa dor me consuma — cochichei em seu ouvidinho e ela se encolheu com cócegas.

Tinha plena consciência da dificuldade que teria de enfrentar ao arrancar o Sebastian do meu coração. Podia até fracassar, mas fracassar era comum, anormal era não tentar de novo. Em algum momento, eu havia de esquecê-lo.

"O Sebastian marcou minha vida e isso é tudo o que eu posso ter.". Aquela era a linha de raciocínio que devia seguir.

A Davina precisava da sua irmã firme e forte, por esta razão, nada me distrairia. Desejava continuar acordando com a boa sensação de dever cumprido. Talvez não tivesse feito tudo pela minha irmãzinha, mas fiz o que estava ao meu alcance.

CEO - ELA NÃO ESTAVA NOS MEUS PLANOSOnde histórias criam vida. Descubra agora