Capítulo 2

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SEBASTIAN

As hélices do helicóptero pousando no heliponto da fábrica, em Taboão da Serra, produzindo um forte vento contra meu corpo, não me afetava tanto como os relâmpagos. Eles não eram produtos apenas da tempestade, serviam também como acionador dos circuitos do meu cérebro.

Estava completamente atrapalhado, ao invés de concentrar na parte prática da coisa, agir com rigor ao escândalo na minha empresa hoje pela manhã, ele ilustrava o desenho perfeito em forma de mulher. A imagem da garota, tão perto de mim no reservado, grudou na minha mente como chiclete.

Pensei nela durante todo o voo até aqui, e nas oitos horas seguintes, tempo que permaneci em visitação na fábrica e em inúmeras reuniões. E aguardando a aeronave pousar para embarcar e retornar a São Paulo, o seu rosto e corpo persistiam atazanando os meus pensamentos.

Além do mais, a lembrança do semblante triste e olhos lacrimosos repercutiam como um gatilho ao meu coração, inadmissivelmente ele disparou. Sacudi brandamente a cabeça para expulsar esse fantasma e olhei para o pensativo Flávio ao meu lado.

— De que forma contornou a situação com a tal Melinda Aguiar?

Ele deu de ombros preservando o olhar distante, estava compenetrado além da aeronave pousando, na verdade, se concentravam no horizonte alaranjado, contemplando o magnífico pôr do sol com relâmpago... Um dia bem atípico aqui, em Taboão da Serra, Zona Sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo.

— Ela ficou de entrar em contato na semana que vem — começou e me fitou. — Estava aqui justamente pensando no episódio. Senti pena da filha da Eleonora, talvez todo aquele desespero seja porque esteja mesmo passando por necessidade. — Dúbio, ergui a sobrancelhas analisando sua definição. — Talvez seja recomendado pagar a indenização, o valor é irrisório à empresa, até mesmo como prevenção de um novo e desagradável espetáculo em frente à empresa. Ela nos ameaçou — alertou-me preocupado.

Fodido, travei a mandíbula e olhar.

A lembrança da ameaça fora o suficiente para chegar a uma definitiva conclusão.

— Não vou ceder a porra de pressão alguma! — garanti, pausadamente com toda a certeza que habitava no meu bom senso. — Jamais vou me intimidar ou sujeitar a pressão.

Ele acenou movendo com a cabeça tipo: "você quem decide."

— Só pensava em evitar mais um escândalo na Della Costa.

— Se isso se repetir, não vamos hesitar em chamar a polícia.

— Na minha opinião, seria melhor acertar com ela e tirar esse problema da frente. — Teimou Flavio, enervantemente.

CEO - ELA NÃO ESTAVA NOS MEUS PLANOSOnde histórias criam vida. Descubra agora